terça-feira, 20 de setembro de 2011

Tragédia humana

A quanto tempo o seu gosto
Não palpita nos meus lábios
Ó whiske
Que me acompanhava

As noites afora
Os dias ao banheiro
Enrugava minhas mãos
Ao meu vomito

E como era limpo
Naquela época
E como era ingênuo
Esses pensamentos vomitados

Por entre vasos
E talvez cadernos
Então me poupe agora
De privar meus desejos

Quando eu era não vil
E não desabotoava camisas
Sentia o gosto
Amargo da mentira

E agora tão podre
Onde esta minhas doses
De fuga e perdição
Se podes abutre

Me coma vivo
Faça me cheirar bem
Compare-me com
Com a pior carne que comeste

Então me julgue
Pelo gosto
Amargo que guardei
Dentro de mim

E não comas meu âmago
Iras morrer
Ou viveras como eu
Queres ser assim

Como seu alimento
Morto pelas doenças
Que não havia brio
Então abutre
Queres ser eu ?

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