sexta-feira, 15 de junho de 2012

Tão novo, tão tolo!

sabedoria
quem liga pra ti,
o tempo passa
e ficamos sábios,

sera?
pois sou tolo ainda,
desconheço tudo e
tudo julgo.

desconheço d'onde vem
o amor,
o que sugeres ele;
o que traz.

desconheço. pois pra que
conhecer?
sou um tolo
amante dos perfumes,

das flores e
do outono.
amante dos tolos,
dos alegres.

julgo os tristes
pois me parecem todos;
são espelhos meus.
estilhaçados por ai,

ambulantes triste
lembram que sou um tolo
tentando ser louco,
um louco tolo,

tentando ser nada
pois bem; nada eu sei.
estou certo então
até onde vejo

falta-me idade para
sabedoria.
também coragem para
conhecimento,

para vida falta tudo;
sou um novo velho
ranzinzo e chato
serei um dia velho d'alma?

espero que no minimo
entenda os perfumes,
as flores.
porque dos amores

estou farto.
nunca um poema
conseguiu o explicar
nunca um poema tocou-lhe orvalho

raiz, núcleo,
nunca o amor
foi achado em tuas letras.
em nenhuma letra.

sequer a água consegue
refletir,
o seio da mãe consegue satisfazer
nada pode com ele!

este tolo
nunca pintado antes.
quem dirá eu, um tolo
saber um dia do amor.

não abusarei então
da sabedoria,
não adivinharei nada
alem de seu perfume,

ele já me sera eterno,
entender-lhe
já me deixas feliz,
já me faz sábio.

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