sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Ela

Puxa meus cabelos
arranca a minha blusa
arranha minha nuca,
beija, beija

minha boca
quente de te amar.
Segure em minha coxa
tire minha sinta

e com ela me amarre,
faça de tudo, use,
abuse e não canse.
Não se satisfaça

me torture com seu corpo
com suas curvas,
seu gosto,
rosto e seu suor

no meu pescoço,
braço, peito.
Arranque
minha pele,

meu gosto e meu cheiro.
E depois de me usar,
me deixa ali amarrado
pra morrer de fome,

sede e frio,
me deixa ali com seu cheiro
e seu gosto em minha boca,
mas me deixa ali.

e não leva
nem uma parte, nem uma lembrança,
não leva meu amor,
nem meu beijo;

por favor
é tudo que tenho, tudo que
quero
tudo que dou.



sem descrição!


a gente estava
cada um de um lado da rua,
o sinal vermelho.
nos olhavamos
e ela sorria timida,
com olhos esbugalhados
bem de Emília mesmo:
sorriso grande e lindo
com bochechas rosadas.
bochechas muito rosadas!
a manta dela voava junto com
seus cachos escuros.
o vento batia em meu corpo
e nem sabia porque tremia,
mas minhas mãos suavam
e o sinal ficava vermelho.
Via ela vindo até mim
eu quis que parasse ali.
Todas as rosas, flores,
jasmins se passaram
em minha mente.
O chocolate que comia, com
pimenta
queimava minha boca,
ardia meu corpo
e você caminhava
até mim;


permita-me dizer
estou louco por você
mais do que posso,
mais do que você crê
e mesmo me dizendo,
mesmo não me querendo
e me ignorando,
sendo cega.
Mesmo me usando,
és o que brotou
aqui dentro
nesse verão.
Que rosa linda
nascerá,
que sonho lindo criará.
e quantas lagrimas
por ti cairá.

Carros, buzinas, sinal fechado, ruas separadas, você e eu e a eternidade.

Eu olho na janela
carros passam, pessoas passam.
Nada de novo na cidade.
Hoje eu vi o sorriso mais lindo,

essa cidade novamente
me mostrou beleza.
Nunca vou tocar
pra essa não estragar.

A paisagem linda
dos carros passando
o sinal vermelho,
você sorrindo.

Não sei ao certo
onde chegar, me dou
por satisfeito com
esse olhar,

me deu por completo,
nem vejo muito
alem dessa cena
e duvido que outra vá

existir.
Mas prometo
e mesmo sabendo que
nunca mudara nada,

seu olhar vou guardar
no fundo do meu peito,
seu olhar vou carregar
e pra todos tentar mostrar

porque não é justo
guardar tanta beleza,
tanta, mas tanta,
Apenas para você mesma.

Que sorte, eu os tenho.

tenho bons amigos
com grandes quantidades de álcool.
Tenho bons amigos
de ternos e roupas caras

de chinelo de dedo,
pé descalço
e sem cuecas.
Tenho amigos cegos

cornos e bixas, e todos eles
tiram minha vida
da mesmice,
todos eles dividem comigo

cada dor, cada pena
que arranco das galinhas.
Me ensinam, me seguram pra vomitar
e riem de mim até cansar.

De todos os dias que tive
em nenhum deixei de pensar
que com vocês vou levar
a vida, as dores.

As pregas que vou detonar
e as histórias que vou contar.
Com vocês divido 
meus sonhos,

minhas paranoias
e o amor por gritar a palavra
'TETÕES'.
Vocês que sempre passam

vergonha comigo,
que me vêem sendo rude,
sentindo pena
e gritando.

Que me vêem amando o tempo todo
e a cada passo que dou
botam o pé
pra mim tropeçar.

Que botam drogas
em minha bebida, que contam 
histórias de corridas
nus.

São a maior vitória
que já tive,
e os levo comigo;
que sorte então

poder levar vocês
até na contramão da vida,
poder contar a vocês,
contar pra vocês.

Fazer para contar,
amar para gritar
e tudo que puder
compartilhar.

Manta Azul

Não sei ao certo
se confundia o branco de seus olhos
com as nuvens que escondiam o sol,

nem porque queria tanto
segurar em sua mão.
Ou nem caminhar

e te olhar indo, bela com
os cabelos cacheados
ao vento, bagunçados.

A cada passo perdia um pouco
a sua beleza, a cada metro
ficava mais longe.

E quando mais balançava a manta
mais tentava te cuidar
e cada detalhe seu roubar.


e por isso não sei ao certo
se quis te beijar ou fugir
se iria te prender, levar pra mim.

Mas por fim
foi indo, escapulindo
entre as mãos, sem mãos

sem beijos, sem abraços,
só um sorriso,
que ainda esta em meu rosto.

Receita para poemas.

Se fazem despejando
tudo
ali no papel,

vai seus sentimentos
abandonados no escuro,
sem atenção.

Os esqueça ali,
troque-os de ti.
Após troca-los

vá até a gaveta
e os leia, os corrija.
Sim, minta, molde

beleza usando
sua tristeza.
Faça um poema.

Escrevi muitos poemas na viagem, haha mas um em especial com ótimas lembranças de um amor.

Para ti ex sogra louca, que pariu a mais linda e louca menina.


Eu e ela
víamos algum
filme
junto com sua mãe.

Eu e ela
estávamos deitados
de conchinha,
enquanto a mãe dela

sentava em uma cadeira.
Eu roçava meu pau
entre suas pernas,
coxas e bunda.

Sentia ela prensar seu corpo
contra,
gostar, se arrepiar,
até que:

Colocou sua calcinha de lado
e já elevou o quadril
pra eu socar
dentro dela.

Ela estava molhada e
apertada.
Eu meti uma, duas
Três vezes.

Gozei, gozei
como se fosse uma
represa rompendo,
molhei sua buceta,

sua calcinha, meu pau.
-Gozou rápido demais.
Ela me disse depois, bravíssima.
Pois é, estava certa novamente.

Mas foi a melhor gozada,
aliviadora
e desastrosa.
Uma gozada e tanto.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Alguém ai!

cada dia
melhora um pouco
a falta que me faz
nosso amor.

quando digo nosso,
digo seu também
porque é de todos
mas de ninguém.

Pois busco apenas
amor, puro
sem lamúrias,
sem doenças.

Quero um amor
que ainda não achei
um amor
que o mundo

goste,
que todos
amem,
sintam.

que tremam ao ver
tanta paixão,
tanta união.
Quero o nosso amor.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Segui

A areia ta cheia
de siri;
aqui tem areia
pra todos os siris.

A areia aqui,
é de onde vem o siri
que eu comi
olhando pra ti,

enquanto via na areia
aquele siri
que a gente seguiu
até aqui.

Gostoso

eu quero beijar,
chupar,
lamber,
seu corpo todo,

eu quero ousar,
suar,
sentir você derramar
em minhas mãos

todo seu leite,
vou te derreter no sol,
te esquentar,
te segurar.

Kibom eu vou usar você
o verão inteiro,
vai ser o sorvete
do qual vou viver.

Rosa

que leva no nome,
vermelha e com espinhos,
vermelha e com muitos
espinhos

que cortam.
Mas o vermelho seduz,
e engana
e apaixona.

As rosas
merecem ser cuidadas
mas sempre temos
nossa favorita.

Logo ela
que fere,
que machuca fundo
e se suja de meu sangue.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Agradeço

Ao senhor;
por pedir tão pouco
e me dar tanto

e me contar histórias
para que eu possa dormir.
Agradeço

nesse natal alegre,
que mesmo triste
para todos,

à mim
deu presentes.
Sonhos e esperanças,

mesmo não sendo os que
quero
são os que levo

todas as noites.
São as razões de minha
insônia.

Das minhas fugas,
da minha solidão.
Ou sera a solidão

que me brinda de
sonhos, esperanças
e amor?

Natal

A rede balança de lá
pra cá
onde quer que eu vá
sempre volto
pro mesmo lugar.

O copo em minha mão
as luzes no teto
meu coração batendo forte
e todos felizes
todos rindo e bebendo

se matando em acidentes
e eu tonto
com as luzes no teto
com as escolhas erradas
e um sorriso na cara.

(eu corrijo outra hora)

Pode

Preciso parar de escrever, nostalgia de merda, lembranças de merda e dor horrível, por que me tirou todas as possibilidades?

Meus sonhos

Cada sonho,
cada parte;
e os suspiros então
te perseguem.

desculpe aquela ligação
semanas atrás,
era tudo verdade,
mas desculpe

por não saber viver
sem você.
Me desculpe
por me perder

nas mentiras que contei
e agora
mal viver
com o amor que me deu.

