quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Não sei dizer não
tão-pouco sei esperar o último cliente
o mais agradável ao meu coração!
Quando lhe tirarem da escuridão
leve-nos ao mais alto,
ao maior possível.

Não existe possibilidade de exito
sozinho, tão pouco existe
felicidade sem ninho.

Portanto deixem-todos
unirem-se, como em um suruba
europeu ou como uma escrota centopeia.

que exemplo desnecessário.

Tenho a doença dos últimos anos

Tenho essa doença impregnada,
já é bem conhecida, tal de pós moderna;
Me parece mais triste e vulnerável que
as demais;

Sofreguidão, sofreguidão
não seja linda e não seja rápida.
Me abocanhe inteira e por inteirinho
e em todo segundinho

serei só rimas fáceis de um bêbado;
o deslocado sem fim, que interminavelmente
bebe seu café ouvindo algum grande
concerto do Maller.

"a
m'oral
crítica
 a cultura
forma
social
ó"

Sim já tive seus treze anos e se passou da idade
conservando esse costume imaturo;
Com'tigo eu rio, de você mais ainda.
porque é patético se apegar


Se te trago e aturo inteira
é no seu seio que fraquejo
te despedaçando pra encontrar simplicidade.
Não à forma pra escrita

muito menos algum método garantido
que vá te deixar eternamente linda;
o tempo minha filha é mais voraz
que a cera da vela queimando d'entro tu.

tempo

No vão da porta
minha cadela pula incessante;
Tentando abrir,
tentando fugir

por entre vão's,
de fininho e mansinho.
Feito tempo
que me passou;

Isto que sou novo!
Como a uva nos confins
de novembro;
azeda e pequena.

Não se é mastigada sem
cara feia;
esse sou eu
nos confins de dezembro.

Azedo e novo,
sem jeito de mastigar
sem notar que a cadela foge
por entre o vão

e o tempo
cheio de ingratidão
Só amadurece a uva
do qual entorna meu vinho.

Juízo

Juízo não vem do ciso
não vem do tempo;
vem da cara torta
do tombo elástico.

Vem do grão não colhido,
da colheita mal plantada
e do filho mal amado,
Não vem de crença;

com reza só se arranca rabo
de di

O maldito sonho americano

Todo idiota metido a leitor
conhece esse termo praxe,
metido a escritor conhece melhor
ainda. Que simbologia ele retem?

Qual dinamismo pode acender
por entre as mentiras e verdades
dessas ideologias marcadas
pela ignorância?

Creio eu que a melhor explicação
do sonho americano é a rotina,
o massante dia-a-dia do capitalismo
americano, o desastre perfeito.

Um sonho vendido em plásticos
e tão bem vendido que eu o compro
e o defendo com unhas e dentes.
Seja um leitor, não um critico.


sem mulher, sem punheta, sem drogas e sem tempo de sono
e um sorriso no rosto estilo sonho americano

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Ego

Como a nuvem que se enche
e despeja água gelada (ou quente
Como o rio que se desprende do mar
ou a represa que rompe;

Irei te encharcar, banhar-te inteira
sem qualquer chance de não se afogar
dentro d'eu
Do meu quarto, minha cama.

De meu lençol, da sofreguidão.
Não irei te poupar nem do engasgar
não irei te salvar nem da morte
eminente de me amar.
Não se pode dormir
sem escrever
não se pode escrever
sem falar alto
o que sem tem pra
escrever
e falando alto
não escapa a acordar
assustar e excitar
o mundo inteiro
com o borbulhar
da água que botaste
pra esquentar.
Me tira o sono
esse meu corpo quente,
procurando nada menos
que outro corpo.

Me toma de febre
essa paixão s'em fim
ardente como o vulcão
que evacua

queimando a'todos.
Não vejo outra saída
senão auto-combustão
não vejo senão à solidão.

Como meio e fim
para essa maldição.
Auto-mutilação já não
satisfaz;

Por isso corras, fujas
se esconda onde puderes,
porque estou sem pudor
e sem pudor tomarei-lhe

a bondade, a inocência;
Lhe tomarei a liberdade
de ser amada fortemente
te queimando com os dedos

Te aproximando com a língua,
te tocando com o bafo e o suor
que te arrepiam e faz ranger
os dentes em meu corpo.

A. S. P.

Esta decidido
irei'lhe tomar por inteira
como nos primeiros homens
te levarei pelos cabelos

arrastarei teu corpo nu
pelo chão,
te sujarei e amarei
como se ama uma escrava;

Dependerei de teu seio
como um filho depende do leite
de sua mãe
e lhe tomarei cada gota

como bom filho que serei.
Espalharei pelo seu corpo - (sem exceção)
toda minha semente
para germinar em ti

nossa união.
Apedrejarei-te diariamente;
com um chicote te punirei
por te amares demais.

Me banharei em seu sangue
seja de onde quiseres e quando
bem entenderes
banhará-se do meu.

Porque agora esta decidido
te tomei por minha,
buscarei-te como minha
Será perpetuada minha.

