quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

hoje eu não queria ser
nada,
nem ninguém,
queria respirar
sobre a cama de larvas
que me espera,
hoje queria decidir
o meu amanhã
sem depender do seu,
hoje fiz
meu amanhã
não ser seu
e tudo doeu
a mão, o braço,
a vida.
me custou tudo isso,
agora
que pouco caso faras
de mim
a ti,
pra mim
és outro tanto
de caso
A tanto tempo,
o tempo passou e eu não vim,
saudades
mas não falta de vontade.

apenas as coisas
não devem ser ditas agora,
estou engolindo tudo
aos poucos,

como engulo meus dias.
Estou apenas fugindo,
fugindo de todos os significados
estou apenas fugindo


entende?

sei lá

Me perdi
nesses meus esquemas,
por quanto
fujo daqui

eu até corro,
descoloro
as palavras
que escrevi.

Sou tão
tímido
e até julgado
por elas,

essas frases,
estupidas,
palavras
malucas.

Corro com
elas em mão
corro como
um cão

e as mordo,
mastigo
mas não engulo,
de tudo

ainda há
a vaidade
da história,
que vive

e me derrota
trazendo-a
até aqui
babada, mordida

amassada
e desamada
odiada,
à amo!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

mundo cruel, tem folhas de papel amaçada no chão !

Nada é mais excitante que dor
De amor
Nem gozar
Nem amar ou ser amado

A dor é a melhor parte
Nos faz surtar
Correr pelado
Enlouquecer

Cause dor e terá assim
Meu coração
Perderas meu respeito
Então será apenas paixão

Mas intenso e nítido
Será o espelho
Que olharemos
Curvo e podre

O mundo em que viveremos
Escolha então
Meu amor e sua dor
Ou meu respeito junto ao leito

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Amor amor, meu amor

Que amor que nada
Tirava os dedos
Congelados
De minhas mãos
Para a ti saciar

Tirava os olhos
Cegos de amor
Para a ti escapar
E fugir,
Dos momentos bobos

Que me fizeste ter.
Terás que me por
Para dormir e para comer,
Mimaras-me
Como mimou o meu coração

E farás de meus sonhos
A realidade,
Eis assim, amaldiçoada
A amar-me
Como a ti amo, tanto, que tanto!

sábado, 12 de novembro de 2011

Invado seu blog enquanto você tomou por seu, meu coração


Roube-me das minhas mãos
Enquanto acho que sei a direção
Para entrar e sair do seu coração.

Estou com saudades meu amor.


Heluisa Castagnino

samba, meu samba

As entrelinhas dizem
Aonde você vai
Ir
Ouvir uma musica
Ou sorrir,

Elas dizem o fim 
Do longo abraço de adeus,
O olá
De um dia sem fim,
Sem fim.

Vou poder então
Tornar a chegar,
Feliz cantar
E pular, sonhar sobre
A chuva

E as lagrimas
Que me entristecem
Vão sumir
Junto ao sol,
Ao arco-íris

Que irei trilhar,
Não esqueças
A ti
Pertencerei,
Meu samba,

Meu  oxalá.
Serafim dance comigo
Deixe o sol nascer
E a chuva descer,
Descer

Pra o arco-íris nascer

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Desalento do Amor

Um vazio
Tão pequenino tão bonitinho,
A dor vem de mansinho pra mim
E os sorrisos
Escondem as lagrimas
Que meu coração
Exala e exala de paixão.

Quero que sejas agora
Minha saudade
O meu pensamento eterno.
Minha alegria desalenta
Corta-me
Esfarrapa toda
Essa minha vida

Que me tiraste,
Deixaste-me a saudade
E o sorriso do lembrar
Que tudo um dia passa,
Passará o meu amor,
Não passou minha dor
Mas a sorrir estou

Escondendo tudo isso
De ti e de mim
Para seguir .
Não gritarei
Não mostrarei a ti o fim
Apenas sangrarei.
O sangue seca!

Lagrimas se vão!
O amor e a saudade
Que um dia ira faltar,
Agora que tenho
Posso guardar
Pra sempre te amar
E sempre te precisar?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

pouco caso de si!

Querido diário
Esses homens que você expõe
Essas vidas que conheço
Sujam-lhe

São tão imundos quanto a tinta
De minha caneta
O beijo
Do súcubo.

Os segredos e os gostos
Fazem cachorros espumar
E fugir,
Lobos rugir

E todos os animais a se extinguir,
Não tento salvar-lhe,
Não vou limpar você
Mas vou sujá-lo mais

Pois essa fera
Irracional que esconde os desejos,
O único animal falso
No mundo

Que engana mais a si
Que ao mundo ao seu redor
Esta me matando
Com as verdades.