Lembro

A cada noite,
A cada tarde
lembro
de Trufas

e de dormir.
Lembro do vazio
do meu quarto,
das paredes vermelhas

que já se foram,
mas sua marca
ainda esta em minha estomago.
Agora estou

mais longe que já estive
e algumas coisas terão
que me acompanhar.
Podia você me acompanhar

mas a outro
teve que amar,
a outro teve que contar
e chorar.

Sinto, dele nunca terá
nada alem do vazio
que desconheceu comigo.
Sinto, terá que se acostumar

diferente de mim
que ainda me iludo com pesar,
que ainda me canso
de te amar.

Hoje lembrei

Do tempo que passei
ao seu lado;
sempre lembrarei.

As vezes espero te encontrar
ou ainda te ter
aqui.

Mas os bons momentos
não foram o bastante,
o nosso amor

falhou.
Não devia eu
ter te amado,

não devia eu esperar
as mil maravilhas,
o menor pecado

pois agora odeio-te
como nunca odiei a ninguém.
Por isso me ama?

Porque nunca acreditou
em nós?
Fez bem, melhor que eu.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Pra você

Que tem ciúme quando lê
cada poema,
cada sonho;
os amores que vivi.

Sei que vai voltar
e quer encontrar aqui
algo especial,
onde eu conte os segredos

que guardei de ti.
Pois é, hoje encontrara apenas
palavras para nós,
não vou te mentir

outros que escrevi
pra ti não foram,
mas tão sincero quanto esse
nenhum sera.

Me desculpe se te magoei
mas juro que gostei.
De fato, amei.
Nada posso fazer

a não ser te beijar
por todas as noites
que viver ao seu lado,
a não ser te guardar

em todos sonhos
que couber
em meus minutos
na noite,

te imaginar
quando o sol raiar
e todas as nuvens
fugirem de nosso caminho.

Nada posso fazer
alem de te amar
e apenas isso ofereço-te
e isso terá que bastar.


Chata

Você é chata:
foge, corre,
nega.

Mas me quer,
me beija
e me abraça

com todo ódio
que tens de mim.
Nem assim assume

serás minha,
não a onde ir,
nem como negar;

sua solução seria
largar tudo, me beijar,
tocar meu rosto

com suas mãos,
tocar meu peito
com seu peito

dividir um beijo
que não vá acabar;
o nosso beijo.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Repescagem.

que fique para outro dia, mas aqui sera o lembrete
fazer uma sátira para a guria do absinto, musa da minha vida, que deu sabor para minha noite

e fazer uma sátira sobre o fim do mundo, que infelizmente pra mim,
foi falso.




quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Que tanto rancor

por uma guria
que é passado

esqueça ela
venha ficar do meu lado

venha, te do
mais que dei

a eu mesmo,
marco

desmarco
cada passo nosso.

Gente

desculpa estou sem tempo pra postar e pra corrigir os poemas
mas logo terei mais tempo:D

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Isabela

Aqui fica uma deixa
pra um futuro poema,

uma brisa
da beleza de seu nome.

um fio
de seu cabelo loiro, longo

e roubado.
aqui fica um pedaço

do meu coração e minhas
intenções, lindas intenções

aqui jaz nosso amor
aqui, ali, Isabela

aqui você estará.

Procurei na noite

As respostas.
Andava cego por elas
esqueci

que serei sempre cego
por todas.
Agora me lembrei

que sou um burro
e bobo
morro de amores

até por lobos,
até por vespas.
Cobras no meu pátio,

cobras em todo lugar
e eu continuo cego
como elas.

Continuo amando,
e errando, e procurando
as perguntas.

Me lembrei
que não quero saber nada,
lembrei que vou levar,

vou levar até aguentar,
perguntar,
sorrir e falar.

To até o topo

O queixo,
o cabelo,
to até os cotovelos
cheio

de amor pra dar.
Venha estranha,
me conte mais
seus sonhos,

quero te ouvir
até cansar,
quero te abraçar.
Adormecer

em seus braços.
Sou novo
e tenho um coração
de criança,

tenho medo de altura,
mas vou em roda gigante,
vem, vem
que eu ainda sou criança.

Conte seus problemas,
divida comigo
todas as histórias,
tombos e rasgos.

Vem que sou novo,
mal caminho,
nem sei nadar.
Aliás me ensine

a nadar,
beijar e amar;
me ensine a fazer amor,
ensine a amar.

Irmão

'eu to pedindo a tua mão
me leve pra qualquer lado,
só um pouquinho de proteção
ao maior abandonado'


hahaha
sim, sim
eu te trago pra cá, junto comigo.


domingo, 16 de dezembro de 2012

Quanto mais sai

Mais vê
menos crê
menos ama
menos te amo.

Quando mais conhece
mais beija
mais transa
menos transo.


Se quer tanto
busca
e pega, adota pra ti
sem mim.

E fique só
aonde quer que vá
vai ter todos
mas lá não estarei.

Maré

O mar é lindo,
frio,

e imenso.
As ondas?

não existem onde estou.
Como vou

então
me afundar?

naufragar pelo mundo
só?

irei.
Irá comigo,

vou te levar
alem dos lugares.

Não costumo

guardar rancor,
ter tanto orgulho
não é meu costume,
mas dessa vez
espero ter pra sempre;
o egoismo, o orgulho...
Quero que me sigam
em relação a você...

sábado, 15 de dezembro de 2012

Tarde

Estou no sofá
olhando-a por alguns minutos
fixos.
ela reclama da louça,

da sujeira da casa.
Estou vendo-a lavar,
ela esta de costas
e vejo sua bunda empinada

aparecendo por trás
da tanga branca
Estava calor, meu pau
crescia

e ela reclamava,
eu não a ouvia,
não queria ouvi-la,
queria seu corpo.

Me levantei e fui em direção a ela
e em direção a louça.
Ignorei tudo, as palavras
a água e o sabão.

Arranquei aquela tanga
virei-a e a botei em cima da pia
conseguia vir sua blusa molhada
respingada

com  seu suor, com água.
Beijei aquela boca
aquele peito, bicudo,
enquanto passava a mão por sua coxa.


(continua)

Poste

Parado
de dia desligado,
de noite
carregado de luzes.

Raios que penetram
nos olhos,
que iluminam a passada


do cigano.
Junto com seu cigarro,
o lampião
e os postes,

vai iluminando o
caminho,
vai achar a volta
pra você.

Eu acredito nele
no retrógrado
e no velho
eu acredito em lampiões

nas histórias de
Monteiro
nos sorrisos travessos
da boneca de pano..

Saudade tátátá

Se cair o mundo,
acabar
dia tal,
eu vivo igual;

de dor,
com o peso inteiro
nas minhas costas.
Eu vivo,

pois de saudade
que vou morrer
e não do que toca,
atinge

e machuca,
eu morro então;
de falta
de você,

falta de nós.
Mas de fim de mundo
de pedras e mar,
disso, sou imortal.


Gula

Eu como tudo,
todo,
tola
vem aqui.

Eu como sem
desgosto,
eu sujo os dedos
na sua carne,

me lambuzo
do chocolate,
lambuzo seus seios
beijo sua

lingua,
pescoço.
Sinto gosto,
cheiro.

Enjôo
da sua lingua
do seu corpo
do nosso amor.

Vou embora
e passo fome,
procuro tu,
você.

Agora
já tem outro gosto,
parece hortelã,
maçã!

Não posso te-la,
saciar-me;
és a fruta de outro
outro esfomeado.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Sombra

De baixo da sombra
não queima
de baixo da coberta
não faz frio

só calor,
calor só
sem pernas,
sem soluços

que solução então
me destes
tempo?
tempo para morrer


sem conhecer
entender ou viver
você quer também?

tempo.
parei, não brinco mais
de baixo da sombra
cai as folhas

de baixo da coberta
o suor.
o meu suor e apenas
meu.

Sonhei de novo.

o que é certo
quando tudo é incerto
sonho
amor

paixão
é tudo dor
se não a como
recompor

vamos viver assim
atropelando os
verbos
as paixões

pois se vivo de sonhos
vivo de ti
e de ti cansei
de viver.


(não vou botar virgula e etc agora to com pressa. )

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

De sobra

Estou imóvel
procurando as coisas
que me mostrou

já não existem mais
e agora
o que sobrou?

Sobrou o que podemos tocar
certo?
sobrou fotos

cartas, anéis.
Sobrou as rosas,
as estrelas.

Destino

Me cumprimenta
com sua verdade
do nordestino
cansado, que trabalha.

Me contribua
com seus trabalhos,
sua seca,
sua sede.

Tire de mim
as paixões tolas ao homem,
o sonho de felicidade;
pois o mundo existe.

