sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Ela

Puxa meus cabelos
arranca a minha blusa
arranha minha nuca,
beija, beija

minha boca
quente de te amar.
Segure em minha coxa
tire minha sinta

e com ela me amarre,
faça de tudo, use,
abuse e não canse.
Não se satisfaça

me torture com seu corpo
com suas curvas,
seu gosto,
rosto e seu suor

no meu pescoço,
braço, peito.
Arranque
minha pele,

meu gosto e meu cheiro.
E depois de me usar,
me deixa ali amarrado
pra morrer de fome,

sede e frio,
me deixa ali com seu cheiro
e seu gosto em minha boca,
mas me deixa ali.

e não leva
nem uma parte, nem uma lembrança,
não leva meu amor,
nem meu beijo;

por favor
é tudo que tenho, tudo que
quero
tudo que dou.



sem descrição!


a gente estava
cada um de um lado da rua,
o sinal vermelho.
nos olhavamos
e ela sorria timida,
com olhos esbugalhados
bem de Emília mesmo:
sorriso grande e lindo
com bochechas rosadas.
bochechas muito rosadas!
a manta dela voava junto com
seus cachos escuros.
o vento batia em meu corpo
e nem sabia porque tremia,
mas minhas mãos suavam
e o sinal ficava vermelho.
Via ela vindo até mim
eu quis que parasse ali.
Todas as rosas, flores,
jasmins se passaram
em minha mente.
O chocolate que comia, com
pimenta
queimava minha boca,
ardia meu corpo
e você caminhava
até mim;


permita-me dizer
estou louco por você
mais do que posso,
mais do que você crê
e mesmo me dizendo,
mesmo não me querendo
e me ignorando,
sendo cega.
Mesmo me usando,
és o que brotou
aqui dentro
nesse verão.
Que rosa linda
nascerá,
que sonho lindo criará.
e quantas lagrimas
por ti cairá.

Carros, buzinas, sinal fechado, ruas separadas, você e eu e a eternidade.

Eu olho na janela
carros passam, pessoas passam.
Nada de novo na cidade.
Hoje eu vi o sorriso mais lindo,

essa cidade novamente
me mostrou beleza.
Nunca vou tocar
pra essa não estragar.

A paisagem linda
dos carros passando
o sinal vermelho,
você sorrindo.

Não sei ao certo
onde chegar, me dou
por satisfeito com
esse olhar,

me deu por completo,
nem vejo muito
alem dessa cena
e duvido que outra vá

existir.
Mas prometo
e mesmo sabendo que
nunca mudara nada,

seu olhar vou guardar
no fundo do meu peito,
seu olhar vou carregar
e pra todos tentar mostrar

porque não é justo
guardar tanta beleza,
tanta, mas tanta,
Apenas para você mesma.

Que sorte, eu os tenho.

tenho bons amigos
com grandes quantidades de álcool.
Tenho bons amigos
de ternos e roupas caras

de chinelo de dedo,
pé descalço
e sem cuecas.
Tenho amigos cegos

cornos e bixas, e todos eles
tiram minha vida
da mesmice,
todos eles dividem comigo

cada dor, cada pena
que arranco das galinhas.
Me ensinam, me seguram pra vomitar
e riem de mim até cansar.

De todos os dias que tive
em nenhum deixei de pensar
que com vocês vou levar
a vida, as dores.

As pregas que vou detonar
e as histórias que vou contar.
Com vocês divido 
meus sonhos,

minhas paranoias
e o amor por gritar a palavra
'TETÕES'.
Vocês que sempre passam

vergonha comigo,
que me vêem sendo rude,
sentindo pena
e gritando.

Que me vêem amando o tempo todo
e a cada passo que dou
botam o pé
pra mim tropeçar.

Que botam drogas
em minha bebida, que contam 
histórias de corridas
nus.

São a maior vitória
que já tive,
e os levo comigo;
que sorte então

poder levar vocês
até na contramão da vida,
poder contar a vocês,
contar pra vocês.

