Algumas vezes
Odeio-te por inteira.
Assim de passagem,
Como roubei do mundo
Sua perfeição?
Quantas rosas eu roubei,
Com espinhos me cortei
Para a ti impressionar,
E quando sinto
Seu cheiro em minha cama,
Que desilusão ser apenas cheiro
E ainda ser teu
Quando tudo que queria
É que fosse apenas
Meu
Tudo isso que é teu.
E como me queixar a ti
Todas essas maravilhas
Que trouxeste,
Como lhe rogar:
“pare de apaixonar-me,
pare de roubar minhas noites
e de surgir em meus sonhos
a assombrar-me com beijos e afogos”
Não quero nada alem desse
Dia que tive,
Desse sonho que terei,
E das noites que teremos.
Mas para que fizeste isso
A meu coração,
Roubaste assim
E o escondeste de mim?
Eis seu agora.
E sempre que cresce essa saudade
Essa aflição e gosto pela dor
Tento te encontrar até no meu ar.
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