quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Não sei dizer não
tão-pouco sei esperar o último cliente
o mais agradável ao meu coração!
Quando lhe tirarem da escuridão
leve-nos ao mais alto,
ao maior possível.

Não existe possibilidade de exito
sozinho, tão pouco existe
felicidade sem ninho.

Portanto deixem-todos
unirem-se, como em um suruba
europeu ou como uma escrota centopeia.

que exemplo desnecessário.

Tenho a doença dos últimos anos

Tenho essa doença impregnada,
já é bem conhecida, tal de pós moderna;
Me parece mais triste e vulnerável que
as demais;

Sofreguidão, sofreguidão
não seja linda e não seja rápida.
Me abocanhe inteira e por inteirinho
e em todo segundinho

serei só rimas fáceis de um bêbado;
o deslocado sem fim, que interminavelmente
bebe seu café ouvindo algum grande
concerto do Maller.

"a
m'oral
crítica
 a cultura
forma
social
ó"

Sim já tive seus treze anos e se passou da idade
conservando esse costume imaturo;
Com'tigo eu rio, de você mais ainda.
porque é patético se apegar


Se te trago e aturo inteira
é no seu seio que fraquejo
te despedaçando pra encontrar simplicidade.
Não à forma pra escrita

muito menos algum método garantido
que vá te deixar eternamente linda;
o tempo minha filha é mais voraz
que a cera da vela queimando d'entro tu.

tempo

No vão da porta
minha cadela pula incessante;
Tentando abrir,
tentando fugir

por entre vão's,
de fininho e mansinho.
Feito tempo
que me passou;

Isto que sou novo!
Como a uva nos confins
de novembro;
azeda e pequena.

Não se é mastigada sem
cara feia;
esse sou eu
nos confins de dezembro.

Azedo e novo,
sem jeito de mastigar
sem notar que a cadela foge
por entre o vão

e o tempo
cheio de ingratidão
Só amadurece a uva
do qual entorna meu vinho.

Juízo

Juízo não vem do ciso
não vem do tempo;
vem da cara torta
do tombo elástico.

Vem do grão não colhido,
da colheita mal plantada
e do filho mal amado,
Não vem de crença;

com reza só se arranca rabo
de di

O maldito sonho americano

Todo idiota metido a leitor
conhece esse termo praxe,
metido a escritor conhece melhor
ainda. Que simbologia ele retem?

Qual dinamismo pode acender
por entre as mentiras e verdades
dessas ideologias marcadas
pela ignorância?

Creio eu que a melhor explicação
do sonho americano é a rotina,
o massante dia-a-dia do capitalismo
americano, o desastre perfeito.

Um sonho vendido em plásticos
e tão bem vendido que eu o compro
e o defendo com unhas e dentes.
Seja um leitor, não um critico.


sem mulher, sem punheta, sem drogas e sem tempo de sono
e um sorriso no rosto estilo sonho americano

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Ego

Como a nuvem que se enche
e despeja água gelada (ou quente
Como o rio que se desprende do mar
ou a represa que rompe;

Irei te encharcar, banhar-te inteira
sem qualquer chance de não se afogar
dentro d'eu
Do meu quarto, minha cama.

De meu lençol, da sofreguidão.
Não irei te poupar nem do engasgar
não irei te salvar nem da morte
eminente de me amar.
Não se pode dormir
sem escrever
não se pode escrever
sem falar alto
o que sem tem pra
escrever
e falando alto
não escapa a acordar
assustar e excitar
o mundo inteiro
com o borbulhar
da água que botaste
pra esquentar.
Me tira o sono
esse meu corpo quente,
procurando nada menos
que outro corpo.

Me toma de febre
essa paixão s'em fim
ardente como o vulcão
que evacua

queimando a'todos.
Não vejo outra saída
senão auto-combustão
não vejo senão à solidão.

Como meio e fim
para essa maldição.
Auto-mutilação já não
satisfaz;

Por isso corras, fujas
se esconda onde puderes,
porque estou sem pudor
e sem pudor tomarei-lhe

a bondade, a inocência;
Lhe tomarei a liberdade
de ser amada fortemente
te queimando com os dedos

Te aproximando com a língua,
te tocando com o bafo e o suor
que te arrepiam e faz ranger
os dentes em meu corpo.

A. S. P.

Esta decidido
irei'lhe tomar por inteira
como nos primeiros homens
te levarei pelos cabelos

arrastarei teu corpo nu
pelo chão,
te sujarei e amarei
como se ama uma escrava;

Dependerei de teu seio
como um filho depende do leite
de sua mãe
e lhe tomarei cada gota

como bom filho que serei.
Espalharei pelo seu corpo - (sem exceção)
toda minha semente
para germinar em ti

nossa união.
Apedrejarei-te diariamente;
com um chicote te punirei
por te amares demais.

Me banharei em seu sangue
seja de onde quiseres e quando
bem entenderes
banhará-se do meu.

Porque agora esta decidido
te tomei por minha,
buscarei-te como minha
Será perpetuada minha.

Sonhei

Tive esse sonho onde encontrava você, que ainda desconheço.
Sito as qualidades se por acaso identificares-se, encontrou-me antes.
Bem prendada, loira teimosa de vida pronta, ama os pais e é estudante.
Do que? Desses problemas da vida mas não és medicina, acho.

Tem fome de se entregar perdida, adjunta com sua mãe uma querida
cozinheira de plantão, que gera imenso amor e satisfação ao convidado.
E que esteja perdida por'eu como quem se perde em tempestade de raio;
Indo pra cada canto um tanto procurando uma segurança 

Veria-se totalmente segura apenas no meio da peça onde jaz meu peito.
Que nele repouse todas as noites e não tenha vergonha de sua nudez,
Seja você grande ou pequena, que tenha o sorriso na expressão que se move
E o mais importante, sem qualquer delito de amor passado.

Sem qualquer flecha que machuque esse coração aportunado,
te quero pura, te quero fresca como a ostra à um amante gastronômico
(que soe vulgar, deve gostar de minha vulgaridade, da severidade das palavras)
E que alimente seu seio, sua boca e seu corpo inteiro.




Não sei por onde começar, mas irei te encontrar. 
Quem sabes já encontrei e não és nada que descrevi.
Afinal é tudo uma peça meramente ensaiada em alguma outra vida;
Mas que seja você a única e te dou a única pista que tive.

Eu corria sem fim em torno dessa piscina, mas me via perto do mar
Meu corpo não cansava ao seu lado e todos eram amantes de nosso amor.
Você mora(va) em algum lugar muito seguro e seu vizinho parece te amar.