Que animal vaidoso
Achar que pode controlar
E amar sem enlouquecer
Que pode sentir sem doer

Até os cães choram, amigo
Até os elefantes esquecem,
Mas ele que trama
E se suja de lama

Nos seus desejos,
Nos seus gostos.
Amaldiçôo-te a viver como eu
Odiando a vida

Podando e queimando
O destino.
Que suas paginas fiquem
Amareladas

Com escárnio do que escrevo,
E sua desventura
Seja ser lida
Ao publico;
Não irão se embaraçar,
Já vão estar
Embriagados com
Suas verdades,

Suas morais sujas.
Saibas que até tu
É sujo, meu querido diário,
Vieste das arvores

Verdes e belas,
Você foi motivo
De um assassínio.     
Você é tão sujo,

Quanto eu
Homem,
Homens que
Lerão.


domingo, 6 de novembro de 2011

roubamo-nos

Quanto tempo não me aparece
Indiozinho,
Com suas ideologias e
Sua natureza,

Sua certeza no verde?
Na sua natureza
Já passou seu tempo, meu caro
Já trabalhaste

Foste escravo e agora
É como nós
Cheio de ganância,
Todo sem graça,

Antes você tinha poesia
Tinha amor,
Amor que se esvai
Junto com a calada da noite.

Agora o seu pajé
É o mesmo que o nosso,
Bebem do mesmo vinho
Do mesmo sangue.

Onde estão
Suas riquezas?
Já as roubamos, todas elas
E sua cultura

Que tanto lutam pra viver
Que bela era
Que bela cultura
D’ela foi-se a nossa

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

sozinho aqui.

não sei por onde começar
minhas palavras
estão matando
quem as lê

são fracas e sem ponto
sem sentido
como eu
vazio

me desculpem
por escrever mal
ou por pisar na bola.

sábado, 29 de outubro de 2011

convêm e desconvêm

                Sai do banho, a tarde tinha sido insana e ruim, um sábado totalmente sem graça, sem sexo. Eu ainda estava molhado e sentia o meu cabelo duro ou algo assim – condicionador acabou – e molhado, não gosto de secar o cabelo então botei uma toalha em cima de minha cabeça e resolvi jogar, perdi dois jogos, o segundo por culpa minha, eu ando distraído com a chuva e as flores morrendo aqui do lado. Comprei um vinho, fui de cabelo molhado e sem cueca, estava com preguiça e queria tomar um vinho. Eu o comprei e o guardei. Vi alguns filmes, falei com algumas pessoas até que meu telefone tocou, fiquei excitado, eu queria transar com alguém então me masturbei. Botei musica e deitei; li um pouco de Bukowski, ele parecia deprimido, velho bêbado, estava sempre deprimido com seu nariz enorme e seus problemas com álcool.
                Fiquei excitado novamente e ainda estava sozinho então tirei o pau pra fora e me masturbei de novo, gozei na bermuda e limpei minha mão na cama, olhei o incenso, ele tinha acabado e eu estava bebendo vinho. Perdi a ordem de acontecimentos, mas foi nessa base, enchi mais um copo de vinho e olhei ao redor. Vou ao doctor, até logo.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

parentes, esses parentes

Quero berrar,
Quero o vácuo me ouvindo,
Quero você tremendo
Com medo.

Eu quero isso,
Quero você longe,
Quero te mandar pra longe
Com minhas mãos

Úmidas do seu sangue,
Do meu sangue.
Não ligo,
Você é tão podre

E as náuseas que tenho
Com sua voz e sua risada;
Sua opinião é uma desgraça.
Morra!

Mas morra por minhas mãos
E grite implorando,
Veja se me importo,
Se te quero vivo.

Agora nem ligo
Essas tais morais
Essas leis que nos impedem,
Pouco me faz desistir.

Aqui você não passa de uma história
Nos meus contos,
Não passa de uma assombração.
Aqui morre a cada dia

E a cada dia lhe corto
De forma diferente,
Com uma lamina diferente,
UMA DOR DIFERENTE

E assim você vai morrendo aos poucos,
E o seu sangue apodrece,
Este sangue não é como o meu.
O seu apodrece

Como sua vida
Manchada e feia,
Eu gosto da minha vida
Sem nexo

Gosto das palavras que me tiram
A verdade de viver,
Ao seu redor
No seu enterro

Lagrimas de papel
Serão impressas,
Elas serão doces e felizes
Serão de alivio

E meu contentamento
Mesmo descontente
Será infinito.
E as estrelas se perguntaram