Fazer para contar,
amar para gritar
e tudo que puder
compartilhar.

Manta Azul

Não sei ao certo
se confundia o branco de seus olhos
com as nuvens que escondiam o sol,

nem porque queria tanto
segurar em sua mão.
Ou nem caminhar

e te olhar indo, bela com
os cabelos cacheados
ao vento, bagunçados.

A cada passo perdia um pouco
a sua beleza, a cada metro
ficava mais longe.

E quando mais balançava a manta
mais tentava te cuidar
e cada detalhe seu roubar.


e por isso não sei ao certo
se quis te beijar ou fugir
se iria te prender, levar pra mim.

Mas por fim
foi indo, escapulindo
entre as mãos, sem mãos

sem beijos, sem abraços,
só um sorriso,
que ainda esta em meu rosto.

Receita para poemas.

Se fazem despejando
tudo
ali no papel,

vai seus sentimentos
abandonados no escuro,
sem atenção.

Os esqueça ali,
troque-os de ti.
Após troca-los

vá até a gaveta
e os leia, os corrija.
Sim, minta, molde

beleza usando
sua tristeza.
Faça um poema.

Escrevi muitos poemas na viagem, haha mas um em especial com ótimas lembranças de um amor.

Para ti ex sogra louca, que pariu a mais linda e louca menina.


Eu e ela
víamos algum
filme
junto com sua mãe.

Eu e ela
estávamos deitados
de conchinha,
enquanto a mãe dela

sentava em uma cadeira.
Eu roçava meu pau
entre suas pernas,
coxas e bunda.

Sentia ela prensar seu corpo
contra,
gostar, se arrepiar,
até que:

Colocou sua calcinha de lado
e já elevou o quadril
pra eu socar
dentro dela.

Ela estava molhada e
apertada.
Eu meti uma, duas
Três vezes.

Gozei, gozei
como se fosse uma
represa rompendo,
molhei sua buceta,

sua calcinha, meu pau.
-Gozou rápido demais.
Ela me disse depois, bravíssima.
Pois é, estava certa novamente.

Mas foi a melhor gozada,
aliviadora
e desastrosa.
Uma gozada e tanto.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Alguém ai!

cada dia
melhora um pouco
a falta que me faz
nosso amor.

quando digo nosso,
digo seu também
porque é de todos
mas de ninguém.

Pois busco apenas
amor, puro
sem lamúrias,
sem doenças.

Quero um amor
que ainda não achei
um amor
que o mundo

goste,
que todos
amem,
sintam.

que tremam ao ver
tanta paixão,
tanta união.
Quero o nosso amor.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Segui

A areia ta cheia
de siri;
aqui tem areia
pra todos os siris.

A areia aqui,
é de onde vem o siri
que eu comi
olhando pra ti,

enquanto via na areia
aquele siri
que a gente seguiu
até aqui.

Gostoso

eu quero beijar,
chupar,
lamber,
seu corpo todo,

eu quero ousar,
suar,
sentir você derramar
em minhas mãos

todo seu leite,
vou te derreter no sol,
te esquentar,
te segurar.

Kibom eu vou usar você
o verão inteiro,
vai ser o sorvete
do qual vou viver.

Rosa

que leva no nome,
vermelha e com espinhos,
vermelha e com muitos
espinhos

que cortam.
Mas o vermelho seduz,
e engana
e apaixona.

As rosas
merecem ser cuidadas
mas sempre temos
nossa favorita.

Logo ela
que fere,
que machuca fundo
e se suja de meu sangue.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Agradeço

Ao senhor;
por pedir tão pouco
e me dar tanto

e me contar histórias
para que eu possa dormir.
Agradeço

nesse natal alegre,
que mesmo triste
para todos,

à mim
deu presentes.
Sonhos e esperanças,

mesmo não sendo os que
quero
são os que levo

todas as noites.
São as razões de minha
insônia.