E esse mundo,
esse Brasil, tem prioridade
o pobre e o trabalhador,
a fome e a dor,

não meu amor.
Meu amor é um,
Você meu povo
é todo, você é nós.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Ciúme

Orgulho
tiraste de mim o amor,
tiraste de mim ela.

Agora o ciúme
me corrói,
agora o amor

se destrói
e eu procuro-te
nos montes

que atravessam a rua,
nas ondas que batem
em meu corpo.

Te construo nas nuvens
e te roubo
nas noites de sono.

Rage

Homens tem o prazer
de roubar de outros homens
o amor.
Infantil, te drago,

te levo ao inferno
se não calar-se.
Vá jogar seu jogo,
se masturbar

e ser feliz,
fique longe de minha mulher
que pra ela
não terás

pica nem dente.
Te arranco ambos
e lhe faço engolir
junto com esse amor que sente.

Roupa nova

Pra lavar
secar e deixar no sol,
pra passar,

não amarrotar.
Você tem que entender
roupa nova se guarda

pra usar
quando estou com você,
mas só com você.

Então posso suja-lá,
gasta-lá e rasgar toda ela
mesmo esperando que você

que a rasgue.
Também posso tira-la
e deixar o mar à levar.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

eu queria

não ter um blog
escrever em anônimo
e berrar, desabafar mesmo
falar tudo de uma vez.
queria mesmo, queria muito.

não consigo nem pensar, nem escrever
queria mesmo ser mais ninguém que já sou.

ponto e vírgula.

deixado de lado
mal acompanhado
sem trago
e esta tudo complicado.

quero assim
simplicidade
nem virgula nem fim
nem rima
nem forma

nem certeza
e nem razão
quero sim uma tequila

descendo pela garganta

tentando fluir meu sangue
e meu corpo mover toda tristeza

Prosa da verdade

Que mentira
do príncipe e da rosa
que nada, não existe
'eternamente'

Fui cativado, cativei
inúmeras vezes
a mesma rosa,
que nem chora,

nem sorri.
poucas palavras descrevem
a surpresa
da descoberta.

Quando mais novo
fui mentido pra tardiamente
deixar de sonhar.
Sonhar, acordar, que seja.

Não consigo pensar em nada bom,
forjar um sorriso
nem acreditar, mal digito,
mal transporto o medo.

Ana Maria

Faz minha comida,
traz minha cerveja.
ME AMEE.
Ana faz amor comigo,

bagunça essa cama,
Maria cai na pia
descansa na minha cozinha,
e me faz uma boa comida

pra quando cochilar, contigo apagar.
e se eu morrer...
Se eu morrer me deixa viver
sozinho deitado, caído e apagado,

deixa eu capotar, resvalar e sonhar.
Mas depois me busca, me serve a mesa,
me bota na cama
e me de boa noite.

Carolina

Seus longos e
loiros,
seus cabelos
entre meus dedos.

sua nuca, nua
para mim tocar, beijar
arrancar.
Carolina

venha gozar
do mar, das ondas
da noite e do luar.
Vem se sujar

na areia não tão linda,
não tão macia,
quanto suas mãos.
E no mar

que é seco
se levar em conta seu beijo.
Carolina,
me leve daqui,

me leve na casa
de seus pais, transamos no quarto
de seu irmão, na sua cama
no chão.

Me leve e me esconde
de baixo de sua cama,
encima do roupeiro,
fico la quieto, escondido

do forasteiro.
E antes de dormir
te mimarei
e de todas as tristezas te tirarei.


Tudo que quero de ti
é um emprego,
pode ser de joalheiro
assim te darei ouro, diamante.

serei o bastante.

Cristiane e Gui

Aos pombos
que matam por prazer,
prazer que se troca
com beijos e safadeza.

sem sexo.
Prazer trocado.
Prazer passado,
rebolado.

Prazer mentiroso
que ilude
e sustenta os ônibus
levando amores,


almas aos lugares.
Iludindo, bebendo
fudendo as hordas de
amantes.

PRA TU QUE NÃO RESPONDE.

Escrevo pra desabafar
mas eu falo de amor,
algo que nem sinto,
sinto é dor,

raiva, perseguição.
Esse mundo cheio de
soberba
'deixando no prato

aquilo que não come'
É bem isso, foda-se
todos que tem
e não dividem,

todos que amam
e não dividem.
Foda-se também se você ama,
e não tem quem ama,

quer dizer que não merece
esse amor.
Cansei de falar de coisas lindas,
só tem dor aqui

cansei de mentir,
Odeio você, que agora é puta
odeio você que agora fica.
Que sua língua entorte.

Luiza

Te devo este poema a anos, Luíza.

Encontrarei tu
onde estiver
na festa que beber
na lagrima que cair

procurarei nos ventres
de sua mãe.
Nos dinossauros acharei
a profecia de nosso amor.

Lá descobrirei
que nunca vai haver amor
apenas dor.
Da dor que causarei

desculpo-me agora,
da dor que vou causar
seus filhos que deem conta
pois serão meus também.

Da vida que te peguei
não devolvo nem gozo
e nem dinheiro.
Da educação que falhei,

culpo-te por acreditar
que um dia eu conseguiria.
A magia
que estraguei,

essa é culpa é minha
por amar a uma cigana
de cá e de lá
sem lugar pra ficar.

NO IDEA

Escrevo
até cansar
ou o horário acabar.

Escrevo com intuito
de me livrar
do cabo e do rabo preso,

do meu penar.
Até se eu viver andando,
desmunhecado,

escrevo com a mente
versos pra me prendar.
Sério, vou casar.

Com alguma amante qualquer
a beira do mar
alguém que ame

e queira a mim educar.
De farra enfartei,
dois filhos fiz-te abortar,

e mesmo a te amar
com outra vou casar.
Vou roubar

casa, quarto, cama
cheiro, gosto
perfume e sexo.

Vou quebrar
o abajur, a tv, vou quebrar
até você

que não quis me amar.
Que não quis
amar.

Dos restos, de todos eles
você lá estará,
e mesmo sem me amar

lembrará do roubo
que não teve seu coração
da tunda que roubou sua atenção.

Workkkk

Do trabalho
ao dia de folga,
a única folga é quando trabalho.

você que não entende
nem ligo pois
amas pouco.

Eu amo, portanto a solidão,
a folga, o usual
corroê,

descalça a alma
e enche seu peito de
feridas.

Quando suo, ando,
escavo e laço
lá minha alma não é sua

lá tenho folga
da correnteza que me arrasta
até você.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Afago

De pouco caso já cansei,
de pouco a
pouco vou te agarrar,
te trazer pra cá.

e vou te lambuzar
de mel,
de chocolate e
amor de criança,

amor de crianças
que brincam e veem
o arco-iris se rindo.
Enrugar dedo a dedo

contigo embaixo
do chuveiro,
e vou te banhar,
e te fazer dormir,

mas não acordes,
não grites.
Sonhe até cansar
e conte-me

cada pedaço dos seus medos
desabafe
e vou lhes tirar
vou lhes arrancar

e de amor te completar
roubareis sua alma e seus sonhos
tornarei o seu bafo,
que tem gosto de

hortelã.
Sei porque sinto te beijando.
me lambuzando de ti
até perder juízo.

Iracema

O cinema
passa filme
a tarde inteira,
e eu procurando

dona Iracema,
mãe de cinco,
vó de oito,
cozinheira de panela,

do feijão e do pão
e do povo da favela.
E o cinema passando filme
do homem que canta

sem ver.
Mas esse homem não
conhece Iracema.
Que da comida ao povo,

que trabalha no cinema,
da ter de que comer.
eu a procuro
pra me ensinar viver

a ser feliz
e a dar a familia aquilo
de comer.
Se ver Iracema,

se ela estiver no cinema,
na panela ou na favela,
fale de mim pra ela.
FALE QUE QUERO

aprender dela
a receita de viver e sorrir,
e de barriga vazia
continuar a crer, acreditar.

Luana

Que a lua pouse
entre nossas pernas
entrelaçadas,
e que nas ondas

desse imenso mar,
Luana você me possua
e a cada onda,
a cada repuxo,

me puxe, me tires
daquele lugar,
e me afogues em beijo,
me afunde junto

nesse eterno e vermelho,
mar de amor.
feito do nosso corpo
das nossas caricias.

Luana me salve, me desafogue,
me toque nas areias,
me arranhe nelas, com seu corpo,
suas curvas e minhas curvas,

seu beijo e minha vida
sua vida e a lua,
Luana do mar,
Luana do mar que aprende da lua

Que aprende de Luana
como ondular, turvar,
gelar e amar,
como afogar.

Joana

Me tire da cama
Joana,
não me deixes dormir aqui
sozinho.

Me tires da cama,
arranque os lençóis,
abra a janela
e deixe o sol entrar.

