Escrevo
até cansar
ou o horário acabar.
Escrevo com intuito
de me livrar
do cabo e do rabo preso,
do meu penar.
Até se eu viver andando,
desmunhecado,
escrevo com a mente
versos pra me prendar.
Sério, vou casar.
Com alguma amante qualquer
a beira do mar
alguém que ame
e queira a mim educar.
De farra enfartei,
dois filhos fiz-te abortar,
e mesmo a te amar
com outra vou casar.
Vou roubar
casa, quarto, cama
cheiro, gosto
perfume e sexo.
Vou quebrar
o abajur, a tv, vou quebrar
até você
que não quis me amar.
Que não quis
amar.
Dos restos, de todos eles
você lá estará,
e mesmo sem me amar
lembrará do roubo
que não teve seu coração
da tunda que roubou sua atenção.
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