Eu sei que muitas pessoas se encaixariam nessa descrição,
mas seja quem for você é a única a'quem a descrição encharcará os olhos, algum dia.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Desfalcado de títulos
uso o papel
pra limpar a bunda.

Cansado de fugir
quero apenas cair.
Livremente voar,

Tenho o lugar.
Tenho o meio.
Tenho o tempo.

Mas se eu voar
e você não me amar?
Se eu nunca pousar?

Nem em sonhos irei encontrar
e essa frase se repete
me impedindo de seguir.

Você é meu Juiz e a justiça
o vai e volta sem fim,
Me arranca os freios

Mas enjaula à alma;
D'eu.
Procuro imaginar o futuro
com o passado dentro dele.
Mudanças, tantas vidas
se passaram diante nós.

E sigo procurando
um encaixe entre os períodos,
procuro um fogo vindo
de dentro desse vinho.

Procuro uma jarra ou
água gelada.
Qualquer coisa que sacie
essa sede de você.

Essa cede de conhecer,
amar e odiar.
Ah queria tanto te mudar
te encurralar nos lençóis

prendidos na cerca,
te girar e girar deixando
espaço pro sol
por cima te encontrar.

Passar a noite espantando
os insetos que nos fazem
companhia
na brisa do mar.
Não á saída
quando nos encontrarmos,
não a esquina que te tire
de minha vista.

Não tem voo, altitude
perigosa pra nossa
distância, não tem
voz rouca o bastante

Que faça grave a nossa
musica. Nem bebedeira
que entorte nosso sexo.
Eu só vejo um tiquinho

do passado cutucando,
vide na cabeça dolorida
Não escapo a sina

de te procurar em cada esquina.
Certas manhãs
o despertar calmo
me acerta
com o passado,

se no sonho
monto a cavalo,
dele eu caio
se no sonho

beijo o sapo
nele tu é princesa.
Certas manhãs

acertam a ceta
é ensurdecedor o seu olhar não há alem do céu amarelado, nem horizonte ou entardecer semelhante ao que meus olhos reluzem ao te encontrar, -medusa Cachoeiras onde as águas onduladas se chocam nas rochas, não justificam o cair de seus cachos sobre seu corpo, envolto em bruma como a pedra lapidada por cronos Culpado seja Moros, que na sua eternidade amaldiçoou o heroi a encontrar tu, medusa. Nem mesmo Atlas fez leve o mal que Eros causou-me Decifra-me ou devoro-te Decifra-me ou devoro-me
Procurando cá pra lá procurando no reflexo no espesso entardecer, tremulo aos amantes. Os olhos esbugalhados com lagrimas correndo, lagrimas de sangue, lagrimas do flagrante. Não podes fugir, a verdade te encontrou. Se negar o que vê, se negar quem amas Olhos esbugalhados irão se esconder por entre os cachos E já não a nada Já não a como se ludibriar. O outono se foi, as folhas cairam todas elas secaram junto com as lagrimas de seus olhos, -Esbugalhados.
Meia lua, lua inteira meio solto Tudo ao meio meio amor, meia vida. Escondida na face dolorida da solidão. Você que é careca de amor, completa de dor Não fujas amor, não tires de ti o fruto que lhe causa dor. Dor amarga da mulher que é largada, dor amarga, amarga Joana crucificada pra sina da mulher amada.
Fosse tu a morte
eu à vida
Fosse tu a fome
eu a comida,
seria tanto quanto
o desespero mais
desesperador
te encontrar, te saciar.
Tenho desenhos em postes;
vícios malditos
de te procurar em benditos.
Tenho o ócio 
matando meus sonhos,
abalando toda a nossa estrada,
esburacada e sem rumo,
sem saída ou futuro.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

você pensa que
conhece a dor
quando a gilete vagarosamente
rasga sua pele,

quando suas coxas nuas
contam mentiras
sobe vermelho.
Você se olha no espelho

em prantos.
Se abraça na mãe,
xinga o pai e pede
perdão.

pensas que a corrente
é interminável,
sua casa será sua casa
sua casa será sua casa.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Gole

Caindo ladeira abaixo
o fundo tão escuro,
sou como piche
grudo na goela

do desenfreado,
o andarilho nu de si
procurando as respostas
tagarelando os fracassos

e entornando meu corpo,
sentindo o gosto
CUSPINDO ÁLCOOL
por entre as palavras.

Se procurando e me encontrando
sou sua pergunta e a resposta
sou o piche
o rosto detrás do banco.

as presas, meio sem rumo, meio sem o que

O machado tem meu
peso tirando o fio,
tem o impacto
do meu peso

em sua mão
Toda multidão orgulhosa,
gritos e tomates
voando e percorrendo

todos caminhos, todas fugas.
A multidão
ovaciona pelo tombo
inocente e não tem

morto mais ardente
que a cabeça no chão
pisada, mijada, tocada
e jogada.
doze, onze, dez ou mil

atrás de uma bola, Tocam
pra cima, fazem gol de letra
procuram as linhas,
as linhas se fazem com suor

alheio. Mas a tinta vem
d'eu.
Não tendo bordô mais
real que o meu sangue.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Nós procuramos uma razão para nossos erros, nossas vidas precisam de uma grande explicação mas muitas vezes elas enganam as melhores intenções da alma. massagear meu teclado nunca pareceu tão macio e gostoso, exercício esse para falta de inspiração. Eu que geralmente comparava inspiração com dor, sinto tanta dor que os sentidos fogem as palavras e o correto é o descaso da vida. Já finjo nem saber o significado dessa última frase;
 

Rouca, pouca gula.

O gado preso
é um velho amigo
onde se torna verdadeiro
companheiro mesmo no abate.

Anda, arrota e caga
na propriedade todo
o tempo, como o grande
velho amigo

que divide o apartamento,
Abraçam a tristeza sobre
a grama cansados
de saber a futura separação.

Sou bem como o gado
que engulo, seco
sem água e sem cozimento.
Bem como o animal

que prende o grito no abate,
onde o orgulho seco
arranha o peito.
Soou como um mujo

meu grito,
e já sei amigo
vou ser abatido.
Não tem graça ser alimentado

não tem graça ser amado
ser refeição assada no chão,
mas a grama é verde
e meu estomago? um colosso.
Os ombros estão caídos
E seu grito me causa
avalanche peito
-abaixo.
Ainda desço degrau a degrau

beijo o chão,
andando na contra mão.
Não tem carro ao encontro,
transito todo morto.

Mas eu desço os degraus,
de novo na parada
-errada;
A chuva esconde as lagrimas
o tempo ás feridas

cada esquina tem uma de você
de joelhos.
o tempo parece um velho sonho
som é narração

de qualquer história.
Meus dedos já resvalam pra
escrever nossa história
mas ainda pego aquele velho ônibus

Ainda sinto o cheiro de saudade
no meio de uma manhã fria,
meus dedos congelam procurando
os seus, tão longes;


domingo, 18 de outubro de 2015

ó O tempo

Não á saída
quando nos encontrarmos,
não a esquina que te tire
de minha vista.

