sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das conseqüências." Pablo Neruda

De bar em bar
vou secando
lhe difamando
odiando,

garota você repugna
todos abraços,
todos beijos,
apegos, chamegos.

tudo perdeu:
do amor ladrão,
até a mentira sincera
não tens nada,

alem do drama,
do não, do drama de não ter
casa nem fagulha, nem beijo
só o olhar fraco e o lembrar

do que um dia
já prometemos
nos escritos das paredes amarelas
já ofuscadas com o vermelho.

vou secando cada bar
cada pedaço onde vou
te olhar.
cada miragem que eu cria.

e a culpa disvencilha de mim
já que foste tão vulgar,
errada. Como a cadela no cio
que corre aos prantos do cachorro.

Como a freira que enxuga
o molhado de sua roupa
intima.
Como a inveja de Loki.

Morreu em mim
a perfeição de um amor
a ilusão de uma certeza
vou me sem pedaços de ti.

Com a certeza da visão
clara como os raios,
ludibriando mentiras
que falaste em meu ouvido.

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