sexta-feira, 28 de setembro de 2012

1 1 20 ano mês dia!


quem ama sente
cada dedo
esmigalhado,
quando escreve uma carta

a fica letra tremida.
quem ama faz versos
da galaxia e do que não existe,
do que não sabe explicar.

quem ama erra
até cansar,
se corta roubando rosas,
tem verruga de contar estrelas.

quem ama chora
até abraçado no amante,
quem ama não tem escolha
é escolhido pela sorte.

quem ama crê e sonha,
arredonda o quadrado da janela
pra não machucar a donzela que
por ela entra.

quem ama se molha
na chuva e-
se resfria
por um beijo.

quem ama cansa
de tanto amar,
mas depois de cansar
volta correndo a ladrar

esse sou eu
que ama
quem ama ?
você, heluisa.

Oca do amante!


As paixões de filmes, livros
Estas são lindas, perfeitas,
Minhas prediletas.
Atacam meu coração,

Invadem meus sonhos,
Até quando cheiro as rosas,
Lembro desse amor.
O incontestável.

O problema é o meu amor:
Calejado e torto,
Sempre doendo
Queria ser este de quem escrevo;

Que leio e ouço.
Amar sem cortes,
Sem ranhuras;
Amar inteiro.

Queria eu ver nas rosas,
Na lua e na cantina contigo
Nosso amor,
Não o de cinema.

Esse ai, de cinema,
Traz sonhos roubados,
Beijo roubado,
Sexo com amor.

Nem em sonho mais
Nem em novela,
Só na cabeça oca
Do amante.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

vertigem, não corrigi.

até no bafejar do vidro
desenho
a nós.

até na lagrima borrada do palhaço
enxergo
seus choros.

e em qualquer sino
ouço teus berros;
cruéis.

no espelho
vejo
nossas faces

passadas, pesadas.
no banheiro escorre o
vapor e nele

crio desenhos
do seu seio, 
de sua boca na minha.

em cada pedaço do dia
em cada terço que rezo
eu peco.

na vertigem e nos sonhos
você triunfa
e a razão se perde

explica-me então
como pode desilusão
dar-me esperança?

aos longos dias
que se passaram
desejo enfermo e amnésia.

e que seus dias sejam suaves
como as folhas
guiadas dentre as arvores,

que o vento
lhe de o gozo que um dia
me dera.

falo de ambos
do gozo
de ambos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Conflito

Janela aberta,
sou todinho das estrelas
dos sonhos; 
a janela bate.

o vento esconde
cada estrela,
cada partícula de luz
some diante mim.

tento abri-la,
de todos tentos
nem lhe mexo 
falta força.

desembaraço a coberta
respiro dentro dela,
com medo
da janela fechada.

das estrelas distantes
sumirem.
tento dormir
mas sonhos

novos vou ter
e de novo
a janela
com todas as luzes

irão vir.
e logo se esvairão.
pois fico acordado
nas cobertas então.

domingo, 9 de setembro de 2012

Tier


Eu tinha tantas lagrimas, tinha tantos sonhos; eu tinha tantas vontades e agora não tenho nem um suspiro nem uma força.
Eu quero não acordar, quero infelicidade, quero não acordar. Sonhar eternamente com algo que não tenho mais.
Que perdi sozinho, com meu sadismo.

sábado, 8 de setembro de 2012

Prosa do contento.


Todos os sonhos são falhos.
Iguais.
O coringa da mente,
O desejo irrelevante e

Descontentamento da alma.
Sonhei, novamente morri,
Cai infinitamente
No precipício da paixão,

Morri, logo sonhei
Mas todo sonho falho
Muda
Você, o céu, sua casa

Esqueço
Pois os sonhos mentem
Transbordam o perfeito
E da morte não volto.

Culpo-me por sonhar,
Por minha podre alma,
Que ama
As dores que me deu. 

Lagrimas de uma flecha.


Hoje lembrei
Que sempre
Lembrarei
O que esqueci.

Lembrarei das pedras
E da sombra da arvore,
Lembrarei dos jesuítas.
Hoje eu lembro.

Lembro até dos índios.
Lembrarei do sorriso caído
Da dor no peito e do sonho
Que morreu.

Hoje eu me lembro
Do que devia esquecer.
O futuro que não veio
E do passado.

Lembro da maionese estragada
Das piadas sem graça
Lembro das estradas,
Dos sonhos de estradas;

De que viriam estrelas
A me acompanhar.
Do arco que não comprei
E a flecha que não atirei.

domingo, 2 de setembro de 2012

Café

Se ao menos gostasse
do grão negro
que me tira o sono,
os sentidos.

viveria melhor e
dormiria pior,
de fato.
mas da vida que preciso

estaria farto.
negro e amargo
define nossa liris
ou mentem isso.

tão pouco acredito
quanto duvido pois
a indiferença brotou cedo
mas não tardia a dormir,

porque deste grão
não sou chegado.
acabo sempre a pender
pra algum lado.

Decadence


É o passado que lembramos
Foda-se. Não lembro como escrevia
Não sei escrever
E não quero compartilhar,

Quero esquecer;
Das estrelas, da lua
do auge.
Mas hoje me resta

A solidão das palavras
Que me enganam,
Ao menos elas aceitam.
Não me aceito e

A tempos me julgo,
Não me sinto e
A tempos me visto
Por vestir.