Eu vejo nos seus olhos
o oceano
que me afunda,
me afoga.
E a lua
que no dia esconde o brilho
em seus cabelos
perdidos.
E o fedor
de rosas, que não aguento,
sempre sentindo,
sempre sendo gentil
aos braços calados
e suados, que se enrolam em
minha pela nuca, que enroscam
linguá, molham a boca.
Esses desejos, loucos, em que
subo as paredes, estouro
os miolos e perco os dentes;
desses desejos
vem tu, que me deixaste
alto, perdido
em um mar com o brilho da lua
e as rosas sobre eu.
Lugar esse que é seu corpo
abençoado
pelo nosso amor,
regado pelo nosso suor
e crescido pela nossa dor.
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