quarta-feira, 22 de maio de 2013

Caiu. (incompleto)

Quando criança
cortava uma árvore que 
crescerá me dando abrigo
da chuva, das tristezas

das indelicadezas.
Na medida que crescia
e junto de mim a árvore,
jasmim-manga era torturada

por minhas brincadeiras
com canivete, meus corações
que nunca cicatrizariam,
meus grandes atos de amor.

Seus machucados adentraram
tronco, raiz, folha e flor.
Nunca se recuperou e em um dia
a coitada caiu

com flores, folhas em plena
primavera.
Não sei dizer agora como á
machuquei, mas chorei,

não sei dizer porque a matei,
mas á amava,
aquela maldita árvore florida
e cheirosa e cheia de corações

rasgados em seu tronco, eles
que a deixaram doente,
doente de amores que se foram,
doente de si.

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