Joana por favor
me de um beijo,
rasgue minhas roupas.


que a mesmice desiste
de nos separar.

E não deixe de ser quente
me queimar o corpo,
a alma fazer flamejar;

me tire  ar, me sufoque
em paredes fechadas,
me diga, me risca
belisca.

Me morde e arrisca,
vai que não tem a perder
nessa vida não sou senão de você
Joana, venha me ver, ter'-se


Laila

O sol me queimou o lombo
e meu coração parou
no primeiro ônibus,
aquele que já peguei.

Agora cheguei
no sol, no calor,
na solidão.
Nem tem santo redentor aqui.

Nem tv a cores pra mentir
que tudo melhora.
Agora cheguei
olhei o mar,

meu coração não bateu e
você longe demais
nem percebeu
que nem a água me esfriou.

e nem meu sangue circulou.
olhei fundo
procurei nas ilhas, nos peixes
achei sujeira, cheiros novos.

Nada de ti, nem olhos
nem beijo e nem abraço,
eu feito palhaço, nem adeus
e nem palmas ganhei.

Gente

Tem gente que faz
a gente crer,
tem gente que faz
a gente correr,
tem gente sem gente
procurando gente
pra tentar crescer,
e eu aqui
tentando ser gente
pra gente que tem
outra gente
pra cuidar.




sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das conseqüências." Pablo Neruda

De bar em bar
vou secando
lhe difamando
odiando,

garota você repugna
todos abraços,
todos beijos,
apegos, chamegos.

tudo perdeu:
do amor ladrão,
até a mentira sincera
não tens nada,

alem do drama,
do não, do drama de não ter
casa nem fagulha, nem beijo
só o olhar fraco e o lembrar

do que um dia
já prometemos
nos escritos das paredes amarelas
já ofuscadas com o vermelho.

vou secando cada bar
cada pedaço onde vou
te olhar.
cada miragem que eu cria.

e a culpa disvencilha de mim
já que foste tão vulgar,
errada. Como a cadela no cio
que corre aos prantos do cachorro.

Como a freira que enxuga
o molhado de sua roupa
intima.
Como a inveja de Loki.

Morreu em mim
a perfeição de um amor
a ilusão de uma certeza
vou me sem pedaços de ti.

Com a certeza da visão
clara como os raios,
ludibriando mentiras
que falaste em meu ouvido.

Surpresa!

Abusou
da regra três
você abusou (8)
cantou Tom.

Como consegue
causar tanto desdem
só passou um mês
engravidou mais de cem,

e agora largado
longe da sua cama,
perto da nova cama
cansei de espera.

De ti
esperei até os braços caírem
junto a cintura
e o sono me pregar de pé.

O sangue me cair aos pés
e a magreza
machucar com poemas dizendo:
de ti cansei.


Passagem

Eu ia sem vinda
de cá pra lá,
outrora problema
sonho agora.

de cada pouco caso
fiz rumo ao fracasso,
me divaga
a verdade. divã.

Sentado falando
sem escarnio,
perdi os trampos,
perdi em barrancos

andando descalço
cortei os pés,
esqueci de botar
o calçado.

Me deram calçado
avisaram
'nestas pedras se cortará'
hoje me cortei.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Tempo

"Quando o coração bate na nossa porta
e a gente não atende?
Quando as canções de amor
tocam uma vez?

Eu vou correr no tempo
estarei atrás da porta
e ouvirei nossa musica
serei sua resposta.

E eu vou canta-la
saberão que voltei
que voltei por ti
não vou fugir, não

Se precisar
busco-lhe
escondida."

se alguém quiser muda-lo arruma-lo, não irei.

conquiste

Entrando em meu e-mail pediu para mudar o numero, era o seu numero lá. me procuraram? ligaram pra mim?
Como se antes as cartas fossem nossas e agora são minhas, o peso antes era divido. Agora é meu.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Sem Fantasia - Chico Buarque.


Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perde-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu
Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus

Lala

achar rimas lindas
é o pior
quando se procura a tristeza
quanta beleza.

domingo, 2 de dezembro de 2012

pum

cada osso do meu cobro quebre
e meu pulmão retenha liquido
que as minhas mãos calejem
antes da velhice, antes do tédio.

que a embriaguez consuma
meus sentidos
e meus neurônios morram todos
afogados

em destilados
esperanças curtas e nos sonhos
que morrem primeiro
que o corpo.

EU NÃO VOU CORRIGIR AGORA, to com preguiça :P

sábado, 1 de dezembro de 2012

Sabes

Quero tanto a ti
que vou fugir,
não irei ficar
pra ti me roubar.

Podes mentir,
iludir, ou amar
quero a ti
alem do certo.

Ficou turvo,
borrado
o medo de doer
mais que dedo em quina.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

muito velho esse conticulo.haha tentei arrumar mas foi falho.

impulsivo, incerto e condenado,
esse é o meu ato de amar.
e esse sou eu
medroso.

"            O relógio faz tic-tac repetidamente, o tempo não consegue se calar, me ensurdece, sussurro diante de eu mesmo em um espelho já abafado. Conseguia ver o vapor, conseguia sentir o cheiro abafado no ar, o frio que me tremia o corpo.
            Primeira publicação, olhei para escrivaninha, meu café, recém feito, já estava morno, mesmo intocado, o que escrevi até agora era desconhecido, estava em folhas velhas e rabiscadas, que haviam se perdido no tempo junto a mim, a aquele relógio e tudo na casa.
            Já são duas horas, a casa já estava ficando escura, a persiana se mexia com o vento, a pressa o perseguia, tinha apenas uma hora, para se arrumar, conseguirei? Movi-me rapidamente e de forma muito desastrada ate o guarda roupa, traças, pó, tudo se encontrava lá, indiferente de toda aquela casa já adepta á noite. Vestindo aquele terno que nunca me deixava. Dês de muito novo, me seguiu em bebedeiras e encontros, nas mentiras que rabiscava nos papéis. Parecia certo usa-lo, como se ele fosse o nariz do palhaço, o chapéu do cowboy, é ele era parte do meu personagem.
            Tic-tac, novamente aquele barulho perseguindo, o relógio agora gritava, com anseio, com cansaço. Ás três horas o editor chegara, o que ele falara? Sempre tive aversão a criticas, medo. Rascunhava em suas velhas folhas, tentava fazer o tempo passar, tudo estava congelado, tudo parecia estar sem vida, eu sabia que não era bom o bastante, mas ele disse que viria.
            Parece um suspense, são 14h23min e essa seria minha chance, não sabia o que fazer, seria como perder a virgindade? Como ordenhar as vacas do mundo? Serei um santo? Serei amado? Odeio a ti editor e ao relógio que não se cala.
            Ouço um ruído, o vento na cortina, persianas batendo, os barulhos parecem se encaixar ao bater do relógio, tic-tac, tic-tac, passa-se minutos, um em um, parece tortura, o tempo. Estava tudo frio, meu café amargo, frio e azedo servia as moscas que ali passavam.
            Espantado com o tempo, lavo o rosto, o sovaco, tiro o suor de meu corpo, o fedor de medo. Já o de insegurança, esse não sai. E todos viam, os peixes no aquário, o gato que estava à caçá-los e o passarinho a cantar, a me acalmar.
            Falta apenas 13 minutos, resolvi deitar no sofá, por alguns instantes e de repente silencio,  adormeci de forma seca e nervosa junto ao sofá, enrugado e fedido de suor.
            Em meu terno, aquele das grandes histórias e aventuras, dos sonhos e das promessas de futuro, nele que eu acordo, tão tarde, tarde para o sonho, tarde para o arranjo. Tachado de irresponsável, olhando para os lados o procurando achei apenas uma folha ao vento que nela dizia.
            Não cuide do tempo que passa, pois assim o perde para cuidá-lo de forma que não vai lhe sobrar nenhum.
            Arrumei o barulho do relógio, comprei um bom destilado e botei o pijama, mas o tempo?
parou, sem avisar, sem reclamar. "


dois em uma noite já é costume.

Por inteiro
faço metade eu metade tu.

Por metade
entendo solidão.

'eu não estou mentindo, gosto do que tu escreve' aram.

Com vagueza,
eu afago
até o pobre murmurio
de sua pintura:

Corpo nu,
cabelos soltos,
cachos espalhados
na cama,

enroscada em meu corpo.
Nem eira nem beira,
nem flor em primavera,
nem samba de roda,

tiram te de mim.
Cobra, aranha e animal
não assusta sua alma.
Pena que és uma pintura.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Dia oito de qualquer mês.