Não tem voo, altitude
perigosa pra nossa
distância, não tem
voz rouca o bastante

Que faça grave a nossa
musica. Nem bebedeira
que entorte nosso sexo.
Eu só vejo um tiquinho

do passado cutucando,
vide na cabeça dolorida
Não escapo a sina
de te procurar em cada esquina.

Volta

Na ida e na volta
o calor é intenso
a chuva penetra na roupa
e no coro, eu peso.

o morro é íngreme
e a chuva cai fraca
em mil metros acima do mar.
O frio chacoalha

E minha roupa me cansa.
Cada passo é uma luta,
cada vício um mártir.
e as pétalas muchão

no topo, as rosas estão
todas machucadas
do frio que impregnou
meus dedos, mãos, peito.

que não saiu na escadaria,
não saiu na volta
onde as flores estavam lindas
e a chuva pairava fraca

sobre minha alma.
Incessante o riso do diabo
depois do pecado,
Incessante o riso do vigário.

Já passou calor e frio,
a nuca arrepia o espreitar do
sol entre as nuvens,
detentoras de minha escuridão.

Um mês

sem postar
sem entortar a cara.
A piá esta lotada de louça
no fogão tenho até ovo podre

A musica esta baixa
pra não acordar a senhoria do
aluguel, teimoso e atrasado.
O sol se afugenta da ilha

A água do mar esta fria e meu
papel higiênico acabou.
Não seria ruim se o chuveiro
não tivesse queimado.

Um mês amando
incondicionalmente a vida
me afugentando das palavras
das louças e das pias.

É também um mês sem ler
um romance daqui acola
É um mês sem vinho,
servindo o vizinho

com boas intenções.
É um mês da novela,
o grande "American Dream"
futicado em meu fígado.

sábado, 19 de setembro de 2015

Você

me espiona
esculpindo esse desejo
de arrancar
do corpo a pele

do suor
sarar a nado
numa areia densa
de danada.

Você que espiona
que me ama
me intriga,
você que me odeia

duvido não sonhar,
duvido parar de
por completo,
contemplar

todo meu ego.
Você que é vazia,
um rato
que volta pro buraco.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

cuma?

Luto pra te esquecer
luto pra te amar
e na eternindade te manter
minha.

Luto pra existir
entre nós
a eternidade
luto pelo

inexistente amor,
o que não existe,
o que passou.
Eu passei, você não.

Não te tenho
Não te esqueço
Não sei se a quero
ou sei a desprezo.


nos vejo

Sobe a relva
após anos de ausência,
vejo seu pé fino, macio
tocando meu pé
quente e trêmulo,
vejo seus lábios se perdendo
e sua língua não 
encontrando a minha.
Vejo e vejo mais, 
o desespero de nunca 
ter acontecido,
o medo d'eu ter sumido,
ódio de ter ganho
quando se de deve perder.
Sinto os insetos passando
pelas minhas cotas,
folhas caindo em nossos 
corpos, que flutuam
flutuam sobre a relva.
No pequeno sonho
que criei. você se importa;
Já não acordo 
ha tanto tempo, 
já não vejo o sol.
Não amo, caminho
sobre a terra tentando
encontrar alguma sobra
d'eu em você.
Tudo foi repelido

Só não me tire

Podes tirar o pão
que vivo sem comer,
tire-me também a
felicidade, que vivo
sem viver.

Tira o calor, a fertilidade
tira a dor, tira o lenço
que cobre
meu pescoço, tira

a terra em que piso
o frio que arrepia e o
beijo do estranho.
Pois só me resta

Pedaços de memória,
pedaços de você
de amor, não existe
razão, não.

Não a pobreza no mundo
nem fome que sintam,
não á igualdade
ou dor alem do meu amor.

E se respiro, se vivo,
não consigo morrer
de amar, não consigo morrer
na distância de seu olhar.

Meu egoismo é grande assim,
de tornar o mundo menor que
o bolso, de tornar
o beijo molhado maior que descaso.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

i got you i got you
now...now i can
handle
now i got,
now i cannn
handle
with, withh youuuuu (8)

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Dear Janis

Tem mulheres
que quando abrem a boca
meu deus
que berro melancólico

arrebenta meu peito;
derrama as lágrimas
como se fosse um incansável
piano, me toca no ombro

me faz dormir,
eu vivo de ti mulher.
Eu já vivi de tantas
deixe-me viver de você.
Estou caindo das escadas
degrau á degrau
minha bunda é chutada
em direção ao solo.

Não lembro a última
visão clara das nuvens
que deslumbrei,
mas sinto os ossos

estralarem cada vez
que fico mais próximo
da terra seca.
Fertilidade faz bem ao solo.
escrever
requer uma dose enorme
de problemas,
o álcool se torna

apenas mais um deles,
diante de todas borrifadas
e esguichos diários,
o álcool se torna, quase

como um acréscimo inútil
p'arte que se contenta
com a dor que enxergamos
na clareza.

palavras, palavras

Meado em meado
escrevo um "bucado"
seja na tristeza do
desenfreado

na falta de sutileza
do azarado,
eu escrevo um
"bucado" no papel

no guardanapo,
nas folhas que se perdem
e sempre termina
quase como

fim de papo.
Um dialogo entre
cada letra, esguichando
pra aparecer

Palavras; que são egoístas.
A interação das letras
e apenas tal
dão vida para

o incansável "bucado"
mal escrito, não torneado
e ofegante derivado
da intransigível certeza

de desviver.
Sem duvida sombreada
de que viver é um luxo
ignorante.

Que "bucado" desajeitado,
desorganizado
montante de palavras,
com letras pré-moldadas.

parece até que eu 
hás escrevi de acordo
com indisposição mental 
e criativa, parece que as joguei.



Pastoreio

Quanto mais o tempo passa
mais descubro as razões
por trás de minhas atitudes.

Onde perdemos o controle
do que somos, fazemos?
somos o meio em que vivemos e

não vejo nada racional ao meu redor
vejo animais, cadáveres,
famintos, doidos e angustiados

Somos reprodutores eficientes
caçadores eficientes
mas até que ponto somos

humanos eficientes?
Onde me torno um ser
repleto de plenitude e razão

e meu corpo, abrigador da mente
o protege? minha ineficiência em evoluir
é inversa a eficiência de me matar.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

qq

Chega a dor no coração
dor igual só auto-combustão
canso de sonhar, imaginar
canso de visualizar.

