terça-feira, 7 de julho de 2015

rasgo

tem doçura demais
nessa tua boca fina;
esse teu cabelo

espesso buraco
de meu peito,
que resolveu dar

proveito.
Foi uma noite do
limiar das eras

eras tu, eu,
eras vida e mentira,
o sabor da inocência.

Te encontrei ali,
nada tímida, nada só.
Já eu pudera

ser mais só
apenas no desvaira da vida,
pudera eu dizer

vívido de tristeza
nasci e morri
numa noite só

deixei de existir,
só lembrança agora
pra saudade matar.

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