Das minhas fugas,
da minha solidão.
Ou sera a solidão

que me brinda de
sonhos, esperanças
e amor?

Natal

A rede balança de lá
pra cá
onde quer que eu vá
sempre volto
pro mesmo lugar.

O copo em minha mão
as luzes no teto
meu coração batendo forte
e todos felizes
todos rindo e bebendo

se matando em acidentes
e eu tonto
com as luzes no teto
com as escolhas erradas
e um sorriso na cara.

(eu corrijo outra hora)

Pode

Preciso parar de escrever, nostalgia de merda, lembranças de merda e dor horrível, por que me tirou todas as possibilidades?

Meus sonhos

Cada sonho,
cada parte;
e os suspiros então
te perseguem.

desculpe aquela ligação
semanas atrás,
era tudo verdade,
mas desculpe

por não saber viver
sem você.
Me desculpe
por me perder

nas mentiras que contei
e agora
mal viver
com o amor que me deu.

Lembro

A cada noite,
A cada tarde
lembro
de Trufas

e de dormir.
Lembro do vazio
do meu quarto,
das paredes vermelhas

que já se foram,
mas sua marca
ainda esta em minha estomago.
Agora estou

mais longe que já estive
e algumas coisas terão
que me acompanhar.
Podia você me acompanhar

mas a outro
teve que amar,
a outro teve que contar
e chorar.

Sinto, dele nunca terá
nada alem do vazio
que desconheceu comigo.
Sinto, terá que se acostumar

diferente de mim
que ainda me iludo com pesar,
que ainda me canso
de te amar.

Hoje lembrei

Do tempo que passei
ao seu lado;
sempre lembrarei.

As vezes espero te encontrar
ou ainda te ter
aqui.

Mas os bons momentos
não foram o bastante,
o nosso amor

falhou.
Não devia eu
ter te amado,

não devia eu esperar
as mil maravilhas,
o menor pecado

pois agora odeio-te
como nunca odiei a ninguém.
Por isso me ama?

Porque nunca acreditou
em nós?
Fez bem, melhor que eu.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Pra você

Que tem ciúme quando lê
cada poema,
cada sonho;
os amores que vivi.

Sei que vai voltar
e quer encontrar aqui
algo especial,
onde eu conte os segredos

que guardei de ti.
Pois é, hoje encontrara apenas
palavras para nós,
não vou te mentir

outros que escrevi
pra ti não foram,
mas tão sincero quanto esse
nenhum sera.

Me desculpe se te magoei
mas juro que gostei.
De fato, amei.
Nada posso fazer

a não ser te beijar
por todas as noites
que viver ao seu lado,
a não ser te guardar

em todos sonhos
que couber
em meus minutos
na noite,

te imaginar
quando o sol raiar
e todas as nuvens
fugirem de nosso caminho.

Nada posso fazer
alem de te amar
e apenas isso ofereço-te
e isso terá que bastar.


Chata

Você é chata:
foge, corre,
nega.

Mas me quer,
me beija
e me abraça

com todo ódio
que tens de mim.
Nem assim assume

serás minha,
não a onde ir,
nem como negar;

sua solução seria
largar tudo, me beijar,
tocar meu rosto

com suas mãos,
tocar meu peito
com seu peito

dividir um beijo
que não vá acabar;
o nosso beijo.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Repescagem.

que fique para outro dia, mas aqui sera o lembrete
fazer uma sátira para a guria do absinto, musa da minha vida, que deu sabor para minha noite

e fazer uma sátira sobre o fim do mundo, que infelizmente pra mim,
foi falso.




quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Que tanto rancor

por uma guria
que é passado

esqueça ela
venha ficar do meu lado

venha, te do
mais que dei

a eu mesmo,
marco

desmarco
cada passo nosso.

