segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Helena

És o amor de minha
existência, és criação
de luz e paz no coração.

Desejo como jamais
desejei, o céu pra tu
cantarolar; amar.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

qlqrlqrlqlqr

Na alma existe
qualquer certeza
de tristeza.

Te entrego minh'alma
estiraçada, crucificada.
Quero só vagar.

Meu corpo irá
andar, cambalear.
Cairei e morrerei.

Mas sem alma,
desuso a alma,
quero o corpo

Pra na morte
nada alem da treva
me acompanhar.

"embora haja tanto desencontro"

"embora haja tanto desencontro"

Sinto que no encontro
do trem a raposa ficou.
Não havia ninguém
não havia socorro,

vagões passando sobre trilhos,
animais fugindo,
a raposa ficou.
Pobre raposa, penou, penou.

O vagão se foi
o silêncio ponderou
todo mundo se calou
e a raposa se foi.

Sem amparo
seus restos comeram
os animais vitoriosos,
que o vagão ludibriam.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Ó Dear

Ó querida eu sou um peixe grande            
querida, você me fisgou.                            
Querida a corda não vai arrebentar.            
Querida vou te contar


Ó Dear I'm a big fish
Dear you catch me
Dear the hope won't break
 Dear let me tell                                

Você sabe pescar,                                    
solta a linha, vai, vai                                    
solta essa linha e me deixa dançar,
solta essa linha quero fugir.

You know fishing
 Flow the line, flow
  Don't how to strong the rope.
   Let be, Let go honey.

Vou me soltar.
Não, sou peixe grande,
não segure muito forte,
precisa soltar, ó querida

Hold me tight
I'm a big fish
Catch me right
Let go, ó dear just do.

Você soube me fisgar,
qual sua isca, qual sua isca?
não me toque na água,
não me deixe sangrar.

Cause u now fishing.
know how get the most big
fish in the river.
Ó dear all you now, im your.

Só devore minha carne,
cuide os espinhaços,
cuide os espinhos,
Querida sou seu peixe grande.

Get into my flesh,
In my bones,
get'in my lake
cause i'm a big fish.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Linda

Seu lábio vermelho molhado
grosso como toró, vivo,
arqueado como se o cupido
usasse sua boca,

A maçã de seu rosto, firme,
espeça, como duas grandes bolas
de sorvete, seu nariz pontudo,
com os olhos fundos.

Não consigo descrever, criar
na imagem, qualquer que seja
outra beleza igual sua.
Queixo fino, cabelo castanho

Castanho esse que seus olhos
grandes, que a tanto não me olham,
tem de sobra.
Não existe em ti feitura alguma!

Não existe nada de tão belo!
nesse mundo não existe mata
ou templo tão calmo, forte
quando seu rosto, não existe

mel tão doce quanto seu lábio,
nem ferrão como seu olhar.
Tudo perde o sal, o açúcar
a graça e a cor.

Seu hiato é o mundo, é
o indiferente tu, me condeno
pois surrupio seu rosto tão
descaradamente.

Me condeno pela distância
que causei, o tempo que não
recuperei e pela saudade,
que não matarei.

                                                                       Ja não me encaminho
                                                                       para um final feliz,
                                                                       encaminho qualquer verso
                                                                       a tristeza eterna.

                                                                       Pois beleza me é triste,
                                                                       distante, sua beleza não
                                                                       me pertences,
                                                                       sou errante à nós.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Noite

A noite é silencio,
o uivo da besta, o perigo
do peito aberto.
Silenciosa noite

em ti me calo.
Clara será a manhã, mas
a treva é negra e
dela me escondo.

Veja bem
a penumbra me deixa louco,
joga-me dentro d'alma,
lama, tristeza e morte.

Pois noite é o silencio,
jazido na cama, quieta,
escura, fechada, a noite
é infindável, manhã?

Por que te calas?
Manhã surges, com
o iluminar de seus bosques
o tilintar de seus sinos.

Manhã és choro de bebê
nascimento das águas,
Manhã é clara, clara água
banha-me.

Quero

Sua luz é responsável
pela cegueira das peçonhas,
sua luz destina a paz
no meu ego.