Porque estão em um numero
Tão pequeno.
Pareço um assassino
Mas já estou destruído.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Mosquitos, malditos mosquitos, não valem nem correção

Não escolho mais as horas
De dormir e trabalhar
Nem de lembrar

Que vivo.
Os mosquitos ditam
Até a luz de meu quarto;

Antes fechado e fedorento,
Escuro.
Agora se atribuiu a luz

Vivo da  luz
Que me tira o sono
E me tira o dia

Faz-me viver
Na penumbra acessa
Estes mosquitos;

Putos de vida e morte
Tiram o dia e os prazeres
Retenho-os aqui na noite

E alguém esta a dormir
Bem sem eles
Este alguém
Que seu dia
Seja infernal
Como a noite clara

Que escurece meu sol
E empalidece meu rosto
Sem suor e sem rigor.

Lembro-me das tardes
Jogando e caminhando
Fazia frio, mas as sentia

Agora sinto picadas
Facadas e gozos
Sem risos sem barulhos

Apenas sussurros do meu corpo
Expurgando vidas
Sujando papeis

De tinta e de corpo
Sujando lenços
De porra e lagrima

Pra noite passar
O dia chegar
E talvez eu sestear

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Minhas Norns, minha's Maria's

Estou brabo
E irritado, doente
Do meu humor
Faço Satã fugir

Por entre seu próprio
Pecado
Temer e tremer
Pedir a mim misericórdia

Uso as palavras
Como facas
Para cortar a todos
E ver-lhe o sangue jorrando

Dessas entranhas
Fanáticas.
Eu estou suportado
Essa Vita

Que me suja;
E do pico eu furo
Parte a parte
Minha tragédia,

Dela monto historias
Sem emoção
E o coração
Apenas picos dolorosos

Traçado por “Norns”,
Invejosas essas três
Tais donas de meu destino
Essas três donas de ”ma vie

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Heluisa Castagnino

Algumas vezes
Odeio-te por inteira.
Assim de passagem,
Como roubei do mundo

Sua perfeição?
Quantas rosas eu roubei,
Com espinhos me cortei
Para a ti impressionar,

E quando sinto
Seu cheiro em minha cama,
Que desilusão ser apenas cheiro
E ainda ser teu

Quando tudo que queria
É que fosse apenas
Meu
Tudo isso que é teu.

E como me queixar a ti
Todas essas maravilhas
Que trouxeste,
Como lhe rogar:

“pare de apaixonar-me,
 pare de roubar  minhas noites
 e de surgir em meus sonhos
a assombrar-me com beijos e afogos”

Não quero nada alem desse
Dia que tive,
Desse sonho que terei,
E das noites que teremos.

Mas para que fizeste isso
A meu coração,
Roubaste assim
E o escondeste de mim?

Eis seu agora.
E sempre que cresce essa saudade
 Essa aflição e gosto pela dor
Tento te encontrar até no meu ar.

não preciso de ti, meu dia

Três anos
Onze dias
Estava tão quente
Que meu suor

Hidratava seu chão
Os mosteiros,
Índios e aquele campo
Imenso que parecia pequeno

A sua sombra
Cobria sol, nuvens e
A mim
Que era todo seu

Não sabia que plantaria
Meus tomates
Botaria pimenta
Em minha boca

Mas era meu aquele olhar
Era meu aquele desejo
De te tocar
De lhe amar;

Pouco lembrava
Que já amava.
Não me tocava
Que te amava.

Escurecia e sua sombra ia,
Ficava então você
Acenando toda boba.
Não era uma sombra.

Nem miragem
Era minha quimera
Ali acenando
Chamando meu desejo

O teve, o conheceu
O odiou tanto
Agora não acreditas
Nem neste amor

Nem neste desejo
Passaste tudo
Passaste a sombra
A noite

O amor já não se vê
Não se sente
Mas ainda existe
Essa droga de data
Datas nunca deixam de existir
O passado irônico
Sempre a sorrir
E lembrar que o dia vai surgir 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

