quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

hoje eu não queria ser
nada,
nem ninguém,
queria respirar
sobre a cama de larvas
que me espera,
hoje queria decidir
o meu amanhã
sem depender do seu,
hoje fiz
meu amanhã
não ser seu
e tudo doeu
a mão, o braço,
a vida.
me custou tudo isso,
agora
que pouco caso faras
de mim
a ti,
pra mim
és outro tanto
de caso
A tanto tempo,
o tempo passou e eu não vim,
saudades
mas não falta de vontade.

apenas as coisas
não devem ser ditas agora,
estou engolindo tudo
aos poucos,

como engulo meus dias.
Estou apenas fugindo,
fugindo de todos os significados
estou apenas fugindo


entende?

sei lá

Me perdi
nesses meus esquemas,
por quanto
fujo daqui

eu até corro,
descoloro
as palavras
que escrevi.

Sou tão
tímido
e até julgado
por elas,

essas frases,
estupidas,
palavras
malucas.

Corro com
elas em mão
corro como
um cão

e as mordo,
mastigo
mas não engulo,
de tudo

ainda há
a vaidade
da história,
que vive

e me derrota
trazendo-a
até aqui
babada, mordida

amassada
e desamada
odiada,
à amo!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

mundo cruel, tem folhas de papel amaçada no chão !

Nada é mais excitante que dor
De amor
Nem gozar
Nem amar ou ser amado

A dor é a melhor parte
Nos faz surtar
Correr pelado
Enlouquecer

Cause dor e terá assim
Meu coração
Perderas meu respeito
Então será apenas paixão

Mas intenso e nítido
Será o espelho
Que olharemos
Curvo e podre

O mundo em que viveremos
Escolha então
Meu amor e sua dor
Ou meu respeito junto ao leito