Gente

desculpa estou sem tempo pra postar e pra corrigir os poemas
mas logo terei mais tempo:D

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Isabela

Aqui fica uma deixa
pra um futuro poema,

uma brisa
da beleza de seu nome.

um fio
de seu cabelo loiro, longo

e roubado.
aqui fica um pedaço

do meu coração e minhas
intenções, lindas intenções

aqui jaz nosso amor
aqui, ali, Isabela

aqui você estará.

Procurei na noite

As respostas.
Andava cego por elas
esqueci

que serei sempre cego
por todas.
Agora me lembrei

que sou um burro
e bobo
morro de amores

até por lobos,
até por vespas.
Cobras no meu pátio,

cobras em todo lugar
e eu continuo cego
como elas.

Continuo amando,
e errando, e procurando
as perguntas.

Me lembrei
que não quero saber nada,
lembrei que vou levar,

vou levar até aguentar,
perguntar,
sorrir e falar.

To até o topo

O queixo,
o cabelo,
to até os cotovelos
cheio

de amor pra dar.
Venha estranha,
me conte mais
seus sonhos,

quero te ouvir
até cansar,
quero te abraçar.
Adormecer

em seus braços.
Sou novo
e tenho um coração
de criança,

tenho medo de altura,
mas vou em roda gigante,
vem, vem
que eu ainda sou criança.

Conte seus problemas,
divida comigo
todas as histórias,
tombos e rasgos.

Vem que sou novo,
mal caminho,
nem sei nadar.
Aliás me ensine

a nadar,
beijar e amar;
me ensine a fazer amor,
ensine a amar.

Irmão

'eu to pedindo a tua mão
me leve pra qualquer lado,
só um pouquinho de proteção
ao maior abandonado'


hahaha
sim, sim
eu te trago pra cá, junto comigo.


domingo, 16 de dezembro de 2012

Quanto mais sai

Mais vê
menos crê
menos ama
menos te amo.

Quando mais conhece
mais beija
mais transa
menos transo.


Se quer tanto
busca
e pega, adota pra ti
sem mim.

E fique só
aonde quer que vá
vai ter todos
mas lá não estarei.

Maré

O mar é lindo,
frio,

e imenso.
As ondas?

não existem onde estou.
Como vou

então
me afundar?

naufragar pelo mundo
só?

irei.
Irá comigo,

vou te levar
alem dos lugares.

Não costumo

guardar rancor,
ter tanto orgulho
não é meu costume,
mas dessa vez
espero ter pra sempre;
o egoismo, o orgulho...
Quero que me sigam
em relação a você...

sábado, 15 de dezembro de 2012

Tarde

Estou no sofá
olhando-a por alguns minutos
fixos.
ela reclama da louça,

da sujeira da casa.
Estou vendo-a lavar,
ela esta de costas
e vejo sua bunda empinada

aparecendo por trás
da tanga branca
Estava calor, meu pau
crescia

e ela reclamava,
eu não a ouvia,
não queria ouvi-la,
queria seu corpo.

Me levantei e fui em direção a ela
e em direção a louça.
Ignorei tudo, as palavras
a água e o sabão.

Arranquei aquela tanga
virei-a e a botei em cima da pia
conseguia vir sua blusa molhada
respingada

com  seu suor, com água.
Beijei aquela boca
aquele peito, bicudo,
enquanto passava a mão por sua coxa.


(continua)

Poste

Parado
de dia desligado,
de noite
carregado de luzes.

Raios que penetram
nos olhos,
que iluminam a passada


do cigano.
Junto com seu cigarro,
o lampião
e os postes,

vai iluminando o
caminho,
vai achar a volta
pra você.

Eu acredito nele
no retrógrado
e no velho
eu acredito em lampiões

nas histórias de
Monteiro
nos sorrisos travessos
da boneca de pano..

Saudade tátátá

Se cair o mundo,
acabar
dia tal,
eu vivo igual;

de dor,
com o peso inteiro
nas minhas costas.
Eu vivo,

pois de saudade
que vou morrer
e não do que toca,
atinge

e machuca,
eu morro então;
de falta
de você,

falta de nós.
Mas de fim de mundo
de pedras e mar,
disso, sou imortal.