Seja ontem,
hoje ou amanhã,
nunca vão me amar
como tu me amou.

e isso eu afirmo.
esse amor
é dos pássaros cantarem
pra me acordar;

para eu
a tristeza dominar.
esse amor que eu respirava
sinto falta.

tua falta.
Mas de erros,
mas de faltas estamos cheios,
então bons acertos.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Dia 05, dia 08

Amo você,
liberdade.

Por isso fique,
abrace-me,
e me sufoque todinho.

Se roubares meu cheiro,
se sentires meu gosto,
liberdade, de mim
você nunca mais irá sair.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Vós

Encontro o passado,
eu o procuro
e dói.

Eu estou atrás dessa comédia
chamada amor,
dessa mentira,

mas ela esta longe demais,
essa história
que escrevi:

Mentiras de minha cabeça
sonhos misturados
com a realidade,

a tristeza esperando
pra sufocar
tragar a felicidade toda.

Tu

É como se todo o tempo estivesse equivocado
e os minutos passassem apenas na sua companhia.
Algum tipo de preconceito com outras amantes?
conspiração do universo, para ficaste eu na eternidade, na sofreguidão ?

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Vazio.

Eu sou a noite
que ainda não chegou
no seu dia.

sou o óbvio
que você tanto quer,
não o diferente que te dão.

enfim sou nada
alem,
de um sorriso e um aperto de mão.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ela

Tem um jeito de me fazer
se errar todo,
Eu perco as palavras contigo,
meu bem.

Perco a respiração
tentando te cheirar,
daqui e você lá,
longe de mim.

Um dia seras minha?
estará perto
para eu te beijar?
Espero,

Espero que não.
Não quero amar,
gostar, cheirar
abraçar.

Curto, rude
és assim meu coração,
falo bulhufas,
digo-te tudo.

Agora corras, sumas
sumirá?
Te esperarei aqui,
pensarei em ti.

Você

Procuro-te no espelho
vejo: olhos castanhos, 
procuro a verdade
por trás de mim.

Procuro o abraço que perdi.
desculpe-me mãe
tentarei te entender.
Que vento gostoso, até

roubou-me um sorriso.
e agora vejo alem,
vejo quem?
Tu.

Tu segurança,
se prenda em mim
não me deixes escapar.
Nem o vento, não o deixes me levar.

Estou com vergonha,
Confusa.
Estou brigona agora 
mas abrace-me.

Me beije, loucamente
cuide de mim loucamente.
e de meus chiliques.
Eles tentaram, mas cuide de mim.

domingo, 18 de novembro de 2012

Decifrem.

Não estava acostumado.
Oriundo, prestativo,
Já era esse eu.
Olhe para ti agora,

Depois de todos passos
Amei o errado.

Sempre esperei tanto,
Usei de todas as chances
Aspirei todos os sonhos.

Contigo imaginei
As estrelas, o mar
Resisti até a ultima gota,
Agora desgosto.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Decepção

Animo, leitura, viver, sorriso, boca, engordar, amantes.
tudo sumiu
ficou apenas o desinteresse,
o antigo e superestimado.

Não necessito de tatuagens
frases de efeito, escolhas do amor,
o desinteresse vem, inerte e sem face.
não me surpreenderas novamente Asmodeus.

Não me surpreendera nenhum de vós
pois tudo ja me deram à provar
e por tudo já chorei.
Todas as facas me cortaram;

As cegas, foram afiadas
as minhas, todas apunhalaram-me.
Se fossem apenas as facas, mas as rosas
e seus espinhos, o Sol e suas queimaduras.

Resta-me esperar,
talvez o novo interesse
o novo livro, o novo vento, as rosas
que regarei.

Mas delas nunca esperarei
deram-me o desinteresse e o passado,
e ele não usarei; pois do passado
quem viveu, viveu errado.

domingo, 4 de novembro de 2012

Tomates caiam com lagrimas de sangue.

Amei como nunca amarei ninguém, odiei como sempre me odiarei.
já te causei tanta dor que eu nem lembro, me desculpe.
te disse tantas coisas, todas mentiras ruins.
parado, imovel

sem poder pedir perdão, sem poder arrumar.
apenas a ladrar, ladrar como um cão,
com raiva do que fui.

contigo perdia os sentidos
arranhava os vidros.

desculpa.

Eu cansei disso tudo, dos erros e dos acertos.


Já cansei de conquistar,
Tudo e todos morreram
Pra mim.

Isso não é um poema,
É uma declaração de desistência,
Não conquisto mais um pato se quer

Sou rude,
Sou grosso, uma mentira.
Não as quero, eu sempre menti

E não me dão tesão,
Nem são luz a meus olhos.
EU MENTI,

Amo e sempre amarei o passado,
Anos nus de vocês,
Uma longitude sem igual

E é isso que quero, não vocês
Não suas bucetas,
Nem pena.

Quero a calmaria
Da morte,
A violência do mar.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Sou sua eva, tirei-lhe do paraíso.

mais de 365 dias,
nem um em vão.
um mal necessário
sair, correr, fugir.

'desuso todo termo'
desuso tudo, minha alma
um laço, tudo.
e disso jaz uma rachadura;

queimadura eterna
na alma, no limite do libido.
deus usou tudo
pra me sustentar, erguido.

tiras-te tudo de mim
alma, crença e amor.
rezei, ganhei esperança,
ganhei de deus não de ti.

ganhei os olhos
lacrimejados,
os beijos esquecidos,
esses nunca ganharei.

não os mereço,
te perco, e ganho
apenas a paz de deus
e quem sabe um adeus.

de deus é claro
de ti nem pinga
nem oi
adeus então, adeus meu adão.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

que pobreza de rascunho

ninguém sentiu como eu
ou sofreu,
ou entendeu.

não espero nada
diferente,
até cana

cairia bem,
vomitaria o amargo
o impio e sujo.

a cana que é branca
e leve,
mas limpa que eu.

forte? os dentes
não a bebida
mas a ferida.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Verso Avesso

escrevi um verso
de amor
outro dia.

esse
e o meu verso de hoje,
cheio de euforia

lhes conta
que escrevi um verso
com muito amor.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

1 1 20 ano mês dia!


quem ama sente
cada dedo
esmigalhado,
quando escreve uma carta

a fica letra tremida.
quem ama faz versos
da galaxia e do que não existe,
do que não sabe explicar.

quem ama erra
até cansar,
se corta roubando rosas,
tem verruga de contar estrelas.

quem ama chora
até abraçado no amante,
quem ama não tem escolha
é escolhido pela sorte.

quem ama crê e sonha,
arredonda o quadrado da janela
pra não machucar a donzela que
por ela entra.

quem ama se molha
na chuva e-
se resfria
por um beijo.

quem ama cansa
de tanto amar,
mas depois de cansar
volta correndo a ladrar

esse sou eu
que ama
quem ama ?
você, heluisa.

Oca do amante!


As paixões de filmes, livros
Estas são lindas, perfeitas,
Minhas prediletas.
Atacam meu coração,

Invadem meus sonhos,
Até quando cheiro as rosas,
Lembro desse amor.
O incontestável.

O problema é o meu amor:
Calejado e torto,
Sempre doendo
Queria ser este de quem escrevo;

Que leio e ouço.
Amar sem cortes,
Sem ranhuras;
Amar inteiro.

Queria eu ver nas rosas,
Na lua e na cantina contigo
Nosso amor,
Não o de cinema.

Esse ai, de cinema,
Traz sonhos roubados,
Beijo roubado,
Sexo com amor.

Nem em sonho mais
Nem em novela,
Só na cabeça oca
Do amante.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

vertigem, não corrigi.

até no bafejar do vidro
desenho
a nós.

até na lagrima borrada do palhaço
enxergo
seus choros.

e em qualquer sino
ouço teus berros;
cruéis.

no espelho
vejo
nossas faces

passadas, pesadas.
no banheiro escorre o
vapor e nele

crio desenhos
do seu seio, 
de sua boca na minha.

em cada pedaço do dia
em cada terço que rezo
eu peco.

na vertigem e nos sonhos
você triunfa
e a razão se perde

explica-me então
como pode desilusão
dar-me esperança?

aos longos dias
que se passaram
desejo enfermo e amnésia.

e que seus dias sejam suaves
como as folhas
guiadas dentre as arvores,

que o vento
lhe de o gozo que um dia
me dera.

falo de ambos
do gozo
de ambos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Conflito

Janela aberta,
sou todinho das estrelas
dos sonhos; 
a janela bate.

o vento esconde
cada estrela,
cada partícula de luz
some diante mim.

tento abri-la,
de todos tentos
nem lhe mexo 
falta força.

desembaraço a coberta
respiro dentro dela,
com medo
da janela fechada.

das estrelas distantes
sumirem.
tento dormir
mas sonhos

novos vou ter
e de novo
a janela
com todas as luzes

irão vir.
e logo se esvairão.
pois fico acordado
nas cobertas então.

domingo, 9 de setembro de 2012

Tier


Eu tinha tantas lagrimas, tinha tantos sonhos; eu tinha tantas vontades e agora não tenho nem um suspiro nem uma força.
Eu quero não acordar, quero infelicidade, quero não acordar. Sonhar eternamente com algo que não tenho mais.
Que perdi sozinho, com meu sadismo.

sábado, 8 de setembro de 2012

Prosa do contento.


