terça-feira, 18 de agosto de 2015

Inavegável tempo

Sinceridade é detentora
da maior feiura.
Inegável jasmim
que o vento afugenta

Inegável sim,
o calor e a ardência do
peito distante,
como ardente sol

de dezembro, pegando
lombo inteiro;
como ardente beijo
rasgado, desfolhado

largado ao vento
e não dado, roubado
a suplica do calor
que congela, gruda

mais que a vida passa
mais que o ódio se vá
mais e mais que qualquer
dia de amar, mais

e de tanto mais
arde e queima
consumindo o fogo
de dentro pra fora

explodindo o rosto
busto, foço, todo alvoroço
não passa do dia
do beijo que ficou

no dezembro,
na jasmim seca, detentora
do tempo que passou
desse passado longínquo.

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