Gula

Eu como tudo,
todo,
tola
vem aqui.

Eu como sem
desgosto,
eu sujo os dedos
na sua carne,

me lambuzo
do chocolate,
lambuzo seus seios
beijo sua

lingua,
pescoço.
Sinto gosto,
cheiro.

Enjôo
da sua lingua
do seu corpo
do nosso amor.

Vou embora
e passo fome,
procuro tu,
você.

Agora
já tem outro gosto,
parece hortelã,
maçã!

Não posso te-la,
saciar-me;
és a fruta de outro
outro esfomeado.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Sombra

De baixo da sombra
não queima
de baixo da coberta
não faz frio

só calor,
calor só
sem pernas,
sem soluços

que solução então
me destes
tempo?
tempo para morrer


sem conhecer
entender ou viver
você quer também?

tempo.
parei, não brinco mais
de baixo da sombra
cai as folhas

de baixo da coberta
o suor.
o meu suor e apenas
meu.

Sonhei de novo.

o que é certo
quando tudo é incerto
sonho
amor

paixão
é tudo dor
se não a como
recompor

vamos viver assim
atropelando os
verbos
as paixões

pois se vivo de sonhos
vivo de ti
e de ti cansei
de viver.


(não vou botar virgula e etc agora to com pressa. )

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

De sobra

Estou imóvel
procurando as coisas
que me mostrou

já não existem mais
e agora
o que sobrou?

Sobrou o que podemos tocar
certo?
sobrou fotos

cartas, anéis.
Sobrou as rosas,
as estrelas.

Destino

Me cumprimenta
com sua verdade
do nordestino
cansado, que trabalha.

Me contribua
com seus trabalhos,
sua seca,
sua sede.

Tire de mim
as paixões tolas ao homem,
o sonho de felicidade;
pois o mundo existe.

E esse mundo,
esse Brasil, tem prioridade
o pobre e o trabalhador,
a fome e a dor,

não meu amor.
Meu amor é um,
Você meu povo
é todo, você é nós.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Ciúme

Orgulho
tiraste de mim o amor,
tiraste de mim ela.

Agora o ciúme
me corrói,
agora o amor

se destrói
e eu procuro-te
nos montes

que atravessam a rua,
nas ondas que batem
em meu corpo.

Te construo nas nuvens
e te roubo
nas noites de sono.

Rage

Homens tem o prazer
de roubar de outros homens
o amor.
Infantil, te drago,

te levo ao inferno
se não calar-se.
Vá jogar seu jogo,
se masturbar

e ser feliz,
fique longe de minha mulher
que pra ela
não terás

pica nem dente.
Te arranco ambos
e lhe faço engolir
junto com esse amor que sente.

Roupa nova

Pra lavar
secar e deixar no sol,
pra passar,

não amarrotar.
Você tem que entender
roupa nova se guarda

pra usar
quando estou com você,
mas só com você.

Então posso suja-lá,
gasta-lá e rasgar toda ela
mesmo esperando que você

que a rasgue.
Também posso tira-la
e deixar o mar à levar.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

eu queria

não ter um blog
escrever em anônimo
e berrar, desabafar mesmo
falar tudo de uma vez.
queria mesmo, queria muito.

não consigo nem pensar, nem escrever
queria mesmo ser mais ninguém que já sou.

ponto e vírgula.

deixado de lado
mal acompanhado
sem trago
e esta tudo complicado.

quero assim
simplicidade
nem virgula nem fim
nem rima
nem forma

nem certeza
e nem razão
quero sim uma tequila

descendo pela garganta

tentando fluir meu sangue
e meu corpo mover toda tristeza

Prosa da verdade

Que mentira
do príncipe e da rosa
que nada, não existe
'eternamente'

Fui cativado, cativei
inúmeras vezes
a mesma rosa,
que nem chora,

nem sorri.
poucas palavras descrevem
a surpresa
da descoberta.

