domingo, 6 de novembro de 2011

roubamo-nos

Quanto tempo não me aparece
Indiozinho,
Com suas ideologias e
Sua natureza,

Sua certeza no verde?
Na sua natureza
Já passou seu tempo, meu caro
Já trabalhaste

Foste escravo e agora
É como nós
Cheio de ganância,
Todo sem graça,

Antes você tinha poesia
Tinha amor,
Amor que se esvai
Junto com a calada da noite.

Agora o seu pajé
É o mesmo que o nosso,
Bebem do mesmo vinho
Do mesmo sangue.

Onde estão
Suas riquezas?
Já as roubamos, todas elas
E sua cultura

Que tanto lutam pra viver
Que bela era
Que bela cultura
D’ela foi-se a nossa

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