Quente era no sertão onde morava sô
tão quente, mas tão quentão
que se depende de umidade
nói morria de desidratação.
Ó aqui onde vivo agora
só da essa tal de geada, é tudo
frio e vende até gelo, gelo que vi
caindo do céu, juro sô
que na minha terra gelo assim
é coisa só de deus, ou dos fazendeiro
que nos emprega.
Pouco caso, calor igual lá nunca vai te aqui.
Aqui a umidade faz de toda comida que comi
lá na minha terra, com pimenta e mandioca
vira energia e pra que energia usada
pra que nada, é pra esquenta
de tanto frio que passemo.
Essa energia mal usada e toda 'robada'
antes era usada pra ajuda muié, parteira
e curandeira que ajuda as famílias a te fiio.
E como todo santo tem seu diacho pro
trabalho sujo, me enfio nos lençol de vizinho
pra funciona. E assim ia energia,
tempo e alimento.
Mas agora aqui até escreve tenho, o trabalho
gasto toda energia de toda comida
nesse tal de frio e com as pena de passarinho
que não sabe voa eu rabisco e rabisco
pra quem sabe um dia, de tanto rabisca
consiga trabalha e nesse trabalho, há
que vo se fazendeiro e enche de gelo
todo meu nordeste e vo lá voando
só pra contraria os descrente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário