quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

tempo

No vão da porta
minha cadela pula incessante;
Tentando abrir,
tentando fugir

por entre vão's,
de fininho e mansinho.
Feito tempo
que me passou;

Isto que sou novo!
Como a uva nos confins
de novembro;
azeda e pequena.

Não se é mastigada sem
cara feia;
esse sou eu
nos confins de dezembro.

Azedo e novo,
sem jeito de mastigar
sem notar que a cadela foge
por entre o vão

e o tempo
cheio de ingratidão
Só amadurece a uva
do qual entorna meu vinho.

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