Como iluminas
igual fogo, sem queimar?
como me deixaste
te querer sobre

flores perfumadas,
roubadas e nuas
de nós?
Foste a rosa

que cativei em meu peito.
Como diz a história:
Te tornas eternamente responsável
                                                        -por aquilo que cativas.
Roubarei então

seu seio e na sua alma
minha'lma se recontaras
e descansara
ouvindo a cachoeira

chamada paz
que trazes junto com
o tilintar de nosso
júbilo.

sempre

Sempre me considerei extremamente
hipócrita,
certos momentos algo se apossa
e tomas as decisões, diz as palavras.

Espanto as pessoas com a facilidade
com qual acordo, deito ou me masturbo.
Só preciso de uma razão, uma manhã
mal acordada, um sorriso, um sonho.

parece tudo,explica qualquer reação.
Quero a solidão, quero a calmaria
das quatro paredes e de um eterno
divisor de águas.

A humanidade esta toda
trabalhando, fumando seus cigarros,
tocando tocos na rua e falando, nunca
param de falar, falam e cagam.

Olham as pessoas ao redor, julgam
uma boa trepada, julgam
em quem meteria, quem amaria,
julgam quem as sustentaria.

Na realidade me perdi em
hipócrita.
Mas não quero me encontrar.
Só você a partir de agora.

De certo se te encontro,
calo a boca, a matraca não abre,
os dedos não batem sobre as teclas,
capaz até de tocar toco de cigarro na rua.

cego

Cego ego
Ego cesuro
gago, credo ego cego.
galgar sax, surdo, cego ego.

Hoje eu vejo

Amanhã eu berro
agora sonho, reclamo
com a barriga cheia,
a comida esfriando

reclamo e reclamo,
paixão me deste tanto;
podes ir, me deixe viver.
Amor deveria ser

pequeno, não, não
deveria ser tão grande,
deveria ocupar meu peito
não corpo inteiro.

Tem a vida, o mundo
a corrente do rio,
correnteza do mar.
Tem luz, TV, tem até você

por que dói tanto
estar tão longe?
Aqui tem de tudo,
o que comer, o que ler.

Tem até o que fazer
mas pouco importa
porque quero você
só de você quero viver.

Como posso ser tão egoísta

O amor batendo todos os dias a nossa porta, os resultados são esperados, você esta tão longe agora, por favor me explique, como te encontro? Qual rua da sua casa? Qual a cor da sua vida? Sempre soube que é vermelho, o mais forte, vinho não é denso o bastante, certo? Queres o que é meu, quero tu, tu, tu, tu digira nosso passado e me queira, me queira bem, vermelho e denso, me esfregue, me corte e fure, fure as rodas de meu carro, meu peito, ele sangrará, é só cortar, eu me esborracho pra ti, morena, me diga onde estas, seu endereço, o postal logo chegará, inteiro. Boto em sacos plásticos, dentro de uma sacola térmica, meu sangue chega quente, me beba neném. Me beba inteiro, sou seu mais gostoso suco, paixão inteira, órgão, devora meu peito, por favor arranca essa dor, não me deixa vagar aqui, ali e longe de ti, não me deixa mais sonhar, arranca essa dor, não quero mais pensar, quero me entregar. Seja eu antes de nós, seja eu antes de nós, seja eu antes do passado, seja eu antes do futuro, incerto, meio neblinado pela esperança, seja eu antes da esperança, antes da neblina que seja eu e de tanto ser eu que seja seu, seu, sua saliva, sua boca, seu queixo, seus olhos, sua cintura e o sexo, seu corpo, o peito amassado contra o meu, o beijo molhado, vermelho, denso e todo mordido, toda cortada, minha boca, sua boca, nós cortados, inteiros ou aos pedaços um ao outro, vem, vem enquanto estou quente, vem enquanto sou seu, enquanto estou indefeso me devora, sou todo seu neném, sou todo seu, todo seu neném, mas vem agora enquanto estou triste, vem e arranca minha porta, arranca tudo, me quebre, me deixe aos pedaços, tire a consciência, não ligo, me entrego, entrego como se fosse ao mar, por ti sacrifico todos tempos.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

por que me acordas?