O que fazes pra me procurar
nos sonhos, usando mil e uma
mágicas malditas
malditas vidas, estou podre.

A cama se tornou um refugio,
onde tanto te encontro.
Que tipo de refugio encontro
a fera que me desgraça?

A dor no peito se confunde
entre física e emocional,
qual delas me aflige,
qual me ludibria ?

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Seja

Qualquer herói de Dumas
exceto na tulipa escura
da vida,
seja com qualquer outro

grande gascão,
o final é sempre a solidão,
seja por onde apreender e
crescer,

só na Tulipa ainda a viver,
que tulipa fúnebre
vendendo felicidade,
que a lição assim

seja; serás feliz
se fores honrado, será
feliz se fores botânico
apaixonado.

Só tolo
que vai de vento em polpa,
só tolo com fé de Aramis,
coragem de Portos

só tolo gascão como D'artgnam
pra crer que vive de honra
mas quem vive é Cornelius
na cela, com uma puta.

Quem vive não é
Edmond Dantes
que perdeu seu amor
pra amadurecer.

Cornelius tem na prisão
a dadiva da vida,
A dadiva do coração
que é divido.

Ciúme

Ciúme estampado
em camiseta branca,
estou vendendo.
O preço?

ta bananinha,
você pode te-la
até por chiclete velho,
aquele mascado de chão.

Ciúme estampado
deixou de ser moda,
ninguém mais gosta
ninguém mais quer,

a produção não para
então sobra, sobra ciúme
pra maria, sobra ciúme pra
josé e de tanto sobrar

á até do vendedor,
próprio artista e feitor
usar pra não estragar.
Ah de inovar,

Usar ciúme de tempero
na comida, na bebida,
como fizeram quando
inovaram na mesa de bar.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Inavegável tempo

Sinceridade é detentora
da maior feiura.
Inegável jasmim
que o vento afugenta

Inegável sim,
o calor e a ardência do
peito distante,
como ardente sol

de dezembro, pegando
lombo inteiro;
como ardente beijo
rasgado, desfolhado

largado ao vento
e não dado, roubado
a suplica do calor
que congela, gruda

mais que a vida passa
mais que o ódio se vá
mais e mais que qualquer
dia de amar, mais

e de tanto mais
arde e queima
consumindo o fogo
de dentro pra fora

explodindo o rosto
busto, foço, todo alvoroço
não passa do dia
do beijo que ficou

no dezembro,
na jasmim seca, detentora
do tempo que passou
desse passado longínquo.
Caiu um raio
não senti impacto,
eletrocuta como as escolhas
erradas, perdidas
todas.

Caiu um raio
estremecendo o cão
que late, a mulher
que chora

esperando o homem,
homem eletrocutado
de morte lenta
aleijado.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Palavras ao vento

É clichê se referir a mudança das estações quando tento explicar o quanto amo vocês duas, não a lugar ou alguém pra desabafar, as pessoas não sabem desabafar Avó's, onde quer que estejam, sei que lerão e algum defeito terá porque eram duas cabeças duras. É complicado explicar pr'eu mesmo que não existe como matar essa saudade, que o orgulho de lhes amar irá apenas aumentar, lembro da pele seca, do sorriso antigo, envelhecido pela vida, das idás e vindas e aquela faixa de segurança tão grande que lhes faziam demorar uma vida à atravessar, seja como for e onde estejam, que caminhem e amem como já foi feito e esquecido, que seus beijos, que o coçar nas costas continuem em seus corações pois estarão junto ao meu peito até o fim de meus dias porque são minhas mães, avós e mundo. Vida não se torna insignificante com a morte mas sim gratificante, o que torna a vida insignificante é a lembrança que não envelhece, aquela onde a luz é mais duradora que o sol, o abraço é mais seguro que calor, a vida mais rápida que uma memória.
          Que insignificante é minha vida ao lado das grandes memórias que tivéssemos, eu amo vocês e são poucos os dias onde derramo uma lagrima pois tento deixar suas almas em paz, mas hoje elas caíram sem fim.

domingo, 19 de julho de 2015

Certas

Certas manhãs
no despertar calmo
me acertam
com o passado,

se no sonho
monto  a cavalo
dele eu caio
se no sonho

beijo o sapo
nele tu é princesa.
Certas manhãs
acertam a ceta

terça-feira, 7 de julho de 2015

rasgo

tem doçura demais
nessa tua boca fina;
esse teu cabelo

espesso buraco
de meu peito,
que resolveu dar

proveito.
Foi uma noite do
limiar das eras

eras tu, eu,
eras vida e mentira,
o sabor da inocência.

Te encontrei ali,
nada tímida, nada só.
Já eu pudera

ser mais só
apenas no desvaira da vida,
pudera eu dizer

vívido de tristeza
nasci e morri
numa noite só

deixei de existir,
só lembrança agora
pra saudade matar.

Ando entre o cotidiano e a morte
falta vida
no ar que respiro
falta vida
na morte faminta que se aproxima.



soprar os dedos pro frio passar
levantar poeira não vai esquentar.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

passado

Linda
Seu lábio vermelho molhado
grosso como toró, vivo,
arqueado como se o cupido
usasse sua boca,
A maçã de seu rosto, firme,
espeça, como duas grandes bolas
de sorvete, seu nariz pontudo,
com os olhos fundos.
Não consigo descrever, criar
na imagem, qualquer que seja
outra beleza igual sua.
Queixo fino, cabelo castanho
Castanho esse que seus olhos
grandes, que a tanto não me olham,
tem de sobra.
Não existe em ti feitura alguma!
Não existe nada de tão belo!
nesse mundo não existe mata
ou templo tão calmo, forte
quando seu rosto, não existe
mel tão doce quanto seu lábio,
nem ferrão como seu olhar.
Tudo perde o sal, o açúcar
a graça e a cor.
Seu hiato é o mundo, é
o indiferente tu, me condeno
pois surrupio seu rosto tão
descaradamente.
Me condeno pela distância
que causei, o tempo que não
recuperei e pela saudade,
que não matarei.

noite

A noite é silencio,
o uivo da besta, o perigo
do peito aberto.
Silenciosa noite
em ti me calo.
Clara será a manhã, mas
a treva é negra e
dela me escondo.
Veja bem
a penumbra me deixa louco,
joga-me dentro d'alma,
lama, tristeza e morte.
Pois noite é o silencio,
jazido na cama, quieta,
escura, fechada, a noite
é infindável, manhã?
Por que te calas?
Manhã surges, com
o iluminar de seus bosques
o tilintar de seus sinos.
Manhã és choro de bebê
nascimento das águas,
Manhã é clara, clara água
banha-me.

decifre.

cego
Cego ego
Ego cesuro
gago, credo ego cego.
galgar sax, surdo, cego ego.

