terça-feira, 23 de dezembro de 2014

nunca mais foi desfeito.

Você me dizia algo
fazia-me careta.
No esquecimento da vida
perdi suas frases, troquei suas caretas,

perdi suas caretas e falei suas frases,
te procurei nos espelhos
rasguei suas fotos, colei suas fotos.

Te amei, te amei e não me amei,
vomitei o seu amor, mas no despero
de te esquecer, enfiei goela abaixo.

Agora esta preso em minha garganta.

sábado, 15 de novembro de 2014

Ariane

Ariane minha deusa
filha de Minos
filha do homem,

fosse o céu lindo
como és tu.
fosse o mar vasto
como és pra "mim"

você, com espinhos
tão afiados fazendo sangrar
meu corpo, colo sopro.

pare de amar-me
demonstrar esse amor
com punhos
e roxos me deixar.

Te saúdo por tudo
mas de minha saúde
sou eu quem cuido.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Heroi

Qual o peso de sua espada
brandida, a lâmina
resvalando em possas quentes
junto com a mentira?

O heroi é o vencedor, 
do sangue derramado
mas não obstante para se tornar
ofuscado pelo vermelho.

Sua força me intriga,
Sua astucia e energia
me devotam.
Mas, mas, mas, 

Faça-me um heroi,
caso eu caia,
pois meu sangue é fraco
não poderá ofuscar

E o sol ilumina até nos
lugares mais escuros,
as pessoas mais sombrias.
O sol todos à ilumina

Meu sangue é fraco, 
não sera ofuscado,
não sera nem notado
de cor fraca e pálida, não haverá brilho nele.

Mas o sol ilumina tudo
eu serei herói
e o sol contará minha jornada
minha indigna derrota, minha fraqueza.

Fraqueza

O frio enrijece meu corpo,
meus erros,
irreparáveis erros,
me tornam humano

sou tão fraco e normal
que não controlo
meu destino?
o destino, o sonho

é o caminho difícil do homem,
não segui-lo é triste
e sozinho, não ser forte
ressoa a tranquilidade

de um pássaro em seu ninho,
do falcão que o encontra
e do tolo que confia.
Agora sinto frio

Amanhã arderei de febre,
quando estarei forte?
Não consigo levantar a pedra
que esculpe meu destino,

minhas escolhas são sombras
de vidas. Minha impertinência
é meu mais puro destroço.
Minha alma corrompida.

Não sei mais quem sou
o que faço, porque faço.
Não ergo o talher que me fortalece,
cubro-me com a escuridão

e o fracasso é questão
de tempo e o tempo não
voltará, não perdoará meu descaso
de passa-lo tão levianamente.

domingo, 9 de novembro de 2014

Do morto ao vivo

Hoje vi
um defunto com sangue
meu, sangue de onde vim

Na carne não existia parente,
mas a alma do trabalhador
ocupava todo recipiente

dessa imensa dor.
Hilda Lucas,
vi sua humildade

nos olhos da humanidade
triste, guerreira.
Vi sua felicidade

satisfação inquestionável
pelo simples,
pelo gosto amor.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Teta

Tira meus pesadelos.
Tira meus pesadelos,
Esses seus seios.

Tira esses seus Seios
Tira seus seios
Meus seios
Seus pesadelos

Meu pesadelo
Os seios seus
Meus seios, teus
Pesadelos dos meus seios.

Não amamente
Não sacie com seios
Meus seios,
Meu, meu pesadelo.

sábado, 27 de setembro de 2014

Eu sinto o lábio tremulo
o gosto azedo do medo,
as tripas do estomago retorcendo
sinto o beijo do recém-acordado

o cheiro incrédulo de sim
o inerente não á paixão
eu sinto.
Então agarre minha mão

beije minha nuca,
eu não espero qualquer reação
diferente de um não
quebradiço, dobradiço.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Que me escondo e reescrevo, mas te escrevo e te encontro.

você ler
o meu peito
se partindo.

Indo, indo, indo
sem parar
pra teu encontro,

um deserto que não quero adentrar,
fétido o bastante pra abrigar
fera tão necessária de ser cativa.

devoradora dos sonhos fajutos
dos risonhos
que penetram em meu corpo.

Porque te procuro,
porque te encontro
e te encontro tanto
que me escondo.


segunda-feira, 21 de abril de 2014

whats

A verde relva,
verde esperançosa verdade
que arde em meu peito
entre a mentira,
que nas facetas possíveis
desmente
a mentirosa face satisfeita,
o aconchego gélido
não passa da mentira
descoberta vista
nua na relva.