Quando mais novo
fui mentido pra tardiamente
deixar de sonhar.
Sonhar, acordar, que seja.

Não consigo pensar em nada bom,
forjar um sorriso
nem acreditar, mal digito,
mal transporto o medo.

Ana Maria

Faz minha comida,
traz minha cerveja.
ME AMEE.
Ana faz amor comigo,

bagunça essa cama,
Maria cai na pia
descansa na minha cozinha,
e me faz uma boa comida

pra quando cochilar, contigo apagar.
e se eu morrer...
Se eu morrer me deixa viver
sozinho deitado, caído e apagado,

deixa eu capotar, resvalar e sonhar.
Mas depois me busca, me serve a mesa,
me bota na cama
e me de boa noite.

Carolina

Seus longos e
loiros,
seus cabelos
entre meus dedos.

sua nuca, nua
para mim tocar, beijar
arrancar.
Carolina

venha gozar
do mar, das ondas
da noite e do luar.
Vem se sujar

na areia não tão linda,
não tão macia,
quanto suas mãos.
E no mar

que é seco
se levar em conta seu beijo.
Carolina,
me leve daqui,

me leve na casa
de seus pais, transamos no quarto
de seu irmão, na sua cama
no chão.

Me leve e me esconde
de baixo de sua cama,
encima do roupeiro,
fico la quieto, escondido

do forasteiro.
E antes de dormir
te mimarei
e de todas as tristezas te tirarei.


Tudo que quero de ti
é um emprego,
pode ser de joalheiro
assim te darei ouro, diamante.

serei o bastante.

Cristiane e Gui

Aos pombos
que matam por prazer,
prazer que se troca
com beijos e safadeza.

sem sexo.
Prazer trocado.
Prazer passado,
rebolado.

Prazer mentiroso
que ilude
e sustenta os ônibus
levando amores,


almas aos lugares.
Iludindo, bebendo
fudendo as hordas de
amantes.

PRA TU QUE NÃO RESPONDE.

Escrevo pra desabafar
mas eu falo de amor,
algo que nem sinto,
sinto é dor,

raiva, perseguição.
Esse mundo cheio de
soberba
'deixando no prato

aquilo que não come'
É bem isso, foda-se
todos que tem
e não dividem,

todos que amam
e não dividem.
Foda-se também se você ama,
e não tem quem ama,

quer dizer que não merece
esse amor.
Cansei de falar de coisas lindas,
só tem dor aqui

cansei de mentir,
Odeio você, que agora é puta
odeio você que agora fica.
Que sua língua entorte.

Luiza

Te devo este poema a anos, Luíza.

Encontrarei tu
onde estiver
na festa que beber
na lagrima que cair

procurarei nos ventres
de sua mãe.
Nos dinossauros acharei
a profecia de nosso amor.

Lá descobrirei
que nunca vai haver amor
apenas dor.
Da dor que causarei

desculpo-me agora,
da dor que vou causar
seus filhos que deem conta
pois serão meus também.

Da vida que te peguei
não devolvo nem gozo
e nem dinheiro.
Da educação que falhei,

culpo-te por acreditar
que um dia eu conseguiria.
A magia
que estraguei,

essa é culpa é minha
por amar a uma cigana
de cá e de lá
sem lugar pra ficar.

NO IDEA

Escrevo
até cansar
ou o horário acabar.

Escrevo com intuito
de me livrar
do cabo e do rabo preso,

do meu penar.
Até se eu viver andando,
desmunhecado,

escrevo com a mente
versos pra me prendar.
Sério, vou casar.

Com alguma amante qualquer
a beira do mar
alguém que ame

e queira a mim educar.
De farra enfartei,
dois filhos fiz-te abortar,

e mesmo a te amar
com outra vou casar.
Vou roubar

casa, quarto, cama
cheiro, gosto
perfume e sexo.