Todos os sonhos são falhos.
Iguais.
O coringa da mente,
O desejo irrelevante e

Descontentamento da alma.
Sonhei, novamente morri,
Cai infinitamente
No precipício da paixão,

Morri, logo sonhei
Mas todo sonho falho
Muda
Você, o céu, sua casa

Esqueço
Pois os sonhos mentem
Transbordam o perfeito
E da morte não volto.

Culpo-me por sonhar,
Por minha podre alma,
Que ama
As dores que me deu. 

Lagrimas de uma flecha.


Hoje lembrei
Que sempre
Lembrarei
O que esqueci.

Lembrarei das pedras
E da sombra da arvore,
Lembrarei dos jesuítas.
Hoje eu lembro.

Lembro até dos índios.
Lembrarei do sorriso caído
Da dor no peito e do sonho
Que morreu.

Hoje eu me lembro
Do que devia esquecer.
O futuro que não veio
E do passado.

Lembro da maionese estragada
Das piadas sem graça
Lembro das estradas,
Dos sonhos de estradas;

De que viriam estrelas
A me acompanhar.
Do arco que não comprei
E a flecha que não atirei.

domingo, 2 de setembro de 2012

Café

Se ao menos gostasse
do grão negro
que me tira o sono,
os sentidos.

viveria melhor e
dormiria pior,
de fato.
mas da vida que preciso

estaria farto.
negro e amargo
define nossa liris
ou mentem isso.

tão pouco acredito
quanto duvido pois
a indiferença brotou cedo
mas não tardia a dormir,

porque deste grão
não sou chegado.
acabo sempre a pender
pra algum lado.

Decadence


É o passado que lembramos
Foda-se. Não lembro como escrevia
Não sei escrever
E não quero compartilhar,

Quero esquecer;
Das estrelas, da lua
do auge.
Mas hoje me resta

A solidão das palavras
Que me enganam,
Ao menos elas aceitam.
Não me aceito e

A tempos me julgo,
Não me sinto e
A tempos me visto
Por vestir. 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Céu

Lua clara, ó lua
foste posta ao lado
de tantas nuvens.

lua minha, já cansada
me desculpe mas hoje
que estas tão linda,

que te cercam todas as nuvens.
mas é feia
ante a estrela

que brilhou perto de mim.
nuvem, que seguia junto
a lua

tapas-te a beleza
ou a estrela junto a mim
te ofuscou?

domingo, 29 de julho de 2012

títulos, como os odeio.



¹não a vulto,
²não a duvida.
¹tudo que causa,
²tudo escolhido

¹é a dor,
²é o escório:
¹são dois
²são o 'amor'.

De que jeito sofres
por-ti-nha abre-se
na minha casa.
"É, são tudo não"

¹pra nós,
²pra ti
¹repito sempre,
²repito amor:

¹sempre dor,
²sempre eu e tu.
¹nós somos,
²nós não ligamos mas

¹eu amo.
²eu sou amado.
"Eu repito-
Nós pra sempre"

Pedra papel tesoura

de que forma se machuca
quando cai na pedra;
essa pedra corta
de que forma se machuca a pedra

quando encoberta por ti
ficas.
de que forma quando arrancas
o amor sem intenção,

qual intenção fica
no amor que tens arrancado
por ela
em seu coração?
.

sábado, 21 de julho de 2012

PoucaOnda's

Quero escrever
mas até no braço
me falta força;
meu coração,

meu pulso,
tudo inexiste.
Estou frio
Aterrorizado

Pois então choras-te
meu amor?
matas-te?
-sim tudo isso

respondeu o coração
alarmado.
meu amor
morto e frio,

estilhaçado
machucou-me.
E até no braço
a veia não pulsa,

até no peito
o ar não chega,
até em ti
não estou.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

diga-se de passagem

protejo um,
protejo outro
só não protejo eu.
Aceito isso,

aceito aquilo;
cada vez que pede
dou o que deseja,
ao menos uma vez então

peça algo bom:
um sorriso, uma verdade
peça apenas metade,
não inteiro.

metade de que tenho
te dou inteiro.
Não sintas
não afaste-se

a verdade é mais sua
que de todas,
ela condiz com o sorriso
empecilho da minha face.

entendes que te digo?
tenha meu amor.
esta metade e
não a outra.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Oração ao defunto.

            Algumas vezes escrever sobre a morte é fácil, em certo ponto os vivos a desejam tanto
que desistem.
deus, existe a última frase? A minha é tão ofusca. fiz o de sempre e sinto culpa como sempre.
Todos os meus erros agora, bom eles não são apenas acentuação, maiúscula ou não. Gosto de errar, gosto
tanto de errar que nunca aprendo, apenas para poder errar de novo. Mas se tudo acaba tão rápido, se quando nascemos já praticamente sentimos o fedor dos nossos corpos, a decomposição, a merda dentro de nós.

            Não quero que me lavem quando eu morrer, não usem maquiagem em mim. não sou diferente daquilo, não quero ser. Quero apenas dizer adeus e que entendam meu adeus. ouça meu adeus. Sinta meu medo; pois agora me vejo só, no silêncio, apenas com um cachorro, chorando ao meu lado. Parece que devia sair alguma lagrima, alguma gota. Cai-me apenas uma vida, uma alma. Que tua alma seja conservada e de certa forma feliz. Não esqueças que nunca fui bom, mas coube a ti me educar, saiba que não desejei nada alem daquilo que me deram. Agora desejo mais, poderia ficar um tempo e esquecer a amargura. Mas se queres tanto, se esvai, seja livre. Merece mais que almas que não te ajudam, merece mais que a velhice e o egoismo dos arrependidos, não fique por ninguém, pois ninguém merece sua vida, alem de ti.
       
           Se puderes mande uma linda primavera e um outono ventante, me mande o calor dos céus, que sente na liberdade. mande também um postal para provar que leu-me e entendeu tudo. não quero o inverno, do frio já estou farto então se puderes arranque-o em apenas um ciclo e não se esqueça do principal, dei-me chuva para chorar e vinho parar saciar-me, me de uma cama quente e um rosto sempre presente. Agora sem ti preciso disso. Que esta pessoa me de todas drogas que me deste: dinheiro, comida, calor e amor e creio que seja nessa ordem. Ela precisa ser ignorante como você e me ensinar a cozinhar. quero também seu pum no almoço, mas sem cheiro por favor, bastava o seu.
       
           Enfim, se fores embora podes levar algum parente junto, certo? e não ligue para meu arrependimento, nem para o egoismo, não te trarei de volta por isso e muito menos por pena. Enfim se tiver que morrer morra. Mas por favor não morra!

sábado, 30 de junho de 2012

apenas um comentário !

maldito pablo neruda, literalmente domina o amor com os versos
domina tudo com tão pouco
e é tão nobre seu verso
que invejo, invejo ele todo, seus amores, seus ódios, seus poemas

invejo cada pedacinho de sua simplicidade.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Reason

de negro
aborrece-me,
os olhos profundos
lindos,

rasos,
confusos,
lindos olhos;
claros.

seu lábio
fino,
me dê, me deixe
morde-lo.

e quero cada curva tua,
cada cova
linda, doce
sera minha.

amarro então
seu amor
junto com meu;
e sua doçura

amarro
ela toda
em meus sonhos,
que sejam pesadelos;

contigo, seras belo
e seguro.
seguro? mas tão longe
quero te perto de mim,

ficas ao meu lado,
apareça aqui
beije-me.
sua boca fina

doce, molhada,
minha boca
molhada.
olhos brilhando

vejo-te
e dura, dura mais
não vá sonho,
fique, durma comigo.

Noite

parecia-me o fim
da estrada,
percorri tudo
mas não cheguei.

não chego
a olhar-te no olho
a beijar sua boca;
continuo a andar

não lacrimejo,
nem avanço
estou parado
a todos os lados;

te vejo
com um cabelo,
com um sorriso,
sendo outra mulher.

te procuro sempre,
mas meu coração
trai e mente
a cada encruzilhada;

me ilude e junto
magoo-te
não amando
nada alem da satisfação

amo-a
mais que a eu
mais que a felicidade
amo até sufocar-te

e tudo te tirar.
cada tu que descubro
e de longe, avisto.
mato, tiro te de mim.

