quinta-feira, 20 de setembro de 2012

vertigem, não corrigi.

até no bafejar do vidro
desenho
a nós.

até na lagrima borrada do palhaço
enxergo
seus choros.

e em qualquer sino
ouço teus berros;
cruéis.

no espelho
vejo
nossas faces

passadas, pesadas.
no banheiro escorre o
vapor e nele

crio desenhos
do seu seio, 
de sua boca na minha.

em cada pedaço do dia
em cada terço que rezo
eu peco.

na vertigem e nos sonhos
você triunfa
e a razão se perde

explica-me então
como pode desilusão
dar-me esperança?

aos longos dias
que se passaram
desejo enfermo e amnésia.

e que seus dias sejam suaves
como as folhas
guiadas dentre as arvores,

que o vento
lhe de o gozo que um dia
me dera.

falo de ambos
do gozo
de ambos.

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