IRRITADO, filhos da puta

“Quanto mais eu leio mais os odeio, Quanto mais escrevo mais me odeio”
                Sabe, odeio a dor em vocês, odeio a verdade que vocês acreditam e não gosto do cheiro de vocês, eu não gosto de como vocês tentam ser superiores uns aos outros
                Não gosto de como tentam ser importantes e como acham que um dia poderão ser e muito menos de pensar que quando mais fodido e mais sujo melhor escreve, você não se torna melhor por estar no lixo, nem por tentar, entenda isso, você é mais um merda no meio desse mundo que é uma merda e se você escrever a única coisa que vai mudar vai ser você e isso não é nada. Vocês lêem Bukowski ou lêem sobre algum escritor bêbado, ou Dostoievsky (agora não lembro se escrevi certo) e acham que são inteligentes ou que entendem o mundo.
                Que grande perda de tempo escrever isso e ficou um lixo, mas quero que entendam que vocês não são interessantes, não são nem legais e que eu perco meu tempo os lendo e ainda penso “sou tão ruim quanto vocês?”.
                Odeio-me por ser parecido, por escrever e tentar demonstrar o que sinto,na verdade eu sou diferente, não gosto de musica descolada e nem de conversas inteligentes ou assuntos importantes, na verdade eu não gosto de nada apenas aprecio o que me é dado, diferente que vocês que choram e reclamam e magoam-se.

domingo, 9 de outubro de 2011

Arranquei-a daqui e agora ela esta a morrer, logo ali

A rosa murcha
Você não vem
Como esta quente
Saio na rua e mal respiro
Esse cheiro de cidade
Esse fedor de cidade
Impregna tudo em mim
Mal saio do banho
E me sujo de vocês
Todos
Podres com esse cheiro
De uma cidade que os pertence
Sinto-me tão sem graça
Até me sinto com roupas
E conversando
Podia chover
Podia chover agora
E me deixar molhado
Eu precisaria tirar a roupa
Eu tiro a roupa
Tiro o cheiro
E tiro vocês

Rosa, minha rosa

Uma rosa não cura
Coração partido
Um desenho de rosa
Cura apenas
Um mal não resolvido
Sorria pra mim
Então minha linda
Tens o coração partido
E choras agora
Ou tens um falso amor
E sorri para mim?  

sábado, 8 de outubro de 2011

escombros

Quanto escombro
Em uma mesma vida
Essa minha vida
Esta toda quebrada       
Quero arrumá-la
Mas coisas quebradas
São mais interessantes
Elas tem até concerto 

que beleza essa que se enche de tristeza

Onde esta
Minha mãe de cristo.
Todas elas uma hora
Doam sua Venus.

Onde esta
As suas mãos
Que são como
Macieiras na primavera,

Ou no outono?
Permita-me te dizer,
Apaixonei-me
Pela sua tristeza suave

Por suas longas transinhas
E seu sorriso
Que és tão grande
E vivo a roubar.

Agora onde esta
Só vejo
Demasiado preto
E quieto.

Sempre soube
Naquelas longas
Quimeras que tive
Longe de ti,

Não serias igual
Ao mais doce
Não traria consigo
O vermelho da rosa.

Traz agora
O escuro
Que suga cada parte
Do que tens.

Não tire isso
Agora que assim
Abala-me,
Que continuo

A amar-te
E nunca deixaria de lhe
Admirar.
Meu lírio, você

Exala tal perfume
Que me incita
Como o rubro
Estimula o publico.

Poucos sabem
O touro vê apenas
O branco e o preto,
Como a vida.

Mas garanto a ti
Que de cego temos mais
Até mesmo do que
A cobra-cega.

Desculpe-me se fujo
De criticar minha
Fascinação por ti,
Mas deslumbro-me de medo.

Não me julgues,
Nem julgues a ti
És perfeita pra mim,
E o esboço de ti

É o mundo e as estrelas
A beleza das águas,
A suavidade da chuva
No agosto.

Então perdoe
Minha audácia
Seja minha e bela para sempre,
Mas seja minha Venus

Meu desejo e carne,
Necessito de tudo e
A tudo em você,
Inclusive suas verdades.

Peço-te seu mundo
Seus segredos,
Perca esta razão
Junto a mim.

Se afunde
No mais denso oceano
De perdições e impulsos,
Iluda-me com seu amor

E não me deixe nunca
Desacreditar
Mate-me antes disso
Mate-me e morrerei a te amar

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

linda ó linda


Olho ao redor
Esta em torno de trinta e sete graus
Muitas pessoas
Todas parecem nos julgar


Somos felizes
E bobos a pular
Ao redor do chafariz
Ao redor de um monumento estúpido


Ora Uruguai, ora Brasil
Eu estou lá e você esta cá
Perdido em outro mundo
Talvez o seu mundo, o mundo que eu queria


O sol faz gotas pingarem
Do meu rosto
De seu seio
Do nosso beijo


Desejei-me
Dentro de ti
E naquele banheiro
Sujo e podre


Estávamos lá
Olhando-se sem parar
Aquela intimidade
Seu corpo esculpido


Pelos meus olhos
Desejei sentir seu corpo
Ora, será que eu o sinto?
Será que me dispo


