terça-feira, 3 de novembro de 2015

Rouca, pouca gula.

O gado preso
é um velho amigo
onde se torna verdadeiro
companheiro mesmo no abate.

Anda, arrota e caga
na propriedade todo
o tempo, como o grande
velho amigo

que divide o apartamento,
Abraçam a tristeza sobre
a grama cansados
de saber a futura separação.

Sou bem como o gado
que engulo, seco
sem água e sem cozimento.
Bem como o animal

que prende o grito no abate,
onde o orgulho seco
arranha o peito.
Soou como um mujo

meu grito,
e já sei amigo
vou ser abatido.
Não tem graça ser alimentado

não tem graça ser amado
ser refeição assada no chão,
mas a grama é verde
e meu estomago? um colosso.

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