Vou quebrar
o abajur, a tv, vou quebrar
até você

que não quis me amar.
Que não quis
amar.

Dos restos, de todos eles
você lá estará,
e mesmo sem me amar

lembrará do roubo
que não teve seu coração
da tunda que roubou sua atenção.

Workkkk

Do trabalho
ao dia de folga,
a única folga é quando trabalho.

você que não entende
nem ligo pois
amas pouco.

Eu amo, portanto a solidão,
a folga, o usual
corroê,

descalça a alma
e enche seu peito de
feridas.

Quando suo, ando,
escavo e laço
lá minha alma não é sua

lá tenho folga
da correnteza que me arrasta
até você.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Afago

De pouco caso já cansei,
de pouco a
pouco vou te agarrar,
te trazer pra cá.

e vou te lambuzar
de mel,
de chocolate e
amor de criança,

amor de crianças
que brincam e veem
o arco-iris se rindo.
Enrugar dedo a dedo

contigo embaixo
do chuveiro,
e vou te banhar,
e te fazer dormir,

mas não acordes,
não grites.
Sonhe até cansar
e conte-me

cada pedaço dos seus medos
desabafe
e vou lhes tirar
vou lhes arrancar

e de amor te completar
roubareis sua alma e seus sonhos
tornarei o seu bafo,
que tem gosto de

hortelã.
Sei porque sinto te beijando.
me lambuzando de ti
até perder juízo.

Iracema

O cinema
passa filme
a tarde inteira,
e eu procurando

dona Iracema,
mãe de cinco,
vó de oito,
cozinheira de panela,

do feijão e do pão
e do povo da favela.
E o cinema passando filme
do homem que canta

sem ver.
Mas esse homem não
conhece Iracema.
Que da comida ao povo,

que trabalha no cinema,
da ter de que comer.
eu a procuro
pra me ensinar viver

a ser feliz
e a dar a familia aquilo
de comer.
Se ver Iracema,

se ela estiver no cinema,
na panela ou na favela,
fale de mim pra ela.
FALE QUE QUERO

aprender dela
a receita de viver e sorrir,
e de barriga vazia
continuar a crer, acreditar.

Luana

Que a lua pouse
entre nossas pernas
entrelaçadas,
e que nas ondas

desse imenso mar,
Luana você me possua
e a cada onda,
a cada repuxo,

me puxe, me tires
daquele lugar,
e me afogues em beijo,
me afunde junto

nesse eterno e vermelho,
mar de amor.
feito do nosso corpo
das nossas caricias.

Luana me salve, me desafogue,
me toque nas areias,
me arranhe nelas, com seu corpo,
suas curvas e minhas curvas,

seu beijo e minha vida
sua vida e a lua,
Luana do mar,
Luana do mar que aprende da lua

Que aprende de Luana
como ondular, turvar,
gelar e amar,
como afogar.

Joana

Me tire da cama
Joana,
não me deixes dormir aqui
sozinho.

Me tires da cama,
arranque os lençóis,
abra a janela
e deixe o sol entrar.

Joana por favor
me de um beijo,
rasgue minhas roupas.


que a mesmice desiste
de nos separar.

E não deixe de ser quente
me queimar o corpo,
a alma fazer flamejar;

me tire  ar, me sufoque
em paredes fechadas,
me diga, me risca
belisca.

Me morde e arrisca,
vai que não tem a perder
nessa vida não sou senão de você
Joana, venha me ver, ter'-se


Laila

O sol me queimou o lombo
e meu coração parou
no primeiro ônibus,
aquele que já peguei.

Agora cheguei
no sol, no calor,
na solidão.
Nem tem santo redentor aqui.

Nem tv a cores pra mentir
que tudo melhora.
Agora cheguei
olhei o mar,

meu coração não bateu e
você longe demais
nem percebeu
que nem a água me esfriou.

e nem meu sangue circulou.
olhei fundo
procurei nas ilhas, nos peixes
achei sujeira, cheiros novos.