Sonhei

Tive esse sonho onde encontrava você, que ainda desconheço.
Sito as qualidades se por acaso identificares-se, encontrou-me antes.
Bem prendada, loira teimosa de vida pronta, ama os pais e é estudante.
Do que? Desses problemas da vida mas não és medicina, acho.

Tem fome de se entregar perdida, adjunta com sua mãe uma querida
cozinheira de plantão, que gera imenso amor e satisfação ao convidado.
E que esteja perdida por'eu como quem se perde em tempestade de raio;
Indo pra cada canto um tanto procurando uma segurança 

Veria-se totalmente segura apenas no meio da peça onde jaz meu peito.
Que nele repouse todas as noites e não tenha vergonha de sua nudez,
Seja você grande ou pequena, que tenha o sorriso na expressão que se move
E o mais importante, sem qualquer delito de amor passado.

Sem qualquer flecha que machuque esse coração aportunado,
te quero pura, te quero fresca como a ostra à um amante gastronômico
(que soe vulgar, deve gostar de minha vulgaridade, da severidade das palavras)
E que alimente seu seio, sua boca e seu corpo inteiro.




Não sei por onde começar, mas irei te encontrar. 
Quem sabes já encontrei e não és nada que descrevi.
Afinal é tudo uma peça meramente ensaiada em alguma outra vida;
Mas que seja você a única e te dou a única pista que tive.

Eu corria sem fim em torno dessa piscina, mas me via perto do mar
Meu corpo não cansava ao seu lado e todos eram amantes de nosso amor.
Você mora(va) em algum lugar muito seguro e seu vizinho parece te amar.


Eu sei que muitas pessoas se encaixariam nessa descrição,
mas seja quem for você é a única a'quem a descrição encharcará os olhos, algum dia.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Desfalcado de títulos
uso o papel
pra limpar a bunda.

Cansado de fugir
quero apenas cair.
Livremente voar,

Tenho o lugar.
Tenho o meio.
Tenho o tempo.

Mas se eu voar
e você não me amar?
Se eu nunca pousar?

Nem em sonhos irei encontrar
e essa frase se repete
me impedindo de seguir.

Você é meu Juiz e a justiça
o vai e volta sem fim,
Me arranca os freios

Mas enjaula à alma;
D'eu.
Procuro imaginar o futuro
com o passado dentro dele.
Mudanças, tantas vidas
se passaram diante nós.

E sigo procurando
um encaixe entre os períodos,
procuro um fogo vindo
de dentro desse vinho.

Procuro uma jarra ou
água gelada.
Qualquer coisa que sacie
essa sede de você.

Essa cede de conhecer,
amar e odiar.
Ah queria tanto te mudar
te encurralar nos lençóis

prendidos na cerca,
te girar e girar deixando
espaço pro sol
por cima te encontrar.

Passar a noite espantando
os insetos que nos fazem
companhia
na brisa do mar.
Não á saída
quando nos encontrarmos,
não a esquina que te tire
de minha vista.

Não tem voo, altitude
perigosa pra nossa
distância, não tem
voz rouca o bastante

Que faça grave a nossa
musica. Nem bebedeira
que entorte nosso sexo.
Eu só vejo um tiquinho

do passado cutucando,
vide na cabeça dolorida
Não escapo a sina

de te procurar em cada esquina.
Certas manhãs
o despertar calmo
me acerta
com o passado,

se no sonho
monto a cavalo,
dele eu caio
se no sonho

beijo o sapo
nele tu é princesa.
Certas manhãs

acertam a ceta
é ensurdecedor o seu olhar não há alem do céu amarelado, nem horizonte ou entardecer semelhante ao que meus olhos reluzem ao te encontrar, -medusa Cachoeiras onde as águas onduladas se chocam nas rochas, não justificam o cair de seus cachos sobre seu corpo, envolto em bruma como a pedra lapidada por cronos Culpado seja Moros, que na sua eternidade amaldiçoou o heroi a encontrar tu, medusa. Nem mesmo Atlas fez leve o mal que Eros causou-me Decifra-me ou devoro-te Decifra-me ou devoro-me
Procurando cá pra lá procurando no reflexo no espesso entardecer, tremulo aos amantes. Os olhos esbugalhados com lagrimas correndo, lagrimas de sangue, lagrimas do flagrante. Não podes fugir, a verdade te encontrou. Se negar o que vê, se negar quem amas Olhos esbugalhados irão se esconder por entre os cachos E já não a nada Já não a como se ludibriar. O outono se foi, as folhas cairam todas elas secaram junto com as lagrimas de seus olhos, -Esbugalhados.
Meia lua, lua inteira meio solto Tudo ao meio meio amor, meia vida. Escondida na face dolorida da solidão. Você que é careca de amor, completa de dor Não fujas amor, não tires de ti o fruto que lhe causa dor. Dor amarga da mulher que é largada, dor amarga, amarga Joana crucificada pra sina da mulher amada.
Fosse tu a morte
eu à vida
Fosse tu a fome
eu a comida,
seria tanto quanto
o desespero mais
desesperador
te encontrar, te saciar.
Tenho desenhos em postes;
vícios malditos
de te procurar em benditos.
Tenho o ócio 
matando meus sonhos,
abalando toda a nossa estrada,
esburacada e sem rumo,
sem saída ou futuro.