Para ti
Dando todo meu amor
Sentindo
O cheiro do seu suor


Minha mão deslizando
Por seu corpo
Agora
Por agora


Isso não basta
Quero berrar
Berre e faça-os
Ouvir


Quero que ouçam
Nossa paixão
A raiva
O sangue circulando


Fazendo seu peito
Bombear, surrar
E o meu sangue
Ser apenas


Que sangue
Nem o vejo
Nem o sinto
Me trouxe a exaustidão


Me trouxe a esperança
E agora
Dei-me vida
Novamente

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

somos de fases
nós que tentamos escrever
certos dias somos os melhores
e como neste aqui e em outros
estou sendo um dos piores
tanto faz
viverei de tanto faz
só assim
pra chegar
nos dias em que talvez seja
o melhor
e esses tanto faz que me seguem
serão então
a razão
a minha razão

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

abuse

tem flores desenhadas no meu braço
vento batendo na janela
insegurança batendo junto do medo
o amor, a dor e os sentimentos
alojados em mim
vão explodir
coração, peito, olhos
tudo que é seu
será agora de ninguém
nem minha pele
sera ainda minha
terás apenas meu amor
ainda ele e para sempre ele
e se tal te satisfaz
porque esta a me calejar ?
não falo de romance
falo d'eu e deu
por que és difícil amar-me
como amo a ti
dor
que felicidade é essa
de ser tão infeliz
tenho de flores, amores até
doces
e que tanto desejo é esse
de não ser nada
alem do nada
que se da pra ser
se pudesse então
esvaziava a mim
esgotava as lagrimas vermelhas
que passam entre minhas veias 
e talvez então
completo ficarei
serei do mundo
e o mundo quem sabe
sera meu
e essa chuva
levara cada parte de mim
a algum lugar
sobre a terra
entre o mar e no seu gosto
na sua água
não ireis embora
sereis eterno teu
eterno nosso
quem sabe até
feliz 

amor às pessoas

Ouriços do mar
Todos eles
Ensopados
De barro salgado

Fora de seu lugar
Esses ouriços
Morrem
Assim como

Eucaliptos
Que me sugam
O ar
Que voltem a sua terra

E junto convosco
Levem essa podridão
Que me cerca
E os sufoquem

Sendo dessa terra
Ou não
Pouco importa a mim
Junto com eles

Esta você eucalipto,
Você ouriço do mar
Que de nada servem
A não ser ocupar espaço

E sugar
Suguem então
Meu veneno
Até saciar-vos 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O tempo faz
Desfaz
Sei lá diabos
O que se faz

Com ele
Uso para limpar
Minha bunda
Enquanto olho

Minha merda
Descendo
Pelo tempo
Que perco

Perdendo o tempo
Com a merda
Que desce
Economizo

Neurônio
Para em algum tempo
Escrever algo
Alem do tempo

Mas se fores
Tarde
Então escreverei
Sobre ele novamente

Queixando-me
Sobre tê-lo
Perdido olhando
A merda descendo

domingo, 2 de outubro de 2011

Isso !

Cheguei em casa
Não queria ter saído
Descobri isso
Ou algo assim

Descobri muito
Fiquei inebriado
Não quero isso
Quero fim

Sorri pra não chorar
Mordi-me a boca
Até sangrar
Queria viver

Isso morreu
Rangi os dentes
E entre eles
Estava meu sangue

Apertei, tentei berrar
Perdi a voz
Queria gritar
Onde achar tudo

Que perdi
Em uma noite
Da qual tanto
Quero voltar

Aquele brilho
Dissipou-se todo?
Foi me tirado
O sonho e o sonhador

Nem jeito
Nem ajeito
Isso sim que
Perdeu o jeito

incompleto

Estava lá
Dentro de um ônibus
Meu banco era
Abaixo da roda
E fedia a merda

Tudo aquilo fedia
Minha volta pra casa
Minha noite
Talvez minha vida
Só queria uma chance

Um incidente
Que não acabasse
Não aconteceu
E ainda estou
Esperando-o

Talvez quem fedesse
Era eu mesmo
Talvez lá
Estivesse muito fechado
Para sentir qualquer

Não foi apenas no ônibus
Ou no primeiro
Devo ter sido
O dono do cheiro
Isso lembra

‘o cheiro do ralo’
Vinha da merda
E a merda vinha do cara
Aquele lugar

Aqueles baseados
O fedor de maconha
E de pessoas bêbadas
Felizes conversando
O meu fedor