Sonhei que te perdi
ó que desgraça
sonhei que morreu
sem me amar

Não aceito isso,
nos amaremos,
conheceremos um ao outro
Deus não permite sua morte.

Ser algum permite,
foi esculpida aos olhos
do amor.
Promessas fiz

mas hoje as faço mais forte
que o trovão, que o sol
ou a natureza, agora sou
natureza.

Você relva, você flor
e rosa, por ti me tornei responsável
de você, sou parte.
sou fruto, rosa, raiz e CÁLICE..

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Tentativa frustrada de matar o tédio.

5:52 da manhã, irá amanhecer e o sol estará coberto pelas nuvens, doce verão, o ano recém iniciado, promete a euforia, conquista, prosperidade. Minhas costas estão arqueadas, meus pés acima da escrivaninha. Fico me lamentando olhando a parede amarela fraca de meu quarto, sujo, imundo, tomado pelo mofo. Entendo todos os conceitos, sou um vigário nesse quarto, sou um monge, a porra de um sábio que enfeita as paredes com marcas de baratas mortas, como se fossem a salvação para a mesmice. Te procurei no mar, te procurei nas ondas naquele dia, vi vultos, curvas e sem absolutamente nada a fazer me debrucei sobre as areias e chorei, chorei tanto que engulo cada lágrima como se fosse um balde inteiro, que não me sequei ainda. Lembro-me bem desse dia, o ano novo, foi tão novo que escrevi um poema, esperançoso, o coração vibrará pensava eu, me arrepiando com a ideia de amar. Os carros passavam pela avenida e eu olhando de cima, bebendo como se fosse algum tipo de escritor, como se soubesse de alguma palavra ou destino. Escrevi o poema como a quem acaricia um parente falecido, no distanciamento físico, onde apenas a alma importava. Não a queria, de forma alguma, queria algum tipo de amor, ser proletário, operário dessa alma e nas companhias usuais aplaudindo, elogiando minha eloquência e meu esforço por aquela paixão acabei me sentindo privilegiado, onipresente para a pobre criatura que recebeu o poema. Por menores foi entrega-lo, bastou atravessar a rua e qualquer morador do prédio se prontificava a dar em mãos a carta perfumada, tanta segurança, tantas câmeras e andares, tão fácil chegar a você. Cheguei, leu-me inteiro, mordendo seu lábio, apaixonada, olhou para fora, procurou-me em todos lugares enquanto brindávamos inquietos a chegada do ano novo, na cobertura admirando sua curiosidade. Como a alma engana traiçoeiramente o corpo, como o desejo constitui do desconhecido, pois quem se perdeu fui eu, te esperando, te olhando, me mostrava, me fazia fácil, ali perto e de perto em perto o ano novo estava próximo e o destino de minhas companhias decidido junto ao meu, os fogos na praia. Com a champanhe, taças a mão, pessoas de branco e eu sem um tostão pra me vestir de forma apropriada te procurando a cada canto, cada quadra que passava e -Fui apadrinhado nesse verão. que honra, que honra ser apadrinhado por segundas intenções, que honra ser julgado. - tudo que eu havia em mãos era o meu peito, meio bêbado e cambaleante te procurando entre os tantos milhares desconhecidos, imuteis que ali jaziam, perdão, viviam, fanfarrões da vida, trabalhadores, homens honrados com suas mulheres molhadas sonhando a captura.
FOGOS, o ano novo chegou, brindamos, bebemos e tiramos fotos, quantos fotos, lembro-me de um amigo cantando 'feliz ano novo, adeus ano velho' sem qualquer esperança que esse ano alguma coisa realmente tivesse significado. Ela não estava ali, não a encontrava, não a via e meu ano novo, embriagado se resumiu a meus olhos procurando em vão a salvação. Poderia corresponder a vida com a morte da bezerra.Tomamos banho de mar, dançamos, pulamos e conversamos, a perfeição.
-Saúde, saúde, feliz ano novo meus caros amigos, feliz ano novo.
Voltamos, mas eu se quer havia ido, estava lá na cobertura, olhando-a de longe, procurando-a. Ela não foi ver os fogos, não saiu de casa, tão pouco eu os vi. Fiquei vendo-a no fundo do mar, fitando-a.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Doce vida

É amarga a dor, o gosto e a tentativa de te descrever.
Pusera um feitiço mortal, minhas ideias
antes tecidas pela vida,
são agora com ideais de uma morte querida.

