sábado, 8 de setembro de 2012

Lagrimas de uma flecha.


Hoje lembrei
Que sempre
Lembrarei
O que esqueci.

Lembrarei das pedras
E da sombra da arvore,
Lembrarei dos jesuítas.
Hoje eu lembro.

Lembro até dos índios.
Lembrarei do sorriso caído
Da dor no peito e do sonho
Que morreu.

Hoje eu me lembro
Do que devia esquecer.
O futuro que não veio
E do passado.

Lembro da maionese estragada
Das piadas sem graça
Lembro das estradas,
Dos sonhos de estradas;

De que viriam estrelas
A me acompanhar.
Do arco que não comprei
E a flecha que não atirei.

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