terça-feira, 17 de novembro de 2015

as presas, meio sem rumo, meio sem o que

O machado tem meu
peso tirando o fio,
tem o impacto
do meu peso

em sua mão
Toda multidão orgulhosa,
gritos e tomates
voando e percorrendo

todos caminhos, todas fugas.
A multidão
ovaciona pelo tombo
inocente e não tem

morto mais ardente
que a cabeça no chão
pisada, mijada, tocada
e jogada.
doze, onze, dez ou mil

atrás de uma bola, Tocam
pra cima, fazem gol de letra
procuram as linhas,
as linhas se fazem com suor

alheio. Mas a tinta vem
d'eu.
Não tendo bordô mais
real que o meu sangue.

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