Destacava-se entre
Todos eles
Pois os julgava
E os criticava
Mas eu estava

Naquele lugar
Olhando e pensando
E querendo estar
Queria.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

essência

-então, você tem namorada?
-sim tenho e você?
-também tenho, ele é incrível
-ele te ama?
-sim, sim
Suas pupilas dilataram
Ela estava ali
Ou lá com seu namorado
Até que
-e você, ama sua namorada?
-não importa, eu a faço feliz
-mas a ama ? isso é o que importa pra mim
-importa pra todas
-todas ?
-eu amo o amor, compreende ?
-então você ama ela por que ama o amor ?
-não, amo ela me amar, o amor dela é grande e eu amo o amor dela
-isso é ridículo
-isso faz com que funcione. Você ama seu namorado?
-amo sim. O que é amar o amor? Qual a diferença?
-quando amamos alguém queremos ela, não o amor
-então não quer ela?
-quero o amor dela, o que ela faz por mim
-você da amor pra ela ?
-claro, eu faço o amor dela crescer, ele me alimenta então preciso alimenta-lo
-isso não é amar ?
-qual o seu telefone ?
-por quê? Não mude o assunto.
-porque quero te fazer entender.
-eu tenho namorado e diferente de ti ele me ama.
-você vai preferir a mim.
-nunca, mas por que diz isso?
Dei de ombros, sorri e lhe disse
-você até esqueceu do assunto anterior e antes que o retorne, te falarei
O necessário
As mentiras que contarei
Serão sorrisos que lhe darei
E de ti nunca enjoarei
Mas vai me amar
Pois nunca vou te amar
Vou amar apenas
O que me da
Assim, satisfeita ficará
Pois nunca conseguirá de mim
A verdade e o amor
Mas também nunca lhe trarei infelicidade e dor
-me leve para sua casa agora
-mudei suas ideias?
-não quero mais que meu namorado me ame
-deixe-me amar seu amor?
-ame a mim por inteira, por favor.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Preso
Enjaulado entre ratos
A multidão espalhafatosa
Todos eles riem e falam
E crescem
Tarde demais

 Cansei
Desses aromas
E dessas rosas
Que precipitam a morrer
Morrer de tédio
Por falta de sol

Como faz então
Para suportar a dor
De sua perda
Das pétalas caídas
Entre folhas
E rosas

Que não atraem
Tanto assim
Fuste posto de lado
E você
Sem água
Sendo apenas

Amada pelo sol
Que eis quente
E te engrandece
Mas de forma
Que aos meus olhos
Ardor ele dá

domingo, 25 de setembro de 2011

Costumava escrever bem quando estava mal mas hoje é exceção

Onde esta minhas palavras
Esta noite
O que vai concertar
Esse desconcerto

Porque fizeste de mim
Algo bom por segundos
E me perdeste
Com uma frase ?

Sois do mundo
Mas do seu mundo
Criando magoas
Lagoas fundas

E nem sei
Aonde chegarei
Nem lamentei a ti
A saudade então

Se nunca vi
Posso assim sentir
Ou me despojar
A ti inteiro

Inteira pra mim
Desculpe se fujo
Sempre que precisas
De mim

Mas disso
Necessito
Egoísmo esse
Que anda comigo

Me desculpe querida
Queria ai estar
Contigo
Beijando e sorrindo

Não fujas de mim
Não quero de ti
Nada
Apalpe meu peito

Esquente-o
 Não fuja assim
Não precise
Tenha eu

Não encontre
Dentro de mim
Faça-se criar
Aproxime-se

sábado, 24 de setembro de 2011

Faça-me (tentei arruma-lo)

Me faça rolar,
se sujar
entre suas pernas
tão brancas.

Despe-me
por completo,
a alma e o corpo:
Deixe-me tocar

seu cabelo,
não tão macio
quanto sua pele
nada escura.

Deixe me andar
por seus sonhos,
e aquela marca,
sua marca,

em sua perna,
em sua alma
deixas-te eu vê-la,
beijá-la.

Sussurarei
aqueles segredos
que apenas
entrelaçados os contam.

Tocarei-lhe
eternamente,
cada gemido,
berro,

tão exagerado,
cheio de miados,
ronronas,
em nosso cama.

AQUI TEM ALGUM SENTIMENTO ?

Como faço
Para por te aqui
Nestes rabiscos,
Minha paixão ?

Reclamam de sua distancia
Perante mim.
Que falta de amor
Não te por.

