O frio enrijece meu corpo,
meus erros,
irreparáveis erros,
me tornam humano
sou tão fraco e normal
que não controlo
meu destino?
o destino, o sonho
é o caminho difícil do homem,
não segui-lo é triste
e sozinho, não ser forte
ressoa a tranquilidade
de um pássaro em seu ninho,
do falcão que o encontra
e do tolo que confia.
Agora sinto frio
Amanhã arderei de febre,
quando estarei forte?
Não consigo levantar a pedra
que esculpe meu destino,
minhas escolhas são sombras
de vidas. Minha impertinência
é meu mais puro destroço.
Minha alma corrompida.
Não sei mais quem sou
o que faço, porque faço.
Não ergo o talher que me fortalece,
cubro-me com a escuridão
e o fracasso é questão
de tempo e o tempo não
voltará, não perdoará meu descaso
de passa-lo tão levianamente.