segunda-feira, 22 de junho de 2015

noite

A noite é silencio,
o uivo da besta, o perigo
do peito aberto.
Silenciosa noite
em ti me calo.
Clara será a manhã, mas
a treva é negra e
dela me escondo.
Veja bem
a penumbra me deixa louco,
joga-me dentro d'alma,
lama, tristeza e morte.
Pois noite é o silencio,
jazido na cama, quieta,
escura, fechada, a noite
é infindável, manhã?
Por que te calas?
Manhã surges, com
o iluminar de seus bosques
o tilintar de seus sinos.
Manhã és choro de bebê
nascimento das águas,
Manhã é clara, clara água
banha-me.

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