Onde esta
Nossa angustia
E nossa raiva,
Minha ira

Por ti
Que és minha,
Só minha paixão.
Entendam então

Eis só minha
Faísca  de algo,
Foge-me as palavras
O ventre, o tumulo

Desta tal
Minha paixão.
Arqueje então
Minha simplicidade

Porque destas criticas
Estou farto.
Que miséria é essa
De flores e amores

Em tudo que escrevemos.
Podes então
Seu escroto
Escreveres

Sobre suas dores
Sem usar amores
Ou não consegue?
ONDE ESTA SUA IRA

Com minha critica
Sobre esse seu amor
Que vive se exibindo.
Se não é secreto

Não é apenas seu
E sim de todos
Então xingue
Esparrame
Seus sentimentos.
Tolos
De quem os lê
E assim os sente

Nosso segredo. Mula !

Quanta virilidade
Que quadril gigante garota
Estou pensando em te flertar
Durante o dia e a noite

Mas que testosterona
Senhor sexo
Chega de fugas
Estou pensando em te chupar

Que manhã bela
Com o sol na cara
O frio nas calças
A sede na garganta

Meus joelhos doem
Continuo caminhando
Tentando me saciar
Com olhares

Com inveja
Venha até mim água
Venha
Pernas, seios

Paus e bucetas
Eu os quero para mim
Não ligo
Se queres apenas

Terço ou quarto de mim
Ligues então
Para minha sede
E sacie a ti

Com esse poema
Vil e escroto
Expressando o seu desejo
Pelas minhas verdades

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Tragédia humana

A quanto tempo o seu gosto
Não palpita nos meus lábios
Ó whiske
Que me acompanhava

As noites afora
Os dias ao banheiro
Enrugava minhas mãos
Ao meu vomito

E como era limpo
Naquela época
E como era ingênuo
Esses pensamentos vomitados

Por entre vasos
E talvez cadernos
Então me poupe agora
De privar meus desejos

Quando eu era não vil
E não desabotoava camisas
Sentia o gosto
Amargo da mentira

E agora tão podre
Onde esta minhas doses
De fuga e perdição
Se podes abutre

Me coma vivo
Faça me cheirar bem
Compare-me com
Com a pior carne que comeste

Então me julgue
Pelo gosto
Amargo que guardei
Dentro de mim

E não comas meu âmago
Iras morrer
Ou viveras como eu
Queres ser assim

Como seu alimento
Morto pelas doenças
Que não havia brio
Então abutre
Queres ser eu ?

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ao fim, enfim brotas

Aproxime-se de mim
Amigo
Que usa roupas pretas
Por que as usa tanto ?
Tiram-te a frieza
E o deixam morno?

Pode chegar
Ao tanto que anoitece
Vejo seus passos
Entre as sombras
As dores.

Para que esta foice
Queres equilibrar o brejo
O deixar bonito
E com brilho ?
Ela parece afiada

Faço-te tantas perguntas
Na hora que vem
Junto a eu comer
De minha comida
Gozar de minha vida

Repares então que
Ofende-me
Com sua roupa preta
E esta foice
Que não necessita

Já lhe digo
Antemão
Que desisti das rosas
Agora
Tulipas negras

Uso de enfeite
E os segredos delas
Junto ao meu tumulo
Irão
Nunca então, saberás

Tumulo

Onde encontro o suor
Com aquele gosto salgado
E aquela dor, aquela expressão
Que prende minha mão
Entre suas pernas

Lhe palpita, lhe dobra
Roubando gemidos
Retirando seus desejos
De dentro dos seus olhos
Pelos seus gemidos

Cálidos e quentes
Se dobrando, segurando meu braço
PARE!
Abusas de mim agora
Segurando-se entre meus braços

Impedindo-me de tocar-lhe
Tocar suas pernas macias
Tocar seu corpo nu e quente
E no seu seio
Que sinto sua angustia

Não trema assim
Seja exagerada, arranque-me
A pele, a roupa e a vergonha
Faça-me berrar
Enquanto puxo sua cintura

Enrosco minhas pernas
Entre as suas
Sufoco-te por inteira
Descubro seu sexo
E o seu gosto

E por entre você
Procuro as respostas
De nosso amor
Dentro de ti eu busco
Sua perfeição, suas linhas

Mas volte por favor
Respire do meu lado
Deixe-me sentir
Esses segredos
Que esconde junto as pernas.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

nada a falar

Olhamos um pro outro
Silêncio ecoa entre nós
Existe distância e silêncio
Estamos quietos

Mas sabemos
O que sentimos
O que sinto

Esta a se esvair
A sua mão delicada
Soa
A minha escolha

Foi feita
Me perdeu pros detalhes
Me roendo
Corrompendo minhas crenças

Agora não sou
Virtuoso
Ou belo
Nem escrevo

Para o fim
Não vir para nós
Pois se aqui
Se esgotar as letras

É porque já
Não se haverá mais olhar
Pois quando vão me ajudar
A terminar

Quando estarei inspirado
Para o fim ? 

