segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ao fim, enfim brotas

Aproxime-se de mim
Amigo
Que usa roupas pretas
Por que as usa tanto ?
Tiram-te a frieza
E o deixam morno?

Pode chegar
Ao tanto que anoitece
Vejo seus passos
Entre as sombras
As dores.

Para que esta foice
Queres equilibrar o brejo
O deixar bonito
E com brilho ?
Ela parece afiada

Faço-te tantas perguntas
Na hora que vem
Junto a eu comer
De minha comida
Gozar de minha vida

Repares então que
Ofende-me
Com sua roupa preta
E esta foice
Que não necessita

Já lhe digo
Antemão
Que desisti das rosas
Agora
Tulipas negras

Uso de enfeite
E os segredos delas
Junto ao meu tumulo
Irão
Nunca então, saberás

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