terça-feira, 11 de dezembro de 2012

NO IDEA

Escrevo
até cansar
ou o horário acabar.

Escrevo com intuito
de me livrar
do cabo e do rabo preso,

do meu penar.
Até se eu viver andando,
desmunhecado,

escrevo com a mente
versos pra me prendar.
Sério, vou casar.

Com alguma amante qualquer
a beira do mar
alguém que ame

e queira a mim educar.
De farra enfartei,
dois filhos fiz-te abortar,

e mesmo a te amar
com outra vou casar.
Vou roubar

casa, quarto, cama
cheiro, gosto
perfume e sexo.

Vou quebrar
o abajur, a tv, vou quebrar
até você

que não quis me amar.
Que não quis
amar.

Dos restos, de todos eles
você lá estará,
e mesmo sem me amar

lembrará do roubo
que não teve seu coração
da tunda que roubou sua atenção.

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