Nada de ti, nem olhos
nem beijo e nem abraço,
eu feito palhaço, nem adeus
e nem palmas ganhei.

Gente

Tem gente que faz
a gente crer,
tem gente que faz
a gente correr,
tem gente sem gente
procurando gente
pra tentar crescer,
e eu aqui
tentando ser gente
pra gente que tem
outra gente
pra cuidar.




sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das conseqüências." Pablo Neruda

De bar em bar
vou secando
lhe difamando
odiando,

garota você repugna
todos abraços,
todos beijos,
apegos, chamegos.

tudo perdeu:
do amor ladrão,
até a mentira sincera
não tens nada,

alem do drama,
do não, do drama de não ter
casa nem fagulha, nem beijo
só o olhar fraco e o lembrar

do que um dia
já prometemos
nos escritos das paredes amarelas
já ofuscadas com o vermelho.

vou secando cada bar
cada pedaço onde vou
te olhar.
cada miragem que eu cria.

e a culpa disvencilha de mim
já que foste tão vulgar,
errada. Como a cadela no cio
que corre aos prantos do cachorro.

Como a freira que enxuga
o molhado de sua roupa
intima.
Como a inveja de Loki.

Morreu em mim
a perfeição de um amor
a ilusão de uma certeza
vou me sem pedaços de ti.

Com a certeza da visão
clara como os raios,
ludibriando mentiras
que falaste em meu ouvido.

Surpresa!

Abusou
da regra três
você abusou (8)
cantou Tom.

Como consegue
causar tanto desdem
só passou um mês
engravidou mais de cem,

e agora largado
longe da sua cama,
perto da nova cama
cansei de espera.

De ti
esperei até os braços caírem
junto a cintura
e o sono me pregar de pé.

O sangue me cair aos pés
e a magreza
machucar com poemas dizendo:
de ti cansei.


Passagem

Eu ia sem vinda
de cá pra lá,
outrora problema
sonho agora.

de cada pouco caso
fiz rumo ao fracasso,
me divaga
a verdade. divã.

Sentado falando
sem escarnio,
perdi os trampos,
perdi em barrancos

andando descalço
cortei os pés,
esqueci de botar
o calçado.

Me deram calçado
avisaram
'nestas pedras se cortará'
hoje me cortei.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Tempo

"Quando o coração bate na nossa porta
e a gente não atende?
Quando as canções de amor
tocam uma vez?

Eu vou correr no tempo
estarei atrás da porta
e ouvirei nossa musica
serei sua resposta.

E eu vou canta-la
saberão que voltei
que voltei por ti
não vou fugir, não

Se precisar
busco-lhe
escondida."

se alguém quiser muda-lo arruma-lo, não irei.

conquiste

Entrando em meu e-mail pediu para mudar o numero, era o seu numero lá. me procuraram? ligaram pra mim?
Como se antes as cartas fossem nossas e agora são minhas, o peso antes era divido. Agora é meu.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Sem Fantasia - Chico Buarque.


Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perde-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu
Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus

Lala

achar rimas lindas
é o pior
quando se procura a tristeza
quanta beleza.

domingo, 2 de dezembro de 2012

pum

cada osso do meu cobro quebre
e meu pulmão retenha liquido
que as minhas mãos calejem
antes da velhice, antes do tédio.

que a embriaguez consuma
meus sentidos
e meus neurônios morram todos
afogados

em destilados
esperanças curtas e nos sonhos
que morrem primeiro
que o corpo.

EU NÃO VOU CORRIGIR AGORA, to com preguiça :P

sábado, 1 de dezembro de 2012

Sabes

Quero tanto a ti
que vou fugir,
não irei ficar
pra ti me roubar.

Podes mentir,
iludir, ou amar
quero a ti
alem do certo.

Ficou turvo,
borrado
o medo de doer
mais que dedo em quina.