segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Ego

Como a nuvem que se enche
e despeja água gelada (ou quente
Como o rio que se desprende do mar
ou a represa que rompe;

Irei te encharcar, banhar-te inteira
sem qualquer chance de não se afogar
dentro d'eu
Do meu quarto, minha cama.

De meu lençol, da sofreguidão.
Não irei te poupar nem do engasgar
não irei te salvar nem da morte
eminente de me amar.

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