Sabias, não?
meu fim foi seu inicio
cai mas não morri,
fico deitado imóvel e sem socorro.

Guia, guia, guia minha vida
pela tua, grita, grita mais alto
porque não te ouço daqui,
não te vejo daqui,

É só miséria, e na miséria
construo minha dor
meu ideal de cimento
coberto inteiro pela relva.

Como pode? COMO PODE?
não sou nada senão o que fui
contigo minha rameira.
RAMEIRA, RAMEIRA, MANEIRA

SUA DE ME INDUZIR
a morrer fidalgo da solidão.
Minha rameira, me guia e grita
porque sou seu ideal de tristeza.

Triste sendo te convenço a ser minha
uma ultima vez, pois gosta d'amargura
tanto quanto eu, gosta da dor
tanto quanto d'eu.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Tu

Quero te roubar um beijo
pra saber quão doce tu é,
pra seu corpo se
envolar ao meu.

Vou descrever a natureza
o sol ou a chuva, mar e raio.
Vento forte em seus cabelos,
sua bochecha vermelha

pelos arrepiados.
E na sua cintura
segurarei firme
e de tanto segurar

você entregara
corpo, moeda, roupa
e toda sua nudez
sera não menos que minha.

luz da manhã

Sua luz é responsável
pela cegueira das peçonhas,
sua luz destina a paz
no meu ego.

Como iluminas
igual fogo, sem queimar?
como me deixaste
te querer sobre

flores perfumadas,
roubadas e nuas
de nós?
Foste a rosa

que cativei em meu peito.
Como diz a história:
Te tornas eternamente responsável
                                                        -por aquilo que cativas.
Roubarei então

seu seio e na sua alma
minha'lma se recontaras
e descansara
ouvindo a cachoeira

chamada paz
que trazes junto com
o tilintar de nosso
júbilo.

azarado.

Meu corpo é um refugio
mas meu peso
mas meus ossos e meu vigor
é uma viga antiga, meu corpo.

sem qualquer proteção
meus ombros fraquejam
e o tempo contorna
minhas forças.

Presente de Deus

Veio dos céus
mas não é uma estrela
é da terra, de onde vê
tudo que é belo,

contempla a árvore
o cacho e o som do rio,
e de tanto contemplar
tudo esta a amar,

mesmo na dor
da decepção,
mesmo no âmbito
de ser não,

você transborda paixão.
Queria ter-te em
meus braços,
para junto a ti

contar as folhas dá
árvore, nas rosas
se arranhar e na terra
te amar.

Dia 4

Leia-me, beba-me,
procure-me, encontre-se.
Não a agonia maior
não a virtude mais forte

que amar a imensidão
do mar,
não me espere grande,
não me espere em sonho.

Realize seu desejo,
não se pergunte de onde
te vejo, me veja,
me tome, sonhe.

Dia 3

De sua parte
terei eterna paixão,
gratidão por tanta beleza,

de minha parte
tens a sinceridade
de uma paixão de verão

em versos simples.
mas divididos
nossos corpos ficarão.

Não a culpo
pela falta de apreço
mas não mereço

tamanha tristeza
te guardando em sonhos
do acaso da paixão de verão.

Dia 2

Procura-me nos céus
te espero de peito aberto,
e de tão aberto cabe
toda paixão

que provocaste na distância
de seus olhos.
Nosso encontro reserva a noite
mais clara

iluminada não apenas
pelas estrelas
mas pelo brilho
de seu olhar.

Dia 1

cada bloco, andar
cada vida, o peso sobre o piso
te busco entre nossas janelas
te vejo longe, linda.

Se eu pudesse simplesmente
pular até você,
se minhas asas encontrassem
as suas.

Ou no descuido do dia
notares eu, aqui, aqui
esperando seu olhar
encontrar o meu

e não distância de nossos
corpos, de nossas vidas,
nossa alma se cruzar.
Tens apenas que me encontrar.