domingo, 11 de setembro de 2011

Sammu me ajudo a corrigi *-*


if you can touch my skin
and smile
what can we do
to get a happy day?

just feel the wind
on your hair
Try to see the clouds
reflecting

green eyes
and bad choices
Because the sun
can see you

and he shows
your pain
to lure
my desire

i can just accetp
your green eyes
showing
your beauty

i don't need that
i just need your pain
alone
nothing more

nothing beauty
and clean

não sei seu titulo


Olho para cima
Bebo um gole
A musica esta alta
E as pessoas fingem
Que se divertem

Apenas você
Quieta, pensativa
No meio de todos
Aqueles
Nem os noto

Só vejo você
Divergindo se de mim
De meu olhar
Até ceder
E me odiar pelos segundos

Que a musica tocava
Que as pessoas olhavam
E que eu entrava em sua alma
Agora me falta
Rimas e palavras

Pensamentos que me completem
Porque ainda estou
Te encarando
Parado enquanto pulam
Ao nosso meio

Você some
Onde esta agora
Meu amor ?
Meus sonhos se esvairiam
Não sinto seu cheiro

E a musica toca
E as pessoas bebem
Enquanto sinto
Por não estar comigo
Me abraçando

Me matando
Saia de meus sonhos
E venha agora, esta noite
Comigo
Pois sinto

Sua falta
E assim você
Quebra toda minha
Rima

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

poderia os ratos ?

Escrevendo pra ratos
imenso e imenso o conteúdo
posso falar de queijo
e de predadores

Descreveria como burlam
as armadilhas dos homens
e ainda conseguem
seu queijo, seu salame

Peste negra,
as doenças de ratos
quantos medos que enfrentam
uns tais homens

por roedores
pequenos roedores
que tem tantos predadores
e tão pouco queijo

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O mulato puxa a corrente
Pesada e arranhada
Pela poeira e pelo chão
O mulato busca o ouro
O ouro dos ricos
Da liberdade
E da prisão
Ele pouco sabe
Que se achar o ouro
Não ganhara gratidão
Procure mulato
Para sua corrente se soltar
Se quebrar
E então poderás
Morrer sozinho
Sem ninho sem inho.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

vamos, se fosse vocês, sugeririam... :)

Hoje, sou mais velho
E leio menos
Também falo menos coisas bonitas
E não sei mais calcular
Hoje eu não fumo
Eu mal bebo
Mal vivo

E mal caminho
Jogo medianamente
Canto ou desencanto
Amanhã quem sabe
Crescerei e viverei
Ontem eu cresci e vivi
Podemos repetir
O que nos foi dado uma vez ?

Quero um futuro com briho
Um vinho seco
E uma boa menina
Uma boa filha
E um ninho
Ao luar de um poste qualquer
Com uma idéia qualquer

Eu paro de beber
Eu  começo a fumar e ler

sem criatividade ou com excesso dela

Quando penso no que desejei hoje, nos pensamentos que as pessoas tiveram, no que elas escolheram e suas frases feitas, desculpas e razões e idiotices. To cansado dessa merda.  Não consigo escrever, vociferar e gritar meu desejo. Estou preso, inócuo.
                Prove um bife mal passado, temperado e muito suculento, veja ele, sinta a maciez e o calor da carne na boca de vocês, mas comam apenas um pedaço e deixem o resto lá, fique encarando o ‘resto’ com sua vontade. Você vai pegar nojo dessa carne, vai pegar nojo da mesa ou o que faz parte dele; se sentira sujo por ter encostado nele e tudo isso por não poder se saciar, se completar. Vão te achar egoísta, errado e te julgar como julgaram Judas. Mas Isso não muda o que você sente ou como sente nem muda sua decisão, você esta faminto e o que pode fazer se precisa comer, precisa acabar com sua angustia, precisa ver o sangue escorrer pelo seu prato enquanto seus olhos brilham e cegam com um prazer fulminante de satisfação.
                Comam seus bifes, comam todos que conseguirem.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

você sabe que é pra você amor =) (ou deveria saber*-) )


Bela como a uma flor
exala, exala mel e amor
De feridas estou farto
então adormeça em meu colo
solte seu perfume
Que as plumas caiam
e meu coração
bata e adormeça

que quantas vezes subo
ao solo aos céus
por ti e por minha irá
de perder seu gosto
de não sentir seu cheiro
então não me machuque
seus venenos já estão
pra  sempre comigo

não deixe roubarem
sua doçura / essa amargura
porque no amor não há
sobriedade  ou sentido
existe  loucura
minhas rosas seu perfume
meu fim seu auge