quarta-feira, 24 de abril de 2013

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Acordei
de um belo sonho
dos grandes outonos
e um inverno quente.

Acordei com a morte
das flores
e o cheiro seco
da morte.

Sem grandes esperanças,
não chorei,
nem reclamei por acordar
mas no esparecer do peito

senti dor, pontadas de um amor
contado.
Estilhaços de memórias,
tristes e guardadas.

Bebi de seu leite,
comi de sua carne e morri
pelo veneno de seu passado.
Que não se faça o futuro, agora.

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