"embora haja tanto desencontro"

"embora haja tanto desencontro"
"embora haja tanto desencontro"
Sinto que no encontro
do trem a raposa ficou.
Não havia ninguém
não havia socorro,
vagões passando sobre trilhos,
animais fugindo,
a raposa ficou.
Pobre raposa, penou, penou.
O vagão se foi
o silêncio ponderou
todo mundo se calou
e a raposa se foi.
Sem amparo
seus restos comeram
os animais vitoriosos,
que o vagão ludibriam.

'eu não estou mentindo, gosto do que tu escreve' aram.


Com vagueza,
eu afago até
pobre murmurio
de sua pintura:
Corpo nu,
cabelos soltos,
cachos espalhados
na cama,
enroscada em meu corpo.
feito demônio em sonho,
nem flor em primavera,
nem samba de roda,
tiram-te de mim...
Cobra, aranha e animal
não assusta sua alma.
porque és minha pintura.

não endenrão

Pouco caso
esse acaso
que bate na porta
quase entorta.
Entra vó,
entra bolo e torta
criança pulando,
me reencontrando.
Não tem mal
se ver no natal,
dentro do carrinho
ganhando presente
ganhando carinho.
Avó não faz mal,
a saudade é mortal
a porta abriu
sua dentadura caiu
e um sorriso surgiu.
Vó não faz mal
à nostalgia sucumbi.

tédio

o tédio bateu
campainha cintilou
o barro amoleceu
e meu pé escorregou
pombo voou,
meu olho fechou
minha cabeça branqueou
o coco que fedeu
na lama estupideci
o orvalho aumento
a cicatriz não saro,
o barro corto.
a lama escorreu
minha cabeça fedeu
o branco passou
o vermelho chegou.

dentro da poesia.

nada cabe dentro do armário
sinto zunido gigante
você balançando chocalho
nada entra dentro do ouvido
sinto sorriso picante
toda esculpida
mordendo alho.
que rima farsante.
me deixou ferido
fugiu pelo ralo
acendeu o cigarro que
me queimou pra caralho.
sangrando igual lacaio
virei um errante
o mundo que é gigante
caiu no assoalho.

solta

quando o verso bate a sua porta
torta
você toca
a roupa suja pra fora
amarrota a limpa
enrola e a solta.

não encontro

Berro internamente,
reviro a cama
mundo e insumo,
rasgo lençol,
Procuro no canto
do rouxinol.
Procuro na escuridão.
S'és capeta
não pássaro,
que me arrasta pra baixo
e no inferno fico
junto às amarras.
Se me desprender
o capeta te prende,
se me tortura
mais amo, menos reclamo.
Humano que fui,
não fui
visto que de ti vivo
já não vivo.

será

Cada dia longe de ti
é um dia perdido?
Cada perda é um mar
de você
que não me afogo?
O limite é tempo,
que passou, passará.
Passei, Passei por ti
passará pr'eu e
passou pra nós.
Porque seu tempo
já não é meu.
Fosse o pássaro cantar
e você escutar,
a distância não da eco,
no vazio estridente
as escolhas passadas
são borrifadas de tinta.
O tilintar passou,
passarinho voou
na corrente parou,
o vento retrocedeu
a chuva o encharcou
e minha mão você soltou.

seja o que for

O quanto se entregou hoje?
foi o bastante para
perder uma parte de si?
ficar vazio o bastante
para ganhar uma parte
de algum mundo,
o que vai te completar.
E quando se encher
de estar completo?
Vai arrancar seu peito
e me deixar com ele respirar?
Se eu sufocar
de tanto amar, vai lá
me ajude a ter ar
beijando até cansar,
para se deitar
que seja na minha cama
no meu corpo e de meu suor
vem se banhar.
Mas quando cansar de me amar,
Encontre algo
pra se ocupar e não lembrar
dos beijos que ainda
tinha pra te dar, dos abraços
que iria te roubar, de suas frases
que eu iria completar
e de todas as vezes
que deixou de gozar!

liberte-se

Sinto no pulso uma idade inteira
A maneira que tiver de ser feito
é cortar com um objetivo fino
que é mais rápido.
Sinto o ar se perdendo
de dentro do meu peito,
estou caindo e caindo
mas não vejo o fundo.
Poderia ser o mar
água funda da salvação
que escorre por entre os cortes
de velhos carvalhos.
Sinto pulsante meu peito
ainda estou em queda,
a corda será cortada
estou caindo nesse mar de liberdade.
já sem a corda, o pulo foi feito
agora é só deixar levar para esse mar
toda a floresta que o cerca
irá me proteger.
Já não preciso mais me preocupar
aqui não a onde padecer.
Não a onde padecer,
portanto podeis viver.

asd

Pernas tremulas lutando contra o vento;
A memória perdida, roubada
a luz do sol, seus olhos esbugalhados;
de que forma eram?
Quanto brilho soltava,
Quais silabas, quais gírias usava?
Meus joelhos doem, onde você esta?
Quero lembrar a forma de sua sombra.
Esqueço as chaves de casa e
me prendo do lado de fora, esqueço
a calculadora, não tenho como pagar
as contas, estou tão cansado.
Apareça algum dia, quero lembrar
do seu rosto, minha cara amassada
já não é perigo, não é tentação
pro seu coração.
Como estão as coisas? Você namora?
Você ama? deveria amar, quando não ter
forças para te segurar
apenas se deixe cair que o mundo te segura.
Mas não acorde na queda, não vislumbre
a realidade, lembre de seus sonhos.
Estou tão perdido, parece esquecimento
mas eu lembro que havia algo, o que?
Cometa o erro de não se'u
se lembre das estrelas já contadas.
Não esqueça d'eu, só de um bocado,
só do passado.
Só do passado, o galho quebrado
meu velho joelho, doído de
olhos calejados e visão embaçada
como a memória que roubaram.
Que desespero
lembro-me que não existe,
seus olhos se perderam
e meus sonhos não encontraram.

tic

o caminhão passou
com aquela carga tão pesada
a estrada toda suja, esburaca
mas o caminhão passou
a poeira em minha cara
me fez perder o controle
simplesmente bati, parti.
Mas o caminhão passou
e o trânsito tal hora parado,
voltou a andar.
Dizem até que
Bicicletas tem motor
e toda a carne acabou,
Aliás todo transporte
agora é marítimo
portanto o tempo do
caminhão passou,
justo, pois tudo passará.
A grama cresceu
durante todo verão,
durante o ano, viveu.
Agora vem tu, frio
A geada matou
o pasto do meu boi,
essa mesma matou
a lavoura da minha dona.
o meu pau murchou
e o caminho do carro
ficou escorregadio.
Estou tão cansado
e sou tão novo
para as friezas da vida.
Temporárias ou não
as deixo vencer
sem qualquer resistência
de seguir o verão,
de terminar o verso.

