esta ensurdecendo ,
e as cordas do violino
desafinadas.
Não sai som algum,
vejo os movimentos
cada um deles,
silenciosos, sorrateiros.
Como se procurassem
onde se esconder,
tapo os ouvidos com
o travesseiro,
ouço o vácuo, o alivio
me toma por um segundo,
mas o ar se torna escaço,
suas paredes, mesmas macias
me prendem em veludo e algodão.
não vou fugir, estarei
parado, sem ação.
Não vou rugir
o silêncio é total,
me roubaste a voz, ação.
Meu peito apunhala
o resto de mim.
Meu desabafo não procura
caminho, cor,
beleza.
Aprimora-ei-lo
como aprimora minha tristeza
e a cada lágrima
que desdem
mais triste e belo.
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