O machado tem meu
peso tirando o fio,
tem o impacto
do meu peso
em sua mão
Toda multidão orgulhosa,
gritos e tomates
voando e percorrendo
todos caminhos, todas fugas.
A multidão
ovaciona pelo tombo
inocente e não tem
morto mais ardente
que a cabeça no chão
pisada, mijada, tocada
e jogada.
doze, onze, dez ou mil
atrás de uma bola, Tocam
pra cima, fazem gol de letra
procuram as linhas,
as linhas se fazem com suor
alheio. Mas a tinta vem
d'eu.
Não tendo bordô mais
real que o meu sangue.
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