O poste que tem a luz queimada
não é mais mijado,
os cachorros o ignoram,
não a brilho nele

que tem tanto a contar.
O poste coitado, não foi concertado,
a chuva vem, os raios e o peso
do tempo.

Até o sol o resseca
e ele continua sem luz,
com tantas histórias,
todas escuras

e em todas 
existe mentira e verdade,
em todas existe algo
que o poste desconhece

e não descobre,
não a tutor para explicar,
não a nem construtor
para o arrumar.

esse poste ficou tão só
que nem viu o tempo passar
o agora dele é o mesmo
que outrora fora agora.

Nesse poste que já
quebrado nem lembra
que iluminou, muito menos 
que o marcaram.

Esse poeste quebrado hoje
não existe, não é visto,
não é sonhado,
nem mais sabe como se é chamado.

se já foi derrubado
ou amado.

sha lalala

antes talvez faltasse verdade,
hoje de tanta verdade que tem
me perco em mentiras

prefiro não me encontrar
prefiro não te encontrar
seja qual for o lugar

vamos ser francos

Vamos ser francos
Não estou interessado em desafios
Deus, já te provei forte, já te provei
astuto.

Já levantei peso e cai
com os braços cansados
Já li e desmaiei
com os olhos fadigados.

Vamos ser francos
não irei continuar
sendo seu capacho
lutando pela sua glória.

Ó deus, não curarei mais a fome
não serei seu guerreiro
não sou seu escravo.
Ó me leve, me leve daqui

que o inferno nem começou
que a bíblia nem contou
os detalhes do terror.
Me leve enquanto amo

enquanto me afogo
de viver
de beber água pura
dessa terra linda

dessa minha terra
que é brasil, de onde já
tirares tanto que amo
de onde tiras tantos que amam.

desculpa

Hoje sou a vítima
pois cortei
a última árvore
de meu pátio.

Sou a vítima que
tomou o último
gole de seu elixir.
de que nada serviu

Pois minha mão
continua nua e quente.
Parece transparente
como os ventos

que adentram meu peito
como o frio
que gela meu torso
e o osso frágil

que quebra na
mais frágil caminhada.
Meu passo esta tão
pesado assim?

Como a árvore
que derrubei,
como o cálice caído
de seu elixir

que não me fez
deixar de existir,
apenas sorrir
pela mentira não acabar.

não acabar, a mentira
mentira.

Feel so weak

A grama cresceu
durante todo verão,
durante o ano, viveu.
Agora vem tu, frio

A geada matou
o pasto do meu boi,
essa mesma matou
a lavoura da minha dona.

o meu pau murchou
e o caminho do carro
ficou escorregadio.
Estou tão cansado

e sou tão novo 
para as friezas da vida.
Temporárias ou não
as deixo vencer

sem qualquer resistência
de seguir o verão,
de terminar o verso.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Escapou

Posso ter dito
que te odeio
uma ou duas vezes
te mandado à Geni,

Mas não vivo sem ti,
sem sonhar e amar
amar, sonhar.
Cada momento que crio

pra mim existe,
cada sonho que tenho
é tu comigo, um instante
uma eternidade ao seu lado.
devaneios do passado
entrelaçam-se no futuro
e o presente
parasita do tempo

não esquece
do futuro reservado
que tanto alço
descalço na brita pontuda.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Helena

És o amor de minha
existência, és criação
de luz e paz no coração.

Desejo como jamais
desejei, o céu pra tu
cantarolar; amar.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

qlqrlqrlqlqr

Na alma existe
qualquer certeza
de tristeza.

Te entrego minh'alma
estiraçada, crucificada.
Quero só vagar.

Meu corpo irá
andar, cambalear.
Cairei e morrerei.

Mas sem alma,
desuso a alma,
quero o corpo

Pra na morte
nada alem da treva
me acompanhar.

"embora haja tanto desencontro"

"embora haja tanto desencontro"

Sinto que no encontro
do trem a raposa ficou.
Não havia ninguém
não havia socorro,

vagões passando sobre trilhos,
animais fugindo,
a raposa ficou.
Pobre raposa, penou, penou.

O vagão se foi
o silêncio ponderou
todo mundo se calou
e a raposa se foi.

Sem amparo
seus restos comeram
os animais vitoriosos,
que o vagão ludibriam.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Ó Dear

Ó querida eu sou um peixe grande            
querida, você me fisgou.                            
Querida a corda não vai arrebentar.            
Querida vou te contar


Ó Dear I'm a big fish
Dear you catch me
Dear the hope won't break
 Dear let me tell                                

Você sabe pescar,                                    
solta a linha, vai, vai                                    
solta essa linha e me deixa dançar,
solta essa linha quero fugir.

You know fishing
 Flow the line, flow
  Don't how to strong the rope.
   Let be, Let go honey.

Vou me soltar.
Não, sou peixe grande,
não segure muito forte,
precisa soltar, ó querida

Hold me tight
I'm a big fish
Catch me right
Let go, ó dear just do.

Você soube me fisgar,
qual sua isca, qual sua isca?
não me toque na água,
não me deixe sangrar.

Cause u now fishing.
know how get the most big
fish in the river.
Ó dear all you now, im your.

Só devore minha carne,
cuide os espinhaços,
cuide os espinhos,
Querida sou seu peixe grande.

Get into my flesh,
In my bones,
get'in my lake
cause i'm a big fish.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Linda

Seu lábio vermelho molhado
grosso como toró, vivo,
arqueado como se o cupido
usasse sua boca,

A maçã de seu rosto, firme,
espeça, como duas grandes bolas
de sorvete, seu nariz pontudo,
com os olhos fundos.

Não consigo descrever, criar
na imagem, qualquer que seja
outra beleza igual sua.
Queixo fino, cabelo castanho

Castanho esse que seus olhos
grandes, que a tanto não me olham,
tem de sobra.
Não existe em ti feitura alguma!

Não existe nada de tão belo!
nesse mundo não existe mata
ou templo tão calmo, forte
quando seu rosto, não existe

mel tão doce quanto seu lábio,
nem ferrão como seu olhar.
Tudo perde o sal, o açúcar
a graça e a cor.

Seu hiato é o mundo, é
o indiferente tu, me condeno
pois surrupio seu rosto tão
descaradamente.

Me condeno pela distância
que causei, o tempo que não
recuperei e pela saudade,
que não matarei.