éis então aversão 
minha.
você, mulher
corra, já te aviso

magoarei-te inteira
corra, já aviso
mordo, cuspo e amo.
mas voltes, porque peço.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Suor.

Beijava o bico de seu seio
devagar,
cada pelo de seu corpo
ouriçava, gemia.

enquanto tocava
cada curva sua,
descendo por seu corpo
encaixando minha mão

como se fizesse parte de ti,
de tua cintura,
de sua bunda,
de suas costas;

passeava meus dedos lentamente
até puxar-te com força
contra meu corpo.
tocava seus lábios

e mordia-os.
deixando seu corpo
envolto do meu,
e quando arranhava suas covinhas

já excitada;
você me arranhava
me tocava, me agarrava.
se prendia em mim;

segura, domada
pelo seu desejo
me entregando
corpo, alma

gemidos.
enquanto eu mordia, beijava
todo seu corpo,
pescoço, seio

sugava cada parte sua
lentamente com minha lingua;
tirando sua calça, calcinha
todo corpo nu junto ao meu

e estonada de prazer aceita
suplicando que te segure
com força,
tocando te como se fosse minha

beijando suas pernas, mordendo-as
chupando todo seu corpo
passando minha língua
me entregando para ti

segurando firme suas pernas
suas coxas suadas
molhadas de prazer
entre minhas mãos.

enquanto chupo-te
me arranhas, berra de vontade
até que goza, goza por segundos
enquanto sinto seu gosto

me segurando
prendendo-me e puxando meus cabelos
me soltando e cansando
com o corpo cansado, aliviado. 

terça-feira, 26 de junho de 2012

tenho escrito pequenas frases
em pequenos dias,

talvez eu apenas esteja esperando
um grande dia

para a grande frase;

quem sabe até fujo da grande frase
por temer o grande dia

maldito comodismo esse.
maldito medo, bendito sono

vou dormir.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

hum/

para que serve
este /
que fica entre

o que deve ser dito
o que guarda?
me conta

esse seu segredo,
me deixa respirar
o seu sorriso;

divide comigo
estou perto.
dois, três,

mil passos,
um clarão e
um sonho:

você
ali perto então
não fuja e

se ME quer
diga hum/
diga mil vezes.

rimas curtas
dizem mais,
pequenas palavras

contam histórias,
meses, quantos meses
hum/

segunda-feira, 18 de junho de 2012

pêssego, sossego e rapaduras.

a vida é tão dura
que parece até rapadura
de velho
com o dente frouxo
eu mordo. mordo
comendo aquela pedra
fico todo roxo.

a piada é tão sem graça
parece 
e desaparece, 
toda comédia
tem um fim.

os olhos tão vermelhos,
pareço chapado
estou espirrando.
estripado pelo corpo
correndo nu como coelho;

pareço chapado
estou cantando, correndo,
comendo rapadura;
tudo parece engraçado
mas ela esta tão dura
meu dente até quebrou
a risada acabou.

estava apenas espirrando
com os olhos vermelhos,
estava apenas sonhando;
não foi a rapadura

que me quebrou.
simplesmente cai da cama,
espirrei e cai;
meu corpo me traiu de novo!

meus sonhos novamente
me tiraram da cama
e até parei de rir,
minha mente novamente
me traiu.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Tão novo, tão tolo!

sabedoria
quem liga pra ti,
o tempo passa
e ficamos sábios,

sera?
pois sou tolo ainda,
desconheço tudo e
tudo julgo.

desconheço d'onde vem
o amor,
o que sugeres ele;
o que traz.

desconheço. pois pra que
conhecer?
sou um tolo
amante dos perfumes,

das flores e
do outono.
amante dos tolos,
dos alegres.

julgo os tristes
pois me parecem todos;
são espelhos meus.
estilhaçados por ai,

ambulantes triste
lembram que sou um tolo
tentando ser louco,
um louco tolo,

tentando ser nada
pois bem; nada eu sei.
estou certo então
até onde vejo

falta-me idade para
sabedoria.
também coragem para
conhecimento,

para vida falta tudo;
sou um novo velho
ranzinzo e chato
serei um dia velho d'alma?

espero que no minimo
entenda os perfumes,
as flores.
porque dos amores

estou farto.
nunca um poema
conseguiu o explicar
nunca um poema tocou-lhe orvalho

raiz, núcleo,
nunca o amor
foi achado em tuas letras.
em nenhuma letra.

sequer a água consegue
refletir,
o seio da mãe consegue satisfazer
nada pode com ele!

este tolo
nunca pintado antes.
quem dirá eu, um tolo
saber um dia do amor.

não abusarei então
da sabedoria,
não adivinharei nada
alem de seu perfume,

ele já me sera eterno,
entender-lhe
já me deixas feliz,
já me faz sábio.

Senhora Morte

maldita morte
que não aparece
tanto falam,
tanto falo.

ela esta à espreitar
esperando a felicidade
pra vir.
viras ela levar-me?
Tenho sentido coisas
enfim
sinto saudade e
raiva.
sinto ciúme
e também correntes

estou preso
aqui na vida.
inclusive meu espirito
sufoca cada dia
de ciúme,
de saudade.

quanta impossibilidade
cerca minha existência,
minha tênue
e surreal linha.
estou insatisfeito
à horas.

traga-me a satisfação
a mudança.
traga-me
a embriaguez moral
e sera enfim livre
meu demônio.

domingo, 3 de junho de 2012

Ao passarinho que voou, voou

senti um frio
uma rosa se despedaçou
e a gritos
sonhei.

cada passo que dou
cada incerto passo
que demos
morreu ali

então por que vives sem mim?
eu que daria tudo
dei tudo
agora sou nada

sem ti
nem vivo
respiras meu ar
rouba meus sonhos

então deixe-me rouba-los
deixe-me te ter
por todo sempre
deixe-me olha-lá

Amor

não se enganem
minha maior fraqueza transparece
mas é a mesma
que a de vocês

quem vocês amam.
Essa é a fraqueza universal
é como se controla
tudo. Deus a usa.
antes fosse eu um animal perigoso
do que um homem
sem um rugido
sem garras

antes minhas forças
não fossem palavras.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Primogênito.


sofre primeiro
ama primeiro
e quer sempre ser esse tal
primeiro.

mas que tal ele
nunca sai da crença
do numero 1
ser melhor

nunca foste porem 
o terceiro, o quarto
ultimo de alguém
assim então

ele morres primeiro
como um digno 
primogênito
que se orgulha primeiro.

O Tolo

Falas comigo,
involuntariamente
respondo-te com
meu coração

move mãos, braços
corpo todo
em sua direção.
tudo isso é fração

do que sinto
do que espalho
e nem escondo
fosses eu um cego como tu

pior sou um tolo que crê
no que creio
nem sei
me esqueceste de falar.

Promessas.

descanso um mês
do que me torna vulgar
turvo.
descanso dois dias

do que me da taquicardia
dizia ela :
'já lhe dou felicidades,
já lhe dou minhas palavras'

escarro agora
nesta mentira
como escarrou
meu coração à ti.

desprezo a embriaguez
que me deixaste,
as verdades
que não acreditaste.

antes tudo eu creia,
agora descrente sou
até dos olas
incultos felicidade.

antes que eu exploda
digo-te:
amei-a um segundo,
amei-a a cada sorriso.

odeio-a agora,
odeio-a
por um segundo.
um eterno segundo.

Perda

Ela gosta de meu estilo -
ela que falou isso.
Se expressou e a ira
surgiu em mim.

ela me chama de amor
e me causa tanta dor.
Os braços bambos
arquejados

tentando contar
meus segredos,
meus desejos pulando
aflorando o corpo inteiro

o frio e a tremedeira
tudo é pouco:
um poema não fala
o quanto ressinto

faço vários então,
direi-te tudo
do inicio ao fim
o mal que fez a mim.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Digo de passagem.

Quem sabe se ainda jogasse xadrez eu lembraria de tudo que já senti, das noites em que caminhei por ai e pensei, se eu soubesse o tanto que pensei e tudo que desaprendi. Sempre esqueço, esqueço como calcular, esqueço como se ama e tudo porque parei de jogar xadrez, deus agora agradeço por ser um tolo. Acredito que o tolo sempre pode mudar, acredito que ele tenha o dom da felicidade e por isso sempre comete erros.


lembrar.

se eu soubesse tudo,
lembrasse daquele sorriso
que deu quando nasci.

lembrasse de cada gota
que cai das arvores,
cada folha madura.

se eu lembrasse como se faz
pra sorrir como antes,
se lembrasse de tudo

talvez não sorriria.
esquecemos porque devemos,
esquecemos pra sobreviver,

e todos esses gênios
com grandes memórias
e suas decepções a noite

suas facilidades em sobreviver
mesmo sentindo toda a dor
o que sentiam?

tanto em que acreditar
e pelo que morrer defendendo,
tanto pelo que morrer

quando se lembra de tudo.
acho que estou vivo
vivo porque esqueço fácil.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A dona sabe :P

não nasci
pra comer em prato fundo
pra amar no inverno.

nasci pra respinga
toda sujeira na mesa,
nasci pra crer
que o inverno passa.

