terça-feira, 25 de outubro de 2011

Mosquitos, malditos mosquitos, não valem nem correção

Não escolho mais as horas
De dormir e trabalhar
Nem de lembrar

Que vivo.
Os mosquitos ditam
Até a luz de meu quarto;

Antes fechado e fedorento,
Escuro.
Agora se atribuiu a luz

Vivo da  luz
Que me tira o sono
E me tira o dia

Faz-me viver
Na penumbra acessa
Estes mosquitos;

Putos de vida e morte
Tiram o dia e os prazeres
Retenho-os aqui na noite

E alguém esta a dormir
Bem sem eles
Este alguém
Que seu dia
Seja infernal
Como a noite clara

Que escurece meu sol
E empalidece meu rosto
Sem suor e sem rigor.

Lembro-me das tardes
Jogando e caminhando
Fazia frio, mas as sentia

Agora sinto picadas
Facadas e gozos
Sem risos sem barulhos

Apenas sussurros do meu corpo
Expurgando vidas
Sujando papeis

De tinta e de corpo
Sujando lenços
De porra e lagrima

Pra noite passar
O dia chegar
E talvez eu sestear

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