                                                                       Ja não me encaminho
                                                                       para um final feliz,
                                                                       encaminho qualquer verso
                                                                       a tristeza eterna.

                                                                       Pois beleza me é triste,
                                                                       distante, sua beleza não
                                                                       me pertences,
                                                                       sou errante à nós.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Noite

A noite é silencio,
o uivo da besta, o perigo
do peito aberto.
Silenciosa noite

em ti me calo.
Clara será a manhã, mas
a treva é negra e
dela me escondo.

Veja bem
a penumbra me deixa louco,
joga-me dentro d'alma,
lama, tristeza e morte.

Pois noite é o silencio,
jazido na cama, quieta,
escura, fechada, a noite
é infindável, manhã?

Por que te calas?
Manhã surges, com
o iluminar de seus bosques
o tilintar de seus sinos.

Manhã és choro de bebê
nascimento das águas,
Manhã é clara, clara água
banha-me.

Quero

Sua luz é responsável
pela cegueira das peçonhas,
sua luz destina a paz
no meu ego.

Como iluminas
igual fogo, sem queimar?
como me deixaste
te querer sobre

flores perfumadas,
roubadas e nuas
de nós?
Foste a rosa

que cativei em meu peito.
Como diz a história:
Te tornas eternamente responsável
                                                        -por aquilo que cativas.
Roubarei então

seu seio e na sua alma
minha'lma se recontaras
e descansara
ouvindo a cachoeira

chamada paz
que trazes junto com
o tilintar de nosso
júbilo.

sempre

Sempre me considerei extremamente
hipócrita,
certos momentos algo se apossa
e tomas as decisões, diz as palavras.

Espanto as pessoas com a facilidade
com qual acordo, deito ou me masturbo.
Só preciso de uma razão, uma manhã
mal acordada, um sorriso, um sonho.

parece tudo,explica qualquer reação.
Quero a solidão, quero a calmaria
das quatro paredes e de um eterno
divisor de águas.

A humanidade esta toda
trabalhando, fumando seus cigarros,
tocando tocos na rua e falando, nunca
param de falar, falam e cagam.

Olham as pessoas ao redor, julgam
uma boa trepada, julgam
em quem meteria, quem amaria,
julgam quem as sustentaria.

Na realidade me perdi em
hipócrita.
Mas não quero me encontrar.
Só você a partir de agora.

De certo se te encontro,
calo a boca, a matraca não abre,
os dedos não batem sobre as teclas,
capaz até de tocar toco de cigarro na rua.

cego

Cego ego
Ego cesuro
gago, credo ego cego.
galgar sax, surdo, cego ego.

Hoje eu vejo

Amanhã eu berro
agora sonho, reclamo
com a barriga cheia,
a comida esfriando

reclamo e reclamo,
paixão me deste tanto;
podes ir, me deixe viver.
Amor deveria ser

pequeno, não, não
deveria ser tão grande,
deveria ocupar meu peito
não corpo inteiro.

Tem a vida, o mundo
a corrente do rio,
correnteza do mar.
Tem luz, TV, tem até você

por que dói tanto
estar tão longe?
Aqui tem de tudo,
o que comer, o que ler.

Tem até o que fazer
mas pouco importa
porque quero você
só de você quero viver.

Como posso ser tão egoísta

O amor batendo todos os dias a nossa porta, os resultados são esperados, você esta tão longe agora, por favor me explique, como te encontro? Qual rua da sua casa? Qual a cor da sua vida? Sempre soube que é vermelho, o mais forte, vinho não é denso o bastante, certo? Queres o que é meu, quero tu, tu, tu, tu digira nosso passado e me queira, me queira bem, vermelho e denso, me esfregue, me corte e fure, fure as rodas de meu carro, meu peito, ele sangrará, é só cortar, eu me esborracho pra ti, morena, me diga onde estas, seu endereço, o postal logo chegará, inteiro. Boto em sacos plásticos, dentro de uma sacola térmica, meu sangue chega quente, me beba neném. Me beba inteiro, sou seu mais gostoso suco, paixão inteira, órgão, devora meu peito, por favor arranca essa dor, não me deixa vagar aqui, ali e longe de ti, não me deixa mais sonhar, arranca essa dor, não quero mais pensar, quero me entregar. Seja eu antes de nós, seja eu antes de nós, seja eu antes do passado, seja eu antes do futuro, incerto, meio neblinado pela esperança, seja eu antes da esperança, antes da neblina que seja eu e de tanto ser eu que seja seu, seu, sua saliva, sua boca, seu queixo, seus olhos, sua cintura e o sexo, seu corpo, o peito amassado contra o meu, o beijo molhado, vermelho, denso e todo mordido, toda cortada, minha boca, sua boca, nós cortados, inteiros ou aos pedaços um ao outro, vem, vem enquanto estou quente, vem enquanto sou seu, enquanto estou indefeso me devora, sou todo seu neném, sou todo seu, todo seu neném, mas vem agora enquanto estou triste, vem e arranca minha porta, arranca tudo, me quebre, me deixe aos pedaços, tire a consciência, não ligo, me entrego, entrego como se fosse ao mar, por ti sacrifico todos tempos.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

por que me acordas?

Sonhei que te perdi
ó que desgraça
sonhei que morreu
sem me amar

Não aceito isso,
nos amaremos,
conheceremos um ao outro
Deus não permite sua morte.

Ser algum permite,
foi esculpida aos olhos
do amor.
Promessas fiz

mas hoje as faço mais forte
que o trovão, que o sol
ou a natureza, agora sou
natureza.

Você relva, você flor
e rosa, por ti me tornei responsável
de você, sou parte.
sou fruto, rosa, raiz e CÁLICE..

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Tentativa frustrada de matar o tédio.

