quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Noite

A noite é silencio,
o uivo da besta, o perigo
do peito aberto.
Silenciosa noite

em ti me calo.
Clara será a manhã, mas
a treva é negra e
dela me escondo.

Veja bem
a penumbra me deixa louco,
joga-me dentro d'alma,
lama, tristeza e morte.

Pois noite é o silencio,
jazido na cama, quieta,
escura, fechada, a noite
é infindável, manhã?

Por que te calas?
Manhã surges, com
o iluminar de seus bosques
o tilintar de seus sinos.

Manhã és choro de bebê
nascimento das águas,
Manhã é clara, clara água
banha-me.

Nenhum comentário:

Postar um comentário