quarta-feira, 24 de julho de 2013

Quente que nem gente.

Quente era no sertão onde morava sô
tão quente, mas tão quentão
que se depende de umidade
nói morria de desidratação.

Ó aqui onde vivo agora
só da essa tal de geada, é tudo
frio e vende até gelo, gelo que vi
caindo do céu, juro sô

que na minha terra gelo assim
é coisa só de deus, ou dos fazendeiro
que nos emprega.
Pouco caso, calor igual lá nunca vai te aqui.

Aqui a umidade faz de toda comida que comi
lá na minha terra, com pimenta e mandioca
vira energia e pra que energia usada
pra que nada, é pra esquenta

de tanto frio que passemo.
Essa energia mal usada e toda 'robada'
antes era usada pra ajuda muié, parteira
e curandeira que ajuda as famílias a te fiio.

E como todo santo tem seu diacho pro
trabalho sujo, me enfio nos lençol de vizinho
pra funciona. E assim ia energia,
tempo e alimento.

Mas agora aqui até escreve tenho, o trabalho
gasto toda energia de toda comida
nesse tal de frio e com as pena de passarinho
que não sabe voa eu rabisco e rabisco

pra quem sabe um dia, de tanto rabisca
consiga trabalha e nesse trabalho, há
que vo se fazendeiro e enche de gelo
todo meu nordeste e vo lá voando
só pra contraria os descrente.


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