sexta-feira, 23 de novembro de 2018

tão século 21

Vícios e gula, é uma pequena pincelada
de fome da alma.
acabará de perder um jogo, vício
da derrota ou da culpa, sou incapaz de aceitar
que existe genialidade individual?

que seja, me mexi inquieto e a fome se apoderou.
uma raiva desfigurou minha mão
e os deuses do estomago
gula, ansiedade
outros demônios
possuíram minha espaçosa barriga.

ou meu coração com pecados?
que seja.
Nada estava a disposição da alma
apenas musica.
Dessa vez matei a fome com sinfonias.

a satisfação da gozada auto induzida
na noite só e resmungona
onde agonizadoras aves noturnas
caçam
se deleitam.

não tenho certeza
se é o gozo que escorre quente pela minha virilha
suor
ou algum líquido viscoso que se descarta
com minha consciência


paro de me agitar, de mover as coxas arrepiadas
e sinto na minha mão
meu pênis amolecer
no mesmo tempo em que o próprio tempo
amolece

e as janelas, portas e pias de ceramica
no mais, se derretem como uma vela
que no calor
pinga no castiçal?
pinga no chão

pinga no meu pé.
Que calor
como pode o homem se queimar
com o próprio sêmen?