quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Como posso ser tão egoísta

O amor batendo todos os dias a nossa porta, os resultados são esperados, você esta tão longe agora, por favor me explique, como te encontro? Qual rua da sua casa? Qual a cor da sua vida? Sempre soube que é vermelho, o mais forte, vinho não é denso o bastante, certo? Queres o que é meu, quero tu, tu, tu, tu digira nosso passado e me queira, me queira bem, vermelho e denso, me esfregue, me corte e fure, fure as rodas de meu carro, meu peito, ele sangrará, é só cortar, eu me esborracho pra ti, morena, me diga onde estas, seu endereço, o postal logo chegará, inteiro. Boto em sacos plásticos, dentro de uma sacola térmica, meu sangue chega quente, me beba neném. Me beba inteiro, sou seu mais gostoso suco, paixão inteira, órgão, devora meu peito, por favor arranca essa dor, não me deixa vagar aqui, ali e longe de ti, não me deixa mais sonhar, arranca essa dor, não quero mais pensar, quero me entregar. Seja eu antes de nós, seja eu antes de nós, seja eu antes do passado, seja eu antes do futuro, incerto, meio neblinado pela esperança, seja eu antes da esperança, antes da neblina que seja eu e de tanto ser eu que seja seu, seu, sua saliva, sua boca, seu queixo, seus olhos, sua cintura e o sexo, seu corpo, o peito amassado contra o meu, o beijo molhado, vermelho, denso e todo mordido, toda cortada, minha boca, sua boca, nós cortados, inteiros ou aos pedaços um ao outro, vem, vem enquanto estou quente, vem enquanto sou seu, enquanto estou indefeso me devora, sou todo seu neném, sou todo seu, todo seu neném, mas vem agora enquanto estou triste, vem e arranca minha porta, arranca tudo, me quebre, me deixe aos pedaços, tire a consciência, não ligo, me entrego, entrego como se fosse ao mar, por ti sacrifico todos tempos.

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