Mas nosso amor
é uma praga
que respinga todo esse mundo

parado e ofuscado.
e agora sei que
não cresci mais que você
nesses anos longe

que não amei ninguém
alem de você
por isso sujemos tudo

como as crianças
sejamos como elas:
com a inocência
que é tão linda.

que é tão curta e intensa,
mas eu não nasci
pra amar no inverno.

Pés

Não fales de meus pés
limpos, doces e femininos,
Eles cederiam calor aos seus
abraçariam suas pernas

e te defenderiam.
São lisos e lindos
e andam apenas
em busca da amante

que deles roube o calor.
Não fale jamais então
se não é isso que deseja.
fique para sempre só,

porque eles andam
em busca da amante
que lhes sequestre
mas que me leve junto.

E se deles já tens medo
de mim então morreras
porque ai de amar-me
mais que a meus pés.

achei aqui, já devo ter publicado mas arrumei algo.

O tempo faz
Sei lá diabos
O que
Esse maldito faz.

Uso-o para limpar
Minha bunda
Enquanto olho
Minha merda

Descendo.
Mole, dura ou marrom,
Perco o tempo
Com a merda,

Que desce
Diferente toda vez
De dentro de mim.
Economizo

Neurônio
Para em algum tempo
Escrever algo
Que não seja merda

Mas se for
Tarde
Então escreverei
Sobre ela novamente

Queixando-me
Por deixa-la descer
Com o tempo passando
E eu olhando.

Meu amor.

'não morra por mim - disse ele
morra acreditando em mim, mas nunca por mim, não cometa o erro que cometi ao queimar os olhos com nosso ardor'


5:42

faço um poema tarde
para um amor atrasado

que transborda pelo teto
de tão esperado,

das janelas vejo as chamas
dessa demora que arde

o peito e os olhos
fixados, vermelhos e mornos.

todos mentindo
que você esta vindo

todos olhando as chamas
tentando te salvar do que amas.

te imaginar correndo
entre o fogo e lama,

para até meus braços chegar
afagar e abraçar, morrer de amar.

Rosa

vi uma rosa no caminho.
no caminho vi a rosa
em um quadrinho.
no quadrinho havia uma rosa
em meu caminho,
havia uma rosa
que pintou o meu caminho.

nessa rosa havia um cravo.
esse cravo era de uma rosa
e cortava devagarinho.
o liquido que saiu de mim
era igualzinho
a essa rosa que meu caminho
pintou com o cravo.

cravo que morreu
para me ter no caminho
da rosa no quadrinho.
rosa que havia pintado
meu quadrinho
com carinho.
carinho que ficou

pintado na rosa.
a rosa não tinha cravos
no quadrinho
em meu caminho.
no meu quadrinho
havia sangue junto-
com os cravinhos

que a rosa pintadora
deixou a mim.
junto com estes
jaz um pouquinho de carinho
amargo como a rosa
do caminho que morreu
no meu quadrinho.


Rimei, Amei e Fracassei. vocês três tem andando muito junto ultimamente.

hoje amei por um instante
troquei o amor pela dor

acordei com dor e rimei
mal rimado apenas

pra ficar falado.

hoje fiz barulho no coração
de um anjo

para suas asas balançarem
enquanto ouve a canção.

mais rimas, mais rimas
suprindo o que o publico pede:

a falsidade das palavras
e meu final feliz, que fede.

a única verdade disto meu caro
é que amei hoje.


Pluzze

Amor
Fraternidade,
Elegância,
Ternura,
Ao avesso as qualidades

Ostentam

Começo
União.

Consideração,
Obsessão,
Maternidade.

Acidez,
Risos,
Eterna
Ironia
Amargura.

Mulher é tudo isso mais
Estética
Utilidade

Anjo.
Madura
Obrigação que causa
Ranhuras.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Alegria

De cego que sou
me pus em coma

para a mim amarem
cheios de alegria.

por outros tudo vejo,
tudo sinto.

tem-me todos eles
na mão

mas o tolo do meu peito
não bate.

creio que
morri a horas daqui,

ali perto onde morreste
a minha alegria e

decerto quando fiquei cego
via-a de longe,

pois recordo-me apenas
dessa cuja

alegria.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Família

família
tem sete letras
e as vezes nenhum membro,

família
tem milhares de significados,
mas nunca faz diferença.

é, essa maldita família
pode ser até uma criação de coelhos,
coelhos reproduzem

mas são só.

Cinco segundos 1


Cinco segundos são precisos,
De coragem.
Mas não aparecem

Cinco segundos de dor passaram
Mas esses próximos cinco segundos
Doem iguais.

Cinco segundos é preciso
Pra morrer,
Cinco segundos de coragem.

Cinco segundos passaram de novo,
Agora tenho vergonha
Pois busco a coragem

Do desesperado,
Busco a coragem nos segundos que passam
E que doem,

Mas os segundos simplesmente passam
Com dor,
Com dor, busco a coragem.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Cinco Segundos

cinco segundos passaram
ou deviam passar
como segundos passariam
mas para mim mais de hora passou.

cinco segundos passaram,
diante de mim um sorriso,
diante do barulho,
o silêncio.

cinco segundos.
passaram
uma vida e um abraço,
em cinco segundos passaram.

cinco segundos ainda não passaram
eu ainda sorrio
ainda espero
não passar

cinco segundos
que foram despercebidos
os detalhes, os desejos.
cinco segundos que virou noites.

cinco segundos esses
que na verdade foram um
até nos segundos enganam
esse meu coração.

sexta-feira, 30 de março de 2012

quinta-feira, 29 de março de 2012

frio

Que o inverno seja frio
e naquele corpo nu,
seus dedos congelem
tocando-a com maciez.

que suas lagrimas congelem
ao rosto pálido dela,
e que meu amor congele
e se quebre.

que se quebre
sua paixão,
que esfrie
o que atormenta meu coração.

não desejo nada de bom
nem escrevo algo bom
mas o frio vem
e nada mais é quente como antes.

não falo de sua buceta =/

conheço-te pouco bicho
de quatro patas
que anda pelo labirinto,
de minha donzela.

Conheço te tão pouco
que beberia do seu sangue
comeria de sua carne,
seria você

e andaria junto aos outros
insetos que já andaram
nesta escuridão
e me perderia,

viveria sem nunca sair
e morreria de frio
entre o que tanto
me esquenta.

segunda-feira, 26 de março de 2012

porcaria

Meus dias são acordar a meia noite
Cuspir nos pratos,
Comer os ratos e
Perder poemas.

Rasgar os fatos
Todos,
Chorar e gritar
A alma morrer,

É como se eu não tivesse
Outra coisa a comer
Outro sonho a ter.
Eu acordo a meia-noite

Não vejo nada pra fazer.
Deus, perdi meus poemas de novo
É como se toda a dor
Que eu lhes dei

Voltasse a mim como um tufão,
É como se cada sorriso
Que ele criou
Não importasse á minha alma

quinta-feira, 15 de março de 2012

heluisa

Seu cabelo enrosca em minhas mãos
Seu ciúme,
Enrosca em meu corpo todo,
Melado de ti.

Minhas idas e vindas
Pelo seu seio,
Rubro e macio.

Minha verdade
Nua e crua
E o seu sexo que me destrói
Inteiro,
Me da sonhos

Tira meus pesadelos.
Tira meus pesadelos,
Esses seus seios.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Saudade de tanta suavidade

A mulher linda é infeliz, toda mulher dotada de beleza sente a dor de ser desejada sua carne e não sua alma, a mulher feia que é realmente amada, puramente e unicamente amada por sua alma, por suas qualidades. A mulher bela é conquistada por ser linda, deslumbrante e é por isso que sempre vejo nos seus rostos, perfeitos a tristeza e a solidão do amor, o vazio que nunca é preenchido. O busto farto, o seio empinado o suor exagerado do olhado de nada atraem o amor, a dor e a saudade, atraem apenas o pecado; por isso as lagrimas serão as mais sinceras, fervilhando desejo, amor que elas procuram. Sinto pela beleza dessas mulheres, por sofrerem e nunca saberem se realmente são amadas, e sabendo disso, fornicarei, usarei artimanhas e truques pare lhe conquistar e por esta razão creio que sinto ainda mais pena de vocês.