5:52 da manhã, irá amanhecer e o sol estará coberto pelas nuvens, doce verão, o ano recém iniciado, promete a euforia, conquista, prosperidade. Minhas costas estão arqueadas, meus pés acima da escrivaninha. Fico me lamentando olhando a parede amarela fraca de meu quarto, sujo, imundo, tomado pelo mofo. Entendo todos os conceitos, sou um vigário nesse quarto, sou um monge, a porra de um sábio que enfeita as paredes com marcas de baratas mortas, como se fossem a salvação para a mesmice. Te procurei no mar, te procurei nas ondas naquele dia, vi vultos, curvas e sem absolutamente nada a fazer me debrucei sobre as areias e chorei, chorei tanto que engulo cada lágrima como se fosse um balde inteiro, que não me sequei ainda. Lembro-me bem desse dia, o ano novo, foi tão novo que escrevi um poema, esperançoso, o coração vibrará pensava eu, me arrepiando com a ideia de amar. Os carros passavam pela avenida e eu olhando de cima, bebendo como se fosse algum tipo de escritor, como se soubesse de alguma palavra ou destino. Escrevi o poema como a quem acaricia um parente falecido, no distanciamento físico, onde apenas a alma importava. Não a queria, de forma alguma, queria algum tipo de amor, ser proletário, operário dessa alma e nas companhias usuais aplaudindo, elogiando minha eloquência e meu esforço por aquela paixão acabei me sentindo privilegiado, onipresente para a pobre criatura que recebeu o poema. Por menores foi entrega-lo, bastou atravessar a rua e qualquer morador do prédio se prontificava a dar em mãos a carta perfumada, tanta segurança, tantas câmeras e andares, tão fácil chegar a você. Cheguei, leu-me inteiro, mordendo seu lábio, apaixonada, olhou para fora, procurou-me em todos lugares enquanto brindávamos inquietos a chegada do ano novo, na cobertura admirando sua curiosidade. Como a alma engana traiçoeiramente o corpo, como o desejo constitui do desconhecido, pois quem se perdeu fui eu, te esperando, te olhando, me mostrava, me fazia fácil, ali perto e de perto em perto o ano novo estava próximo e o destino de minhas companhias decidido junto ao meu, os fogos na praia. Com a champanhe, taças a mão, pessoas de branco e eu sem um tostão pra me vestir de forma apropriada te procurando a cada canto, cada quadra que passava e -Fui apadrinhado nesse verão. que honra, que honra ser apadrinhado por segundas intenções, que honra ser julgado. - tudo que eu havia em mãos era o meu peito, meio bêbado e cambaleante te procurando entre os tantos milhares desconhecidos, imuteis que ali jaziam, perdão, viviam, fanfarrões da vida, trabalhadores, homens honrados com suas mulheres molhadas sonhando a captura.
FOGOS, o ano novo chegou, brindamos, bebemos e tiramos fotos, quantos fotos, lembro-me de um amigo cantando 'feliz ano novo, adeus ano velho' sem qualquer esperança que esse ano alguma coisa realmente tivesse significado. Ela não estava ali, não a encontrava, não a via e meu ano novo, embriagado se resumiu a meus olhos procurando em vão a salvação. Poderia corresponder a vida com a morte da bezerra.Tomamos banho de mar, dançamos, pulamos e conversamos, a perfeição.
-Saúde, saúde, feliz ano novo meus caros amigos, feliz ano novo.
Voltamos, mas eu se quer havia ido, estava lá na cobertura, olhando-a de longe, procurando-a. Ela não foi ver os fogos, não saiu de casa, tão pouco eu os vi. Fiquei vendo-a no fundo do mar, fitando-a.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Doce vida

É amarga a dor, o gosto e a tentativa de te descrever.
Pusera um feitiço mortal, minhas ideias
antes tecidas pela vida,
são agora com ideais de uma morte querida.

Sabias, não?
meu fim foi seu inicio
cai mas não morri,
fico deitado imóvel e sem socorro.

Guia, guia, guia minha vida
pela tua, grita, grita mais alto
porque não te ouço daqui,
não te vejo daqui,

É só miséria, e na miséria
construo minha dor
meu ideal de cimento
coberto inteiro pela relva.

Como pode? COMO PODE?
não sou nada senão o que fui
contigo minha rameira.
RAMEIRA, RAMEIRA, MANEIRA

SUA DE ME INDUZIR
a morrer fidalgo da solidão.
Minha rameira, me guia e grita
porque sou seu ideal de tristeza.

Triste sendo te convenço a ser minha
uma ultima vez, pois gosta d'amargura
tanto quanto eu, gosta da dor
tanto quanto d'eu.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Tu

Quero te roubar um beijo
pra saber quão doce tu é,
pra seu corpo se
envolar ao meu.

Vou descrever a natureza
o sol ou a chuva, mar e raio.
Vento forte em seus cabelos,
sua bochecha vermelha

pelos arrepiados.
E na sua cintura
segurarei firme
e de tanto segurar

você entregara
corpo, moeda, roupa
e toda sua nudez
sera não menos que minha.

luz da manhã

Sua luz é responsável
pela cegueira das peçonhas,
sua luz destina a paz
no meu ego.

Como iluminas
igual fogo, sem queimar?
como me deixaste
te querer sobre

flores perfumadas,
roubadas e nuas
de nós?
Foste a rosa

que cativei em meu peito.
Como diz a história:
Te tornas eternamente responsável
                                                        -por aquilo que cativas.
Roubarei então

seu seio e na sua alma
minha'lma se recontaras
e descansara
ouvindo a cachoeira

chamada paz
que trazes junto com
o tilintar de nosso
júbilo.

azarado.

Meu corpo é um refugio
mas meu peso
mas meus ossos e meu vigor
é uma viga antiga, meu corpo.

sem qualquer proteção
meus ombros fraquejam
e o tempo contorna
minhas forças.

Presente de Deus

Veio dos céus
mas não é uma estrela
é da terra, de onde vê
tudo que é belo,

contempla a árvore
o cacho e o som do rio,
e de tanto contemplar
tudo esta a amar,

mesmo na dor
da decepção,
mesmo no âmbito
de ser não,

você transborda paixão.
Queria ter-te em
meus braços,
para junto a ti

contar as folhas dá
árvore, nas rosas
se arranhar e na terra
te amar.

Dia 4

Leia-me, beba-me,
procure-me, encontre-se.
Não a agonia maior
não a virtude mais forte

que amar a imensidão
do mar,
não me espere grande,
não me espere em sonho.

Realize seu desejo,
não se pergunte de onde
te vejo, me veja,
me tome, sonhe.

Dia 3

De sua parte
terei eterna paixão,
gratidão por tanta beleza,

de minha parte
tens a sinceridade
de uma paixão de verão

em versos simples.
mas divididos
nossos corpos ficarão.

Não a culpo
pela falta de apreço
mas não mereço

tamanha tristeza
te guardando em sonhos
do acaso da paixão de verão.

Dia 2

Procura-me nos céus
te espero de peito aberto,
e de tão aberto cabe
toda paixão

que provocaste na distância
de seus olhos.
Nosso encontro reserva a noite
mais clara

iluminada não apenas
pelas estrelas
mas pelo brilho
de seu olhar.

Dia 1

cada bloco, andar
cada vida, o peso sobre o piso
te busco entre nossas janelas
te vejo longe, linda.

Se eu pudesse simplesmente
pular até você,
se minhas asas encontrassem
as suas.

Ou no descuido do dia
notares eu, aqui, aqui
esperando seu olhar
encontrar o meu

e não distância de nossos
corpos, de nossas vidas,
nossa alma se cruzar.
Tens apenas que me encontrar.