sábado, 23 de dezembro de 2017

rosa

Não vê como to bunito
vê?
todas lindas flores
estão já crescidas

mas flor não vê,
que desalento
da rosa folgada
por mim foi plantada

mas só quer saber
de sol e chuva,
de noite e dia
e muita folia.

a bananeira do vizinho
me deu de comer
e as hortelãs
deliciosos chás

mas minha rosa,
todos aqueles espinhos
machucaram quando quis
um botão;

Meu sangue ficou
pingando no chão,
e a rosa indo e vindo
com a força do vento.

te plantei e reguei
me apeguei e machuquei,
agora quero só rosas plástiscas
e algodões perfumados.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

desabafo desajustado

como se toda porra
escorrida do meu pau
fosse as palavras
presas
no fundo do meu peito,
que num irrompimento
forte de gozo,
expulsa-se você d'mim;

não sou tão poeta
como apaixonado.
logo se vê
que a lamentação
é um recurso ineficiente,
mas o sexo
é amor que transborda
as paredes do tempo.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

pra adubar.

voltei
aqui, hoje sozinho
me faz companhia 
frutas, verduras
um matagal ...
alguns animais acasalando
outros me picando.

Estou diferente que ontem
mas não muito...
apenas sentido
com todos rabiscos
e mentiras
que te disse.

Você nunca foi
mais que uma fuga,
uma tentativa brutal
de transformar
merda em em adubo,
faltou experiência.

A colonada me perdoa
por achar fácil,
amadurecer um coco
secar, cuidar.
de certo não sou culpado
essa merda não devia servir.