terça-feira, 8 de novembro de 2011

pouco caso de si!

Querido diário
Esses homens que você expõe
Essas vidas que conheço
Sujam-lhe

São tão imundos quanto a tinta
De minha caneta
O beijo
Do súcubo.

Os segredos e os gostos
Fazem cachorros espumar
E fugir,
Lobos rugir

E todos os animais a se extinguir,
Não tento salvar-lhe,
Não vou limpar você
Mas vou sujá-lo mais

Pois essa fera
Irracional que esconde os desejos,
O único animal falso
No mundo

Que engana mais a si
Que ao mundo ao seu redor
Esta me matando
Com as verdades.

Que animal vaidoso
Achar que pode controlar
E amar sem enlouquecer
Que pode sentir sem doer

Até os cães choram, amigo
Até os elefantes esquecem,
Mas ele que trama
E se suja de lama

Nos seus desejos,
Nos seus gostos.
Amaldiçôo-te a viver como eu
Odiando a vida

Podando e queimando
O destino.
Que suas paginas fiquem
Amareladas

Com escárnio do que escrevo,
E sua desventura
Seja ser lida
Ao publico;
Não irão se embaraçar,
Já vão estar
Embriagados com
Suas verdades,

Suas morais sujas.
Saibas que até tu
É sujo, meu querido diário,
Vieste das arvores

Verdes e belas,
Você foi motivo
De um assassínio.     
Você é tão sujo,

Quanto